De acordo com o Censo/IBGE, Porto Alegre tinha 101.013 Casas e apartamentos vazios e mais de 64 mil famílias sem Casa Própria. Já tem algo bem errado nisto. Mas a coisa só piora.
Já o Indice de Progresso Social (IPS Brasil 2024), publicado ainda antes da enchente, aponta Porto Alegre como a segunda pior capital do país em termos de moradia adequada com serviços básicos . – Figuramos apenas à frente de Macapá (AP). A categoria tem como indicadores domicílios com coleta de resíduos, iluminação elétrica, paredes e pisos adequados.
Com milhares de desabrigados após as chuvas de maio, o tema da moradia digna ganhou força no debate sobre o futuro da cidade. O Centro Histórico chegou a ter cinco ocupações, sendo três de pessoas afetadas pela enchente. A Ocupação do MTST no edifício do INSS completou um mês e negocia com a União a possibilidade de o edifício de 240 apartamentos se tornar um local de moradia popular.
E não é só no quesito Habitação que Porto Alegre passa vergonha!
No Estudo, Porto Alegre figura entre as piores capitais em vários quesitos como por exemplo: 24ª posição no quesito que considerou as áreas verdes urbanas, emissões de CO2 por habitante, índice de vulnerabilidade climática, entre outros indicadores. A capital gaúcha também está entre as 10 piores em outras duas categorias: Acesso ao Conhecimento Básico (23ª) e Inclusão Social (20ª).
De lá pra cá, se mudou alguma coisa em Porto Alegre, foi a piora das condições, em função do impacto provocado pela Enchente, fruto do descaso da Administração Municipal com o Sistema de Proteção as Cheias.
No mais, só o anúncio de grandes empreendimentos com apartamentos a preços milionários inacessíveis as 64 mil Família sem casa própria, apontados no Censo de 2022.
Urge que Porto Alegre e os Porto Alegrenses acordem logo, pois mesmo sem ampla informação, formação e debates com a População, o Plano Diretor esta para ser modificado, e se o povo não souber e participar, depois só restará reclamar, por que tudo o que já esta ruim, pode piorar.
O Especial OS DONOS DA CIDADE, do Jornal SUL21 mostrou claramente que o Prefeito, muitos vereadores e seus financiadores de campanhas, não tem interesse numa cidade plural. A parte boa da cidade deve ser deles, para fazer o que quiserem.
Sobre o estudo do IPS BRASIL – Desenvolvido pela Social Progress Imperative, o índice IPS Global é publicado anualmente desde 2014, abrangendo 170 nações, tendo como base o conceito de progresso social, entendido como “a capacidade da sociedade em satisfazer as necessidades humanas básicas, estabelecer as estruturas que garantam qualidade de vida aos cidadãos e dar oportunidades para que todos os indivíduos possam atingir seu potencial máximo”. Entre os itens analisados esta a questão da moradia.
A nota nacional no IPS Global 2024 atingiu 68,90 pontos, situando o Brasil na 67ª colocação do ranking internacional . Entre os países sul-americanos, o Brasil é considerado o quarto melhor país para viver – atrás de Chile (78,43), Argentina (77,19) e Equador (69,56).
Escrevo este artigo a partir de Informações de MATINAL e GZH