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Porto Alegre: Prefeito demite 1.840 servidores da SAÚDE e 840 mil pessoas podem ficar sem atendimento (Vídeo)

18 de Setembro de 2019, 11:20 , por Luíz Müller Blog - | No one following this article yet.
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200 equipes de Saúde da Família, com acompanhamento domiciliar, serão substituídas por 12 obscuras “Clínicas da Família”. Já para os mais de 70 postos de Saúde fechados, Marchezan propõe a fusão, ou seja a diminuição substantiva de postos. Imaginem o que significará uma beneficiária do Bolsa Família por exemplo, ter que pagar para se deslocar de ônibus de um lado para outro da cidade para obter atendimento. E pessoas idosas e ou doentes, que hoje tem atendimento domiciliar ou em Posto de Saúde próximo de casa, ter que se deslocar a outro bairro para buscar atendimento. Marchezan se alia a Bolsonaro e Eduardo Leite na desconstituição do SUS como Sistema Universal justamente num tempo de crise, onde as pessoas mais precisariam ter acesso ao Sistema Público de Saúde.

De quebra, Marchezan tenta empurrar a responsabilidade pelas demissões aos Sindicatos de Trabalhadores, que simplesmente questionavam a forma precária de contratação de pessoas que até Concurso Público fizeram, mas por serem contratados pela CLT, por empresa questionada na justiça a mais de 10 anos, poderiam ser demitidos a qualquer hora. Deu. Aconteceu. E sem que o Prefeito Tucano fizesse qualquer ação para garantir a manutenção dos servidores. 840 mil pessoas ficarão sem atendimento ou, se o Prefeito conseguir impor a sua visão privatista, uma parcela destes até poderá ter atendimento, mas precário, por que afeto a sua situação econômica.

É mais uma tragédia a se somar a tragédia da volta de epidemias que já haviam desaparecido do Brasil, como Saparmpo, Caxumba, etc…

Segue matéria do Brasil de Fato RS e vídeo reportagem que este blogueiro realizou ontem em Frente a Prefeitura com dezenas de servidores e populares que protestavam:

Instituto de Saúde da Família de Porto Alegre será extinto, anuncia Marchezan

Medida acarreta em 1,8 mil demissões e pode levar à privatização do atendimento de saúde na capital

Do Brasil de Fato (RS)

Centenas de trabalhadores protestaram em frente à prefeitura - Créditos: Fotos: Divulgação Sindisaúde RSCentenas de trabalhadores protestaram em frente à prefeitura / Fotos: Divulgação Sindisaúde RS

Por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (Imesf) do município de Porto Alegre será extinto. Com a medida, serão demitidos mais de 1.800 trabalhadores da saúde, entre médicos, enfermeiros e agentes comunitários na capital gaúcha. O anúncio foi feito em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (17) pelo prefeito Nelson Marchezan Junior.

Nesta tarde, cerca de 500 trabalhadores do Imesf se reuniram em frente à prefeitura para protestar contra a extinção e denunciar o risco da medida, que deve intensificar a entrega dos postos de saúde para a iniciativa privada. Em seguida, foram em caminhada até a Câmara de Vereadores. A presidente da casa, Monica Leal (PP), se comprometeu a receber os trabalhadores nesta quarta-feira.

Trabalhadores da saúde caminharam pelas ruas em protesto 

A decisão do STF saiu no dia 12 de setembro, considerando o Imesf inconstitucional. A ação se iniciou em 2011 e foi julgada em 2013. Recursos tramitaram no STF em 2014 e outros foram negados em março deste ano até o julgamento da Primeira Turma do Supremo. Segundo o prefeito, a população não será prejudicada e novos serviços serão ampliados e qualificados nos próximos meses.

Em nota, o Sindiaúde-RS aponta para a “terceirização praticamente total dos postos de saúde de Porto Alegre”. Chama a atenção para o fato de Marchezan ter colocado a culpa do fechamento do Imesf nos sindicatos. “Mais uma vez usam fake news para colocar trabalhador contra trabalhador”, diz a nota. A Ação Direta de Inconstitucionalidade foi movida por mais de dez sindicatos, em 2011, criticando a diferenciação salarial dos profissionais que entravam pelo Instituto, que tinham os mesmos postos e funções, mas ganhavam menos e tinham menos direitos que os colegas concursados estatutários do município.

O Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) também lançou uma nota sobre a extinção do Imesf, denunciando descaso e irresponsabilidade da gestão Marchezan. “Mesmo sabendo que o Instituto Municipal de Estratégia da Saúde da Família (Imesf) poderia ser considerado inconstitucional e que corria o risco de ser extinto, prejudicando mais de 500 mil pessoas atendidas pelo serviço na saúde básica, a Prefeitura preferiu manter a prestação nos mesmos moldes, sem tomar nenhuma providência que resguardasse a população e os trabalhadores”, diz a nota.

O Sindisaúde-RS segue mobilizado e convocou uma assembleia geral para quinta-feira a fim de debater as medidas jurídicas e políticas para reverter a situação.

Assista à transmissão da manifestação em frente à prefeitura, realizada pela Rede Soberania.


Fonte: https://luizmuller.com/2019/09/18/porto-alegre-prefeito-demite-1-840-servidores-da-saude-e-840-mil-pessoas-podem-ficar-sem-atendimento-video/

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