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Neutralidade de rede é a base do relatório do Marco Civil da Internet
3 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaAutor: Luís Osvaldo Grossmann
A neutralidade da rede é o pilar fundamental do Marco Civil da Internet, conforme o relatório tornado público nesta quarta-feira, 4/7. Mais do que mantê-la como um dos princípios da legislação, o relator do projeto, deputado Alessandro Molon (PT-RJ), optou por detalhar a aplicação da neutralidade, inclusive as hipóteses excepcionais em que alguma degradação é permitida.
Paralelamente, o relatório também preserva provedores ao evitar que sejam responsabilizados por conteúdos postados por terceiros. Essa inimputabilidade, porém, prevê exceções, especialmente naqueles casos em que os provedores, por iniciativa própria, retirarem ou bloquearem acesso a determinados conteúdos.
Um terceiro ponto muito caro aos defensores da liberdade na rede, a guarda dos registros de conexão, também foi exaustivamente detalhada, particularmente em respeito ao acesso a aplicações na Internet. O prazo de um ano, previsto já no projeto encaminhado pelo Executivo, foi mantido.
No geral, é nítida a preocupação com a neutralidade já na longa justificativa apresentada pelo relator. Em essência, sustenta que o “objetivo primordial” da lei é proteger a liberdade de tráfego de informações e que, caso a neutralidade não seja respeitada, pelo menos seis liberdades essenciais serão prejudicadas:
1) a conexão de qualquer dispositivo;
2) a execução de qualquer aplicativo;
3) o envio e recebimento de pacotes de dados;
4) a liberdade de expressão;
5) a livre iniciativa; e
6) a inovação na rede.
Dessa forma, o projeto mantém a premissa de que “o responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever de tratar de forma isonômica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicativo”. Mas foi retirado o controverso dispositivo que remetia a preservação da neutralidade à regulamentação posterior.
No lugar, o relatório buscou tratar das hipóteses de exceção, ao prever que “a discriminação ou degradação do tráfego respeitará as recomendações do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) e somente poderá decorrer de: I - requisitos técnicos indispensáveis à fruição adequada dos serviços e aplicações, e II - priorização a serviços de emergência”.
Além disso, ainda na hipótese de degradação de tráfego, o responsável deverá abster-se de causar prejuízos injustificados aos usuários, respeitar a livre concorrência e informar de modo transparente, claro e suficientemente descritivo aos seus usuários sobre as práticas de gerenciamento ou mitigação de tráfego adotadas.
Como regra geral, provedores de conexão não serão responsabilizados civilmente por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros – a não ser que não tome providências, “no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço”, após ordem judicial nesse sentido.
Vale lembrar que já era previsto que tal ordem judicial deve trazer identificação clara e específica do conteúdo apontado como infringente, que permita a localização inequívoca do material. “Evita-se, assim, que um blog, ou um portal de notícias, seja completamente ‘fechado’ por conta de um comentário em uma postagem, por exemplo”, comenta o relator.
O texto também remete à prática cada vez mais habitual do uso de registros de conexões dos usuários como prática comercial, de avaliação de perfis de navegação e, consequentemente, o uso publicitário ou promocional da Internet. Nessa linha, o projeto prevê que os registros de conexão não podem ser fornecidos a terceiros, “salvo mediante consentimento expresso e por iniciativa do usuário”.
A hipótese fora desse escopo é a guarda dos registros para fins de investigação. Manteve-se a obrigação de armazenamento dos registros por um ano, com a previsão de que tal prazo seja ampliado cautelarmente a pedido das investigações – requerimento que precisará, necessariamente, ser submetido, em até 60 dias, ao Poder Judiciário.
O relatório do deputado Alessandro Molon está disponível, desde as 10h desta quarta-feira, 4/7, no portal e-democracia (edemocracia.camara.gov.br), onde poderá receber sugestões até a próxima sexta-feira, 6/7.
Fonte: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=30989&sid=4
Jon 'maddog' Hall, guru do Linux, se declara homossexual
28 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaO guru do software livre Jon Maddog Hall declarou, hoje, a sua homossexualidade. Ele fez a revelação em uma carta publicada no site da revista Linux Magazine.
Maddog, como é conhecido, disse que só fez a revelação agora por alguns motivos pessoais. Um deles é que ele não queria que sua mãe e seu pai, que morreram recentemente, soubessem que ele era gay. Ele explicou que seus pais eram católicos fervorosos e que, por isso, podiam sofrer algum tipo de preconceito e também deixá-los arrasados.
"Meus pais não gostavam de negros; e tinham muito preconceito contra gays", disse Maddog em sua carta. "Eles, inclusive, se recusavam a assistir Ellen DeGeneres na TV simplesmente por ela ser homossexual. Como eles eram velhinhos, não quis assumir antes".
Outro, diz Maddog, era para preservar a Linux Internacional, entidade onde ele é um dos principais executivos. Ele tinha medo que pessoas preconceituosas pudessem retaliar a instituição por causa da sua homossexualidade. Agora, diz ele, as pessoas estão maduras e são mais respeitosas em relação à homossexualidade.
Maddog também disse que quis revelar agora o fato por causa do centenário de Alan Turing. O cientista inglês, que se suicidou em 1954, foi perseguido pelo governo inglês porque era homossexual. Na época, a polícia britânica não só humilhou Turing como o obrigou a fazer tratamentos com hormônios para ele supostamente deixar de ser homossexual. Em 2009, o governo britânico se desculpou pelo erro e pela forma como tratou um dos seus maiores gênios.
De acordo com Maddog, Turing é seu ídolo – e ele quis fazer uma homenagem com sua revelação.
Apesar do preconceito sofrido por Turing, Maddog diz que a área da computação é um refúgio para os gays. As pessoas que lidam com computadores são respeitosas, educadas e enxergam além da sexualidade. É por essa cultura, explica Maddog, que muitas empresas de tecnologia foram as primeiras a ter programas de diversidade.
Fonte: http://info.abril.com.br/noticias/ti/maddog-guru-do-linux-se-declara-homossexual-26062012-45.shl
Carta de Maddog: http://www.linux-magazine.com/content/view/full/55727
Vitória da cultura brasileira - A Cultura como política de Estado
27 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaOriginalmente: http://www.outroladodanoticia.com.br/inicial/38095-vitoria-da-cultura-brasileira.html
Autor: João Pedro Werneck
Em dia histórico para os fazedores da Cultura no Brasil, a Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade o parecer do relator Antônio Roberto (PV/MG) sobre o Projeto de Lei 757/2011, de autoria da Deputada Jandira Feghali (PCdoB/RJ), que cria a Política Nacional de Cultura, Educação e Cidadania, consolidando o Cultura Viva e os Pontos de Cultura como política permanente de Estado.
"Os Pontos de Cultura são o legado mais importante das políticas culturais do governo Lula, representam hoje mais de 3 mil iniciativas culturais em todo o país e reúne cerca de 8 milhões de pessoas em suas atividades, segundo o IPEA. Uma política que estimula a democratização e o protagonismo cultural do povo brasileiro. A votação de hoje é o primeiro passo e uma grande vitória, em especial pela intensa participação dos movimentos sociais da cultura que se mobilizaram intensamente através das redes sociais", ressaltou a Deputada Jandira Feghali.
Twitaço marca a participação do Movimento Social da Cultura
A mobilização e participação das redes e movimentos culturais tem sido uma marca de todo o processo e tramitação da Lei Cultura Viva: durante debate sobre políticas públicas para cultura na Arena Socioambiental da Cúpula dos Povos / Rio+ 20 no ultimo dia 19, os ativistas da cultura pressionaram pelo twitter para garantir que o Projeto de Lei entrasse na pauta da Comissão de Educação e Cultura. Instantes depois, a Deputada Jandira Feghali anunciava aos presentes que o PL 757/2011 entraria na pauta da próxima sessão.
E hoje, durante a votação, não foi diferente: durante toda a manhã em mobilização organizada pela Comissão Nacional dos Pontos de Cultura, Circuito Fora do Eixo, Ação Griô,Coletivos de Cultura Digital, Midialivristas e Ponteiros de todo o País, a Hashtag #LeiCulturaViva foi replicada milhares de vezes aos parlamentares da Comissão de Educação e Cultura, e atingiu os Trending Topics (assuntos mais comentados) do Twitter em vários estados do Brasil.
"Essa Ciranda é de todos nós"
Idealizador do programa Cultura Viva, o historiador e escritor Célio Turino, Secretário da Cidadania Cultural do MinC entre 2004 e 2010, comemorou a conquista:
"Como diz a canção de Lia de Itamaracá, 'essa ciranda é de todos nós'. É apenas um passo, mas um avanço muito importante para a Cultura Brasileira. Não há projeto de desenvolvimento para o Brasil que não tenha a cultura na centralidade das políticas públicas. Espero que esta vitória de hoje sinalize para a atual gestão do MinC a necessidade de cuidar melhor do Cultura Viva e dos Pontos de Cultura.
O Programa Cultura Viva hoje é considerado uma referência mundial de política pública de cultura e vem inspirando iniciativas semelhantes em outros Países da América Latina, como Argentina, Peru, Colômbia, Nicarágua e Costa Rica. Em vários destes Países a votação do PL Cultura Viva obteve também ampla repercussão.
Próximos Passos
Após a aprovação na Comissão de Educação e Cultura, o projeto de Lei segue para tramitação na Comissão de Finanças e Tributação, e em seguida na Comissão de Constituição e Justiça. Segundo Jandira, "vamos trabalhar para que até o final do ano a matéria esteja pronta para votação em plenário. O parlamento avança junto com a sociedade, e se o poder de mobilização demonstrado hoje pelo movimento social da cultura continuar a ser exercido daqui pra frente, certamente conseguiremos aprovar esta lei e consolidar definitivamente o programa Cultura Viva como política de Estado".
Saiba Mais sobre a Lei Cultura Viva
A Lei Cultura Viva, como é conhecido o PL 757/2011, cria mecanismos permanentes e duradouros para uma política cultural baseada no reconhecimento e incentivo do estado ao conjunto das manifestações, linguagens e formas de expressão cultural do povo brasileiro. Entre outras medidas importantes, a lei vinculará o programa Cultura Viva de forma permanente ao Fundo Nacional de Cultura, garantindo o financiamento do programa em âmbito nacional através do Sistema Nacional de Cultura, descentralizando o repasse de recursos nos estados e municípios.
A Lei Cultura Viva permitirá avançar em temas sensíveis, como regulamentação dos mecanismos de repasse dos recursos para atividades culturais, procedimentos de avaliação, monitoramento e prestação de contas dos projetos, desoneração fiscal e tributária para as entidades culturais, entre outras medidas que a Lei Cultura Viva tem a oferecer como avanço não só para os pontos de cultura, como também para um amplo conjunto de iniciativas da sociedade civil.
Olhar Contestado, desvendando códigos de um conflito
26 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários ainda
Olhar Contestado, desvendando códigos de um conflito é um filme brasileiro, sobre o centenário da Guerra do Contestado (1912-2012), produzido utilizando Software Livre e vai ser exibido na Bicicletaria Cultural
O Projeto foi documentado em um Blog do Estúdio Livre, conheça mais em
http://estudiolivre.org/tiki-view_blog.php?blogId=254
França contrata €2 milhões em suporte a soluções abertas
25 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaOriginalmente: http://h-online.com/-1625551
O departamento central de tecnologia da informação do governo francês realizou uma contratação no valor €2 milhões (R$ 5 milhões) para apoiar 350 diferentes ferramentas de código fonte aberto em quinze diferentes ministérios. O contrato de três a quatro anos, que foi proposto no ano passado, foi concedido às empresas de consultoria Alter Way, Capgemini e Zenika.
As ferramentas e tecnologias suportadas inclui diversas distribuições GNU/Linux como o Ubuntu, Debian e CentOS e entre os programas estão o Firefox, LibreOffice, OpenERP, Nagios, Drupal dentre outros. As linguagens de programação como PHP e Python também estão dentro do escopo.
O departamento de TI francês está exigindo das empresas que devolvam as melhorias realizadas no código fonte que este estão responsáveis para as respectivas comunidades como parte do contrato. O contrato atual apenas cobre correções de erros e manutenção em instalações existentes, o desenvolvimento de novas funcionalidades será coberta em uma nova proposta que ainda não foi publicada. Não participa do contrato o Ministério da Economia, Finanças e Indústria que tem seu próprio contrato de suporte a iniciativas de código fonte aberto.
Oito anos atrás, um contrato similar voltada a software proprietário, falhou, resultando em uma "dispendiosa adoção de soluções proprietárias de software" sendo implantadas em todo o governo Francês, de acordo com o site LeMagIT. Portanto, além da economia de custos, a adoção cada vez maior, e mais sustentável, de ferramentas open source é uma prioridade.
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https://joinup.ec.europa.eu/news/french-government-awards-two-million-support-contract-open-source-2