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Itália abrindo caminho para o código-fonte aberto
16 de Setembro de 2012, 21:00 - sem comentários aindaOriginalmente: http://h-online.com/-1709553
Em 7 de Agosto, uma lei foi aprovada pelo Parlamento Italiano que requer o uso de Software de código-fonte aberto (Software Livre) pela administração pública onde for possível. O artigo 68 do Código Italiano de Administração Digital (Codice dell'amministrazione digitale) diz que, a partir de 12 de Agosto, as administrações públicas que estejam procurando uma nova solução de Software devem ou usar uma aplicação desenvolvida internamente (in-house), desenvolver seu próprio programa, usar software de código-fonte aberto (Software Livre) ou qualquer combinação destas.
Como observado pelo procurador Simone Aliprandi, as agências Italianas só estão autorizadas a comprar software proprietário como uma exceção, se uma análise técnica e econômica demonstrar que nem o software desenvolvido internamente (in-house) e nem uma solução aberta atendem os requisitos das agências com um baixo custo.
Um grande número de regiões na Itália aprovaram lei similar, incluindo Piemonte, Apúlia e Trentino.
Stephen Fry: "Eu uso Ubuntu"
11 de Setembro de 2012, 21:00 - sem comentários aindaOriginalmente: http://www.omgubuntu.co.uk/2012/08/stephen-fry-i-use-ubuntu
Stephen Fry é muito mais do que um reverenciado ator, roteirista e comediante: ele é também um usuário do Ubuntu. O ator revelou sua escolha de distribuição Linux em uma entrevista pré-gravada para o evento OggCamp 12, que ocorreu na semana passada em Liverpool, UK.
A conferência anual que ocorre durante dois dias celebra o Software Livre e a Cultura Livre.
"Ubuntu é o mais amigável"
Questionado se ele utiliza o Linux em algum de seus dispositivos, Fry respondeu:
"Se eu utilizo Linux em algum dos meus dispositivos? Sim - Eu uso Ubuntu; parece-me o mais amigável"
A escolha de Fry por uma distribuição Linux não é uma surpresa para quem é familiar com o ponto de vista do ator sobre o copyright e a cultura digital. Ele tem sido um defensor da filosofia open-source, inclusive atuando em um famoso vídeo online que celebra o décimo aniversário do GNU/Linux.
Mas o Linux não é o seu único amor quando se trata de tecnologia. O ator do filme 'Hobbit' é também um conhecido fan da Apple. Na entrevista ao OggCamp ele fala sobre a 'preocupação' que tem sobre a abordagem de "jardim murado" que a companhia esta tomando:
"Ás vezes eu me preocupo que ela [a Apple] seja um pouco tirânica e um pouco boba"
Junto com sua escolha de Sistema Operacional, Fry falou sobre sua jornada com os computadores - desde o seu primeiro BBC Micro, e primeiras brincadeiras em programação; e o porque ele sente que a adoção do Linux tem sido um pouco lenta.
O vídeo completo (16 minutos) de Stephen Fry pode ser encontrado em: http://www.youtube.com/watch?v=nefPAXvMSKk
Célio Turino: "Marta compreende o papel da cultura digital"
11 de Setembro de 2012, 21:00 - sem comentários aindaPor Bruno de Pierro, do Brasilianas.org
A presidente Dilma Rousseff anunciou, nesta terça-feira (11), a nomeação da nova ministra da Cultura, a senadora Marta Suplicy (PT-SP). Ela substituirá Ana de Hollanda, que desde o início do mandato, em janeiro de 2011, tem protagonizado episódios polêmicos de sua gestão, especialmente em torno dos direitos autorais. Marta tomará posse na próxima quinta (13), após entrar de vez na campanha do ex-ministro Fernando Haddad á prefeitura de São Paulo. O suplente de Marta, o vereador paulistano Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP) irá substituí-la no Senado.
Assim que assumiu o MinC, Ana de Hollanda, que é irmã do cantor e compositor Chico Buarque, expôs opiniões contrárias às gestões anteriores de Juca Ferreira e Gilberto Gil, evidentemente mais abertas ao copy left e à cultura colaborativa digital. Com a mudança, a perspectiva é de que o desgaste que a pasta sofreu na última gestão seja interrompido e que a polarização entre “defensores do Ecad” e defensores da “distribuição do copy left” se dissolva.
Para entender como a nova gestão pode ser conduzida daqui para frente, Brasilianas.org conversou com o historiador Célio Turino, um dos idealizadores do programa Cultura Viva do MinC e que, entre 2001 e 2004, trabalhou ao lado de Marta Suplicy na prefeitura de São Paulo.
Segundo Célio, o principal problema da gestão de Ana de Hollanda foi a quebra da narrativa dos movimentos culturais que emergiram durante os dois mandatos do presidente Lula. “Houve uma quebra de diálogo e do encantamento”, disse. Entre os grupos que perderam com a descontinuidade de políticas, o ex-secretário de Cidadania Cultural do MinC entre 2004 e 2010 citou os indígenas, os terreiros e comunidades de jovens em favelas.
“Espero que a grande primeira medida seja a retomada desse processo que se frustrou nos últimos anos”. O processo do qual Célio faz referência é o grande Programa Cultura Viva, responsável pela criação de 3.670 Pontos de Cultura (PCs) entre 2004 e 2011. Um dos problemas enfrentados pelos PCs atualmente é a interrupção dos incentivos. Para Célio, os pontos devem ser revigorados a partir do estabelecimento do fluxo que garanta a manutenção deles. “Hoje, um Ponto de Cultura recebe R$ 60 mil por ano; já é pouco, e quando isso é interrompido, por questões burocráticas, todo o trabalho de uma comunidade sofre desgaste”, explicou.
Além disso, Célio enfatizou que o Cultura Viva não está concentrado apenas nos Pontos de Cultura. O programa envolve mestres da cultura tradicional junto com as escolas, e que recebiam bolsas; há também a importância da relação entre cultura e saúde e da Economia Viva, como ocorre no Banco Comunitário União Sampaio, no campo limpo, em São Paulo. “Tudo isso são medidas simples e que chegaram a 1.100 municípios. Isso precisa ser retomado com a mesma ênfase de antes”.
E a condição necessária para que os Pontos de Cultura funcionem com vigor é que tudo aconteça em rede e com a realização de grandes encontros. O último, que reuniu as chamadas Teias de Cultura, aconteceu em 2010, na cidade de Fortaleza. Para Célio, é nesse contato “de um com o outro”, num processo de auteridade, que ocorre o crescimento. Sinal de que este conceito deve ser considerado com atenção é a disseminação do Cultura Viva por governos da América Latina. Desde que deixou a administração pública e a vida partidária, Célio percorre pela região, difundindo a experiência brasileira. E critica: “hoje, [o programa] está mais disseminado na América Latina do que no Brasil”. Na quinta-feira, enquanto Marta Suplicy toma posse do MinC, Célio estará no Uruguai, em mais uma de suas viagens, que já contribuíram para a consolidação do Cultura Viva também na Argentina, Peru, Colômbia, Costa Rica, entre outros. Em Medelin, na Colômbia, por exemplo, foi aprovada a Lei Cultura Viva. No Brasil, país de origem do programa, a lei ainda tramita no Senado.
De autoria da deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), a Lei Cultura Viva (Projeto de Lei 757/2011) cria a Política Nacional de Cultura, Educação e Cidadania e consolida o Cultura Viva e os Pontos de Cultura como política permanente de Estado. O projeto foi aprovado com unanimidade na Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados em junho deste ano. Agora, espera pela aprovação na Comissão de Orçamento, para que então possa seguir para a votação no Senado.
Experiência da senadora na prefeitura
Durante a gestão de Marta na prefeitura de São Paulo, Célio Turino foi diretor do Departamento de Programas de Lazer da Secretaria Municipal de Esportes. Acompanhou de perto, portanto, a atuação da então prefeita em temas relacionados à cultura. “Tenho grande expectativa com a Marta, pois o primeiro grande movimento de inclusão digital no Brasil foi implantado por ela, com os Telecentros, equipados com softwares livres”, ressaltou.
Célio disse ainda que a nova ministra tem compreensão do papel da cultura digital no processo de desenvolvimento do povo brasileiro a partir dos softwares livres, do trabalho colaborativo, da generosidade intelectual e da gestão em rede. Todos estes elementos, explicou, estão presentes nos Telecentros e nos CEUs (Centros de Educação Unificados).
O ponto forte, portanto, da nova gestão do MinC, pode ser a integração da educação com a cultura. Exemplos disso são, também, o Recreio nas Férias, programa criado por Marta para levar atividades culturais a crianças no período das férias. “Eram disponibilizados 5 mil ônibus, uma coisa grande, que levava crianças para museus e locais de recriação. Ela [a senadora] tem esse entendimento”, afirmou.
Fonte: http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/celio-turino-marta-compreende-o-papel-da-cultura-digital
Liberdade do Software - Software Freedom Day
5 de Setembro de 2012, 21:00 - sem comentários aindaTraduzido (Livremente) de: http://www.softwarefreedomday.org/en/sfd/software-freedom
Em um momento em que nossas vidas estão cada vez mais dependentes das tecnologias é importante que tomemos algum tempo para refletimos sobre o impacto da tecnologia em nossas vidas, e na importância de garantimos que estas não sejam utilizadas para nos impor limites, mas sim para nos levar por caminhos de oportunidades, inovação e liberdade para todas as pessoas.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos [1] é um conjunto básico de direitos humanos, os quais a maioria das pessoas devem concordar que são apenas o minimo. Muitas vezes nossos direitos básicos não são pensados no contexto da tecnologia, porém mais e mais nossas vidas dependem das tecnologias, tornando-se uma preocupação crescente.
Tecnologias que são importantes para garantir a nossa liberdade, são utilizada em nossos sistemas de votação, nosso lazer, nosso trabalho, educação, arte e comunicação. O que isto significa para você? Isso significa que as liberdades básicas, que todos nós possuimos são tão livres quanto as tecnologias utilizadas por nós.
Tecnologias transparentes e sustentáveis são vitais para garantirmos nossa liberdade. Pense sobre os sistemas de Governo Eletrônico tal como o voto eletrônico. Quando estes sistemas, registram nossos votos, em plataformas proprietárias ou fechadas nós não podemos ter certeza de como o software utilizado funciona, então como podemos confiar nos resultados?
Os problemas com o sistema de voto eletrônico Diebold [2] nos Estados Unidos é a prova [3] e aponta para a necessidade de sistemas transparentes e que sejam confiáveis.
Pense sobre outros softwares que utilizamos todos os dias e que são proprietários e perceba que você não tem como ter certeza sobre o que realmente esta acontecendo!
Será que seu sistema de e-mail não esta enviando uma cópia de suas mensagens para um terceiro? Será que seu navegador web não esta registrando e automaticamente enviando seu histórico de navegação para alguém? Um dos casos mais recentes e interessantes se deu quado a Sony propositadamente adicionou um spyware [4] em seus CDs de música, este silenciosamente e automaticamente se instalava dentro do sistema Microsoft Windows para procurar por violações de direito autoral. Este comportamento gerou uma nova onda de vírus que se aproveitaram da brecha aberta, e é uma grosseira violação de privacidade.
Então, o que eu quero dizer com transparência? Bem, alguns softwares lhe dão acesso ao código-fonte, tais como os Softwares Livres e de Código-Fonte Aberto (Open Source Software (FOSS)) e que lhe garante que você pode conhecer o que exatamente um software irá e pode fazer.
Estes podem evitar surpresas desagradáveis, spywares, armações e todo tipo de problema que nós não temos como ter certeza de como evitar em software proprietário e fechados. Software Proprietário mantém o código-fonte fechado longe do escrutínio público o que significa que não há nenhuma maneira de saber exatamente o que o software realmente faz, e não há nenhuma maneira de confiar neste para a proteção do seus direitos humanos. Tecnologias transparentes dizem respeito a garantia de que você pode confiar nos resultados e operações de uma ferramenta tecnologica.
Tecnologias sustentáveis também são importantes, e o melhor exemplo desta questão são os formatos proprietários de dados. Por que as gerações de hoje não deveriam ter acesso às cartas de amor, ensaios e poemas da sua juventude? Com tantos aplicativos usando formatos de dados proprietários, nós não podemos acessar a informação em outros programas ou até mesmo em futuras versões do mesmo aplicativo.
Quando os dados são armazenados em formatos baseado em padrões abertos [5], existe a possibilidade para que todas as pessoas, em todos os lugares, facilmente usem e implementem estes padrões e assim tenham seus dados acessíveis por mais aplicações. Tecnologias sustentáveis dizem respeito a garantia de acesso ao conhecimento para sempre.
À medida que mais e mais a população mundial começa a utilizar tecnologia, se conectando e desenvolvendo a próxima grande mudança do futuro (tal como a Internet foi para muito de nós), a garantia de abordagens abertas, transparentes e sustentáveis devem ser consideradas como melhores práticas.
Isto é importante para o futuro onde a tecnologia empodera a todos igualmente, onde o conhecimento é eterno e onde as nossas liberdades básicas são fortalecidas pelas tecnologias e não prejudicadas.