Andrew Keen: O Anticristo do Vale do Silício
1 de Junho de 2011, 22:43 Postular a popularização de blogs, redes sociais e sites que trazem informações feitas por anônimos (como a Wikipedia, Twitter ou o Youtube) como um fenômeno democrático pode parecer um assunto óbvio e repetitivo. O tema em questão é considerado um standart, ou seja, não tem como discordar da importância da Web 2.0 para a sociedade atual, onde a rapidez e a praticidade para enviar e receber informações, sejam na forma de e-mails, torpedos de celular, ou até mesmo nas atualizações do Facebook, é tida como vital para qualquer cidadão antenado com o que está acontecendo, seja na sua vizinhança ou no outro lado do mundo.
É por isso mesmo que um escritor inglês, radicado há muitos anos nos Estados Unidos (mais precisamente no Vale do Silício, lar das maiores empresas, companhias e desenvolvedoras de softwares e tecnologias digitais do mundo) vem causando tanta polêmica. Em seu livro "O Culto do Amador", o jornalista Andrew Keen critica ferozmente o valor exagerado que a sociedade tem pela publicação de material jornalístico, seja na forma de notícias ou até mesmo uma crítica de um produto cultural, por aqueles que não possuem formação humana e profissional na área. Ele aponta que o "Culto à criança" é um dos responsáveis por esse fenômeno. Segundo Andrew, muitos pensam que um jovem da geração y sabe tanto quanto um PhD formado em Harvard. Porém, de acordo com o jornalista, isso não é verdade, pois a experiência acumulada ao longo da vida é um fator essencial para a qualidade do serviço feito por um profissional.
Não há como negar um crescente sentimento narcisista em parte da população. Jimmy Wales, um dos fundadores da Wikipedia, disse certa vez que ele não confia mais em um doutor do que em um adolescente de 15 anos. Desde cedo, a maioria das crianças aprendem que são especiais e isso futuramente pode acabar em uma frustrante constatação de que nem todas elas são talentosas.
É através desse argumento que o autor formula a sua tese. Na contramão de seus colegas de Silicon Valley, o jornalista sugere que a internet está acabando com a cultura, o conhecimento e a economia, principalmente dos Estados Unidos. De acordo com Keen, a própria Wikipedia, "com seus milhões de editores amadores e conteúdo não confiável, é o 17º site mais acessado da internet; Britannica.com, com seus 100 ganhadores do Prêmio Nobel e 4 mil colaboradores especialistas, está em 5.128º lugar". Esse fenômeno pode ser comprovado através de uma rápida pesquisa no Kindle. O site criado por Jimmy Wales é a primeira sugestão do gadget, sendo a fonte mais acessada por seus usuários.
A conclusão de Keen é polêmica. O inglês afirma que as pessoas não são iguais, pois umas possuem talento e outras não. Por fim, ele complementa dizendo que o ser humano que não possui conhecimento suficiente não deve fazer o trabalho de um jornalista, cujo papel é justamente mostrar aos leigos o caminho a ser trilhado e seguido.
A revolução da internet e da tecnologia digital é um caminho sem volta. Na verdade, até o próprio Andrew Keen é um fanático por dispositivos digitais como o iPhone ou o iPad, como todo profissional formado no Vale do Silício deveria ser. Ele ainda avisa que o jornalismo feito à moda antiga acabou. Está morto e sepultado e nós temos que nos adaptar.
A questão que fica é a seguinte: qual é o futuro do profissional da comunicação? Para Keen, as faculdades de jornalismo estão com os dias contados. É difícil imaginar um mundo sem os jornais de papel, mas é ainda mais difícil pensar em um mundo com a presença deles.
Seja ele um picareta amargurado, que quer apenas parecer diferente dos outros ao discursar contra toda uma cultura instituída ou, por que não, um revolucionário incompreendido, certas indagações de Andrew são interessantes e podem ser abertas à discussão. Acabar com o que já foi construído é impensável. O que pode ser sugerido é apenas utilizar uma dose saudável de ceticismo sempre que for pesquisar algo pela internet. O autor diz que ela dificulta o discernimento entre o verdadeiro ou falso, mas charlatões sempre existiram. Talvez esteja aí o papel do jornalista moderno, lançar uma luz amiga nesse infinito universo virtual.
Confira o blog de Andrew Keen:
http://andrewkeen.typepad.com/
Também dê uma olhada na participação do jornalita do Vale do Silício programa Milênio, da Globo News, onde ele trata de todos os assuntos polêmicos abordados por ele em sua obra:
http://www.youtube.com/watch?v=zPm6OCGNerU
Dia Nacional da Imprensa
1 de Junho de 2011, 21:22Acessem Ilicínea Agência Congonhas de Notícias
Nosso amigo colaborador Vitor Eugênio fez uma profunda e instigante reflexão sobre a imprensa atual e citou o blog Mídia Colaborativa.
Acessem e comentem!!
Vídeo do Blog
31 de Maio de 2011, 22:15O blog Mídia Colaborativa produziu um vídeo de professores de jornalismo dando suas opiniões a respeito do Jornalismo Colaborativo.
Para conferir, é só clicar aqui
Jornalista por paixão...e opção!!
19 de Maio de 2011, 21:32Crédito: Arquivo pessoal |
Mídia Tradicional x Mídia Colaborativa
15 de Maio de 2011, 22:57A mídia colaborativa vem crescendo devido à fácil publicação na internet, como boletins por correio eletrônico, redes sociais, podcasts de áudio e vídeo, blogs, fotologs e sites de conteúdo.
Falsa colaboração
11 de Maio de 2011, 17:09Imagem modelo de comunicação
9 de Maio de 2011, 20:44Podemos definir os dois sistemas de comunicação em estudo neste blog com as imagens ao lado. À esquerda temos o modelo de comunicação presente na mídia de massa. Esse sistema, quase em extinção, só existe atualmente em países não democráticos, onde um grande conglomerado dirigido pelo governo tem a posse de toda a comunicação. Existe apenas um emissor, que distribui a informação da maneira que achar mais conveniente, já que a audiência não tem o poder de escolha. Dessa forma, o público fica à mercê dos interesses do grupo dominante.Já o modelo da direita é o predominante em todo planeta. Nele, todos são produtores e todos são receptores. Não existe o monopólio da informação e o público tem o direito de escolher o que quer ver, ouvir e ler. A audiência também passa a produzir, até mesmo com o incentivo das grandes empresas de comunicação.
As perguntas que fazemos é, será que este modelo digital é de todo perfeito? Como saber selecionar e decupar a informação de qualidade ou até mesmo verídica? Qual é o papel do jornalista nessa história? Todos agora são jornalistas?
E você, o que acha de tudo isso?
Caso Realengo
5 de Maio de 2011, 9:45Apresentamos um trabalho sobre o Caso Realengo semana passada e lembramos que este vídeo pode exemplificar a mídia colaborativa!
O vídeo passou na Record e mostra um cinegrafista amador filmando as crianças que foram feridas minutos após o massacre. Ele simplesmente saiu com sua câmera e perguntava às crianças se tinham levado um tiro e pedia para mostrar o local (mão, barriga, ...). Ficamos muito surpresos com sua frieza e falta de consideração com o momento que as vítimas estavam passando.
Deve ter mostrado o vídeo para todas as emissoras, e a que tiver oferecido o maior preço, ele deve ter vendido...
Muitas vezes o jornalismo colaborativo ajuda na apuração dos fatos, mas nesse caso não era necessário tanta espetacularização do acontecimento! Deve-se levar em conta a situação que as famílias estão passando e respeitar sua privacidade.
Segue o link do vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=slTF8geDDSk&feature=related
03 de maio- Dia Mundial da Liberdade de Imprensa
3 de Maio de 2011, 21:21Será mesmo que estamos na era da diplomacia digital?
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-05-03/no-dia-da-liberdade-de-imprensa-patriota-comemora-que-chama-de-diplomacia-digital
E os milhares de cidadãos espalhados pelo mundo que ainda não tem acesso total à informação?
Em pleno século XXI, em que governos ditatoriais ainda bloqueiam Internet e televisão nas casas, qual será o destino dessas pessoas, que não tem sequer a chance de se tornarem verdadeiros críticos e formadores de opinião?
Nós, jornalistas, ainda temos muito o que lutar para reverter essa situação...
O Twitter e o jornalismo colaborativo
20 de Abril de 2011, 11:38No dia 21 de março deste ano, o Twitter, uma das mídias sociais mais populares do mundo, fez cinco anos de vida. Mas o debate que tentamos levantar aqui é: diante de tanta informação vinda de inúmeras fontes, qual é o papel do jornalista nessa história toda?
A cada segundo, milhares de mensagens são postadas por usuários do Twitter de todo o planeta. Com uma ferramenta tão rápida e fácil de usar, qualquer um pode dar notícias e informações a respeito do que acontece na sua comunidade, bairro ou cidade, contar fofocas ou apenas fazer comentários, sejam eles inteligentes ou não.
Um dos exemplos mais famosos em que esse site foi utilizado como plataforma de jornalismo colaborativo foi a cobertura que os moradores do Complexo do Alemão fizeram durante a ocupação policial na comunidade, no final do ano passado. O perfil, que se descreve como "o primeiro jornal do Complexo do Alemão", ganhou seguidores famosos, como os blogueiros Felipe Neto e PC Siqueira, a atriz Cláudia Raia e a apresentadora Sonia Abrão.
A iniciativa é válida, pois dá voz aos excluídos, além de mostrar o ponto de vista de quem viu a ação toda acontecer de perto. Apesar disso, é necessário que o jornalista saiba filtrar as informações. É muito comum leitores se depararem com notícias publicadas na internet cuja única fonte é um perfil no Twitter, sem ao menos apurar a informação com mais cuidado. O furo de reportagem não existe mais, parece que só a classe que o criou não sabe disso. No desespero de "sair na frente", muitos profissionais cometem falhas e gafes imperdoáveis.
Abaixo, deixamos o link do Voz da Comunidade e outros perfis interessantes:
http://twitter.com/#!/vozdacomunidade (perfil do Voz da Comunidade, que fez a cobertura da ocupação policial no Morro do Alemão em tempo real).
http://twitter.com/#!/MARCELOTAS (perfil do jornalista e apresentador do CQC, Marcelo Tas).
http://twitter.com/#!/rafinhabastos (perfil do Rafinha Bastos, do CQC, um dos mais influentes do país).
http://twitter.com/#!/alecduarte (perfil do editor do caderno de esportes da Folha de São Paulo).
http://twitter.com/#!/inagaki (um dos blogueiros mais influentes do país, responsável pelo "Pensar Enlouquece, Pense Nisso").
http://twitter.com/#!/vanessanunes (especialista em tecnologia do jornal Zero Hora).
http://twitter.com/#!/lorenatarcia (coordenadora do curso de Jornalismo do UNI BH e professora de Jornalismo Online).
Jornalismo colaborativo na Web
15 de Abril de 2011, 13:02Olá!!!
A intenet é um dos principais meios de propagação do Jornalismo Colaborativo. Selecionamos alguns dos principais sites nos quais internautas produzem e divulgam seus textos, fotos e vídeos. Vale a pena dar uma conferida! Tem muita gente produzindo conteúdos de qualidade por aí...
Endereço: g1.globo.com/vc-no-g1
Página do portal G1 aberta para colaboradores postarem textos noticiosos, fotos e vídeos de interesse público. O material também pode aparecer no jornal local da cidade onde foi produzido.
Endereço: www.brasilwiki.com.br
Página do portal do Jornal do Brasil. Com o slogan "Você é o reporter", convida o internauta a divulgar textos, fotos e vídeos.
Endereço: oglobo.globo.com/participe
Página do portal do jornal O Globo. O canal recebe textos, fotos e vídeos e áudios e o publica na web e no jornal impresso.
Endereço: minhanoticia.ig.com.br
Nesta página o internauta pode contribuir com textos, áudios, fotos, vídeos e SMS de diversas editorias.
Endereço: www.ohmynews.com
Portal sul-coreano que mantém cadastrados mais de 50.000 colaboradores.
Endereço: www.overmundo.com.br
Site cultural em que usuários publicam e editam conteúdos que são separados por estados brasileiros.
Endereço: www.lanceactivo.com.br
Página do site do jornal esportivo Lance! que recebe textos, fotos, vídeos e áudios sobre assuntos relacionados a área de cobertura do periódico.
Endereço: www.terra.com.br/vcreporter
Sessão do Terra onde os usuários enviam textos, fotos, vídeos e áudios.
Conhece mais algum? Então envia aqui pra gente!!!
Colaboratividade em descontrole
10 de Abril de 2011, 13:20Quem não foi surpreendido esta semana, por uma notícia que fez até mesmo a presidenta chorar? Não tinha como fugir do assunto, estava na TV, no rádio, nos jornais e revistas, corredores de faculdade, escolas, escritórios, enfim, uma grande comoção popular.
As notícias e os detalhes do massacre na escola de Realengo foram chegando de forma simultânea pelos veículos de comunicação. Era possível se saber em tempo real, cada pista encontrada pela polícia, caminhos da investigação, resgate das vítimas e todo o procedimento neste tipo de acontecimento.
Para maioria, estava claro os motivos do crime, o bullyng, assim como quem tinha cometido tamanha atrocidade com meninos e meninas inocentes que estavam em uma instituição de ensino.
Passado o alvoroço dos primeiros intantes, os vídeos com as imagens da crueldade do assassino começam a cirular pela internet, podiamos ver as pessoas gravando com seus celulares a cena do crime e toda a ação policial.
Como concluimos em nosso conceito de jornalismo colaborativo, isso faz parte deste processo, mas até onde vão os valores éticos de publicações como esta?
Se as cenas são chocantes para quem vê, imagina para quem viu, sentiu e passou por isso. Imagina as pessoas que estão diretamente envolvidas neste crime?
Com as perguntas acima, questionamos até onde vai essa exagerada divulgação de noticias, sem filtro e sem pudor. respeito as famílias? Acredito que isso passou um pouco longe. É uma forma de protesto, mas parece que as imagens não tinham limites.
Se você quer ver toda a ação do garoto que cometeu suicidio após matar todas aquelas crianças, pergunte ao Google. Ou navegue pelos videos do youtube. Se preferir, entre em sites de emissoras brasileiras e procure por este assunto. Centenas de vídeos postados irão surgir, todos sem nenhuma preocupação com a dor de quem perdeu um parente querido.
Por isso faço a seguinte pergunta: colaborar é uma questão de controle ou descontrole?
Modo de fazer
7 de Abril de 2011, 10:29- Seja bem informado em relação ao que acontece à sua volta. Não basta saber o que todos sabem, a melhor informação é aquela que somente você possui.
- Fique atento. Tudo pode se tornar notícia.
- Seja realista. Verifique cada informação antes de escrever. Construa sua credibilidade.
- Não maltrate o português, mas não perca a originalidade. Um texto bem escrito atrai mais leitores.
- Priorize as notícias factuais.
- Divulgue seus trabalhos. Você não escreve para você e sim para os outros.
- Seja objetivo e claro em seus textos.
- Ande sempre com o celular e um bloco de anotações. Você nunca sabe quando a notícia vai aparecer.