Em uma época de fácil acesso a equipamentos de produção de fotografias e vídeos, os veículos de comunicação ficam de olho em novas oportunidades e furos. De certa forma, o colaborativo deixou o jornalismo um bocado “preguiçoso”.
Por que se preocupar em correr atrás de furos, se todo ouvinte, internauta ou telespectador é um “informador” em potencial? Mas e se esses colaboradores não forem formados em jornalismo? Será que as informações passadas por eles, não devem ser filtradas antes de divulgá-las?
O site UOL, 4º no ranking de acessos na web no Brasil, segundo informações da Alexa.com, cometou um erro grave no dia 17 de julho de 2007. Nessa data, um acidente envolvendo um avião da TAM levou a morte de 199 pessoas, e com esse desastre, as grandes redações do Brasil foram inundadas de vídeos e fotos capturadas por cidadãos.
É foi bem aí que o UOL errou. Um internauta enviou uma suposta foto do acidente em que uma pessoa aparece em meio as chamas causadas pela colisão da aeronave com um depósito da TAM.
Até aí: trágico e sensacionalista, mas se não mostra o rosto do sujeito, por que não divulgar?
Após receber vários e-mails de outros internautas alertando sobre uma suporta montagem, a equipe do UOL vasculhou e achou uma foto idêntica a veiculada, a não ser pelo corpo que aparece nela. Logo que foi descoberta a farsa, o UOL tirou a foto do site e colocou um aviso de erro aos internautas e a Ombudsman do UOL, Tereza Rangel, críticou a atitude do seu empregador.
O erro foi consertado, mas com tantas outras tragédias que acontecem todos os dias pelo Brasil e pelo Mundo, nós corremos o risco de se sermos enganados, portanto devemos sempre bater na tecla de que os conteúdos enviados por colaboradores, devem passar por filtros para não descredibilizar o jornalismo como um todo.
FOTO ORIGINAL:
FOTO COM MONTAGEM: