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10º Relatório Educacional de Raskólhnikov II, o herege

14 de Setembro de 2013, 12:26 , por Marcos A. S. Lima - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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Licenciado sob CC (by-nc-nd)
10º Relatório Educacional de Raskólhnikov II, o herege

Das sublocações de aulas
(Atualizado em 30/12/2010, às 10:57)

Castelo, 10 de dezembro de 2014.

Caro "Maranhão":

Antes de continuar a relatar as coisas da educação daqui do futuro, deixe-me fazer duas considerações. Primeiro, quero solidarizar-me contigo aí no presente no instante em que, embora timidamente, tentas lutar ao lado de alguns professores por uma educação de melhor qualidade - o que se passa aqui no futuro não é muito diferente daí, não, se me permites relembrá-lo, afinal, sabes que meu papel nestas investigações é tão-somente para tentarmos mudar o que se anuncia acontecer aí.

Em segundo lugar, trata-se de uma crítica que quero fazer a uma de tuas pinturas reproduzidas, cujo vídeo postaste recentemente no YouTube e dispuseste neste blog: Diógenes está com seis dedos na mão esquerda e Jano também, só que na direita. Conserta lá, hein?

Agora deixe-me contar o que ando vendo em algumas das trinta e tantas escolas por onde passei este ano em Castelo. Preocupa-me, sobretudo quando se tem muita reclamação a respeito de falta de aulas para professores reservas, as crescentes sublocações de aulas feitas por alguns mestres. Pois eis que, tendo um assunto particular para resolver, ou, com medo de ter um pedido de licença, de atestado médico negados pela SEEC (Secretaria Educacional Estadual de Castelo), alguns professores sublocam suas aulas, ou seja, contratam outras pessoas para substituí-los em sala de aula, sem o conhecimento da secretaria competente, que, diz-se, proíbe tal prática.

Acredito que a maioria o faz sem má intenção, apenas quer de fato resolver um probleminha urgente, pois a direção -dependendo do perfil ideológico do professor - poderia colocar falta, não possibilitando reposições de aulas -ainda mais quando se chega no fim do ano letivo com o calendário apertado- e, aí... adeus licença prêmio!

O perigo é exatamente o fato de alguns mestres que passam a usar este recurso apenas pra se verem livres do estresse da sala de aula - estaria aqui uma conseqüência inconsciente(?) da decisão da SEEC de não liberação das licenças-prêmio vencidas ou o não reconhecimento do estresse que é dar aulas em salas de 30, 40 alunos?

Outra conseqüência dessa prática de sublocar aulas é que isso termina afetando os professores substitutos que estão na fila para pegar aulas. Quando uma determinada escola resolve as faltas de professores contratando (ou permitindo que se contrate) um outro por fora, informalmente, pode estar contribuindo para o desemprego de um professor que participou de um processo seletivo tal qual se exige no edital de inscrição desta categoria; além do mais, o Estado deixa de arrecadar os impostos devidos, além de outros fatores preocupantes, como o fato daqueles que pegaram as aulas, caso acidentem-se em horário de trabalho, não receberem o que teriam direito se fossem legalizados, etc.

Mas o pior de tudo é quando alguns contratam gente que não é nem formada. Não falo só daqueles que têm graduações de uma determinada disciplina e se "habilitam" a lecionar outras, mas refiro-me àqueles profissionais de outras áreas, como é o caso de histórias que chegaram aos meus ouvidos tais como a da manicure que estava dando aulas de religião, ou do vendedor que se passava por professor de história, etc.

E o grande perdedor de toda essa história que te contei é o aluno, lamentavelmente.

Até a próxima!




Raskólhnikov II, o herege, direto do futuro.

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Clique AQUI para saber porque deixei de fazer comentários como anônimo.

 

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Postado por Raskólhnikov II, o herege em 11 de dezembro de 2010, ás 19:45h


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