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4º Relatório Educacional de Raskólhnikov II, o herege

14 de Setembro de 2013, 1:41 , por Marcos A. S. Lima - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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Licenciado sob CC (by-nc-nd)
4º Relatório Educacional de Raskólhnikov II, o herege

 

Silopólidnaras, outono de 2014.


Esse é sobre estratégias para combater indisciplina de alunos.

Sem saber o que fazer pra acabar com a bagunça, saí perguntando aos colegas mais experientes sobre o que eles faziam para tentar solucionar o problema, principalmente com os estudantes do 6º ano. Ouvi algumas ideias. Teve gente que, contra aqueles mais teimosos, os “chefes” da bagunça - que geralmente são os repetentes -, uma boa conversa mais dura, a sós, pegando firme nos dois antebraços de cada um, sacudindo-os um pouco, fitando-os nos olhos, dizendo, de cara fechada e brabo, sobre as possíveis conseqüências se se continuarem a fazê-lo, resolveria a parada.

Achei melhor não ir por aí, pois esses métodos seriam uma tentação em potencial para despertar meus instintos mais primitivos.

Adotei a tática do bilhete. Digitei vários bilhetes (um para bagunça, outro para quem não trouxe o material, outro para quem não fez a tarefa...) alertando os pais ou responsáveis sobre as possíveis conseqüências (reprovação, por exemplo) para o aprendizado da criança. Tais bilhetes tinham que ser devolvidos a mim na próxima aula com a devida assinatura dos pais.

Serviu para poucos, pois vi que os mais danados chegaram até a falsificar assinaturas dos pais, ou simplesmente falavam que perderam o referido bilhete.

Como passei a trabalhar agora? Tento passar o conteúdo. Uma vez interrompido pela indisciplina de alguns, passo a anotar a ocorrência num rascunho, colo o bilhete no caderno do menino e, no dia seguinte – porque não dá tempo no mesmo dia -, formalizo à equipe pedagógica o que se passou em sala de aula, para que sejam anotadas tais ocorrências num livro.

O duro é que, mesmo depois da equipe pedagógica entrar em contato – quando têm meios para tal - com os pais/responsáveis, não se muda nada no comportamento dos mais hiperativos, o que parece ser um sinal de que alguns pais não estão nem aí para a educação de seus filhos.

Outro dia um colega contou-me que, quando dava aulas numa turma do 7º ano, um grupo de alunos simplesmente resolveu não fazer tarefa alguma e teimavam em ficar conversando em sala. Quando o colega alertara-os que podiam reprovar, respondiam que o Conselho de Classe os passaria. Não deu outra: ficaram reprovados. No ano seguinte, quando este professor passava pelo corredor da escola, aquele grupo de alunos, já no 8º ano, tiravam sarro do meu colega dizendo “Eu não disse... Eu não disse...”. É lamentável.

Sei que ainda tenho que aprender muito, repito. Mas acho que tem que haver uma punição pedagógica para estes casos. No caso dos mais novinhos, estudantes do 6º ano, talvez mandá-los para uma sala especial na hora da bagunça e, longe dos amiguinhos, deixá-los a sós, escrevendo a frase “Eu não serei mais indisciplinado”, até encher três folhas de papel almaço, ao mesmo tempo em que perderá o recreio por dois ou três dias. O duro é que estas nossas escolas andam com falta de espaço e gente para trabalhar: tem escola com mais de 1.500 matriculados e só duas pedagogas para atender. E a fila de candidatos a professor substituto só que cresce.

Sei muito bem a quem interessa que se continue assim...

Até logo, camarada!


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Postado por Raskólhnikov II, o herege, em 7 de maio de 2010, às 6:08h


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