7º Relatório Educacional de Raskólhnikov II, o herege
(Atualizado em 12/05/2010, às 11:08h)
Silopólidnaras, outono de 2014.
A propósito de meus relatos acerca das crianças e adolescentes especiais (dependentes químicos e que cometeram/cometem pequenos delitos), que se encontram misturadas aos outros estudantes por falta de um Reformatório, de uma escola especializada para recuperá-los, cogita-se, entre nós professores em começo de carreira – e uns poucos docentes já com padrão -, que não fomos preparados para enfrentar tal situação, a realização de protestos, ocasião em que vamos solicitar ao governador a criação de um adicional de insalubridade.
Tal protesto poderia ser na forma de se tirar um dia por mês e, em vez de dar aulas, marcharíamos com faixas e cartazes para frente da SEEA - Secretaria Educacional Estadual de Aidnâlogniram (que é a que comanda esta região). A reivindicação mais urgente seria o adicional de insalubridade em nosso salário.
Entre outras coisas argumentaríamos que a Constituição Federal assegura aos trabalhadores urbanos e rurais, dentre outros, o adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei (Art 7°, XXIII).
Acrescentaríamos que a CLT, no seu artigo 189, prescreve: “Serão consideradas atividades ou operações insalubres aqueles que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos”.
Poderíamos arrolar ao Manifesto estatísticas demonstrando o aumento dos pedidos de licença para tratamento de saúde dos professores (sobretudo casos de depressão que, quando não o é para tratamento de médio a longo prazos – veja-se o número de professores em disfunção -, tem como consequências um aumento expressivo do número de atestados médicos de três dias, por exemplo, para tratamento de doenças adquiridas em decorrência da falta de sono, que deixa o corpo e a alma com pouca resistência).
Nesse sentido, pintaríamos em faixas (poderemos te dar esse trabalho, meu caro 'Maranhão'):
“100% de reajuste na hora/aula Já!”,
“Docentes querem mais segurança dentro da escola” e
“Queremos Reformatórios, Já!”.
O conteúdo do documento a ser entregue na SEEA ainda estaria sendo avaliado, mas já temos um esboço. Veja outros pontos:
“(...) Todos professores iniciantes (em conjunto com uns poucos professores com padrão), que não receberam cursos especiais e que atendem turmas de alunos menores de idade dependentes químicos ou que cometeram pequenos delitos, reivindicam ao governador um acréscimo de adicional insalubridade, que deverá ser incidido sobre seus salários base, obedecendo o seguinte critério de Limites de Tolerância:
100% de reajuste (para insalubridade de grau máximo)
Aqui entrariam aqueles casos onde docentes têm que atender alunos com histórico de tentativas e/ou agressão física ao professor;
80% de reajuste (para insalubridade de grau médio)
Aqui entrariam os casos onde docentes têm que atender alunos com histórico de ameaças verbais, xingamentos, etc, aos educadores (tentativas de intimidação);
50% de reajuste (para insalubridade de grau mínimo)
Aqui entrariam os casos em que o educador, ainda que se encontre atualmente trabalhando com turmas de alunos disciplinados, consideradas comportadas, esteja prestando serviços em escolas públicas que já registraram, nos últimos 20 anos, quaisquer um dos casos supraditos”.
Tenho que ir (vou enfrentar uma turma de insalubridade de grau máximo). Deseje-me boa sorte.
Até o próximo relatório!
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Postado por Raskólhnikov II, o herege, em 12 de maio de 2010, às 11:05h
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