Tenho por hábito pagar minhas contas rigorosamente em dia – isso me faz reforçar o cultivo da honestidade, único patrimônio herdado de meus pais e motivo de muito orgulho meu.
No dia 14 último, lamentavelmente, não pude exercer o direito, como cidadão, de pagar uma dívida em dia. Refiro-me à conta de telefone da Brasil Telecom que somente chegou em casa após o meio-dia da data do vencimento. Como moro só aqui em Maringá e tendo que me ausentar de casa para trabalhar, somente encontrei a carta quando retornei às 17:30h e, havendo outros compromissos para cumprir, não tive tempo para procurar lotéricas ou farmácias a fim de quitar a dívida, passando a fazê-lo só após o vencimento.
Assim, senti-me forçado a me tornar desonroso perante a empresa que me forneceu o serviço e, de acordo com o contrato, vou ter que pagar 2 % de juros na próxima fatura.
Ora, não concordando com isso, pensei em reclamar. Liguei para a empresa e, após 15 minutos esperando, ouvindo gravações dizendo que eu seria atendido em breve, e sendo transferido de setor em setor, finalmente uma atendente anotou o que reclamei e deu-me um número de protocolo para acompanhar o andamento do caso pela internet. Não me sentindo satisfeito, fui ao PROCON. Para minha surpresa, disseram-me para ir reclamar no correio, pois a empresa havia postado a conta sete dias antes do vencimento. Chegando lá, pude constatar que a culpa não era da empresa que entregou a correspondência, pois o contrato previa até cinco dias úteis para o cumprimento do acordo, o que foi provado pela diretora que me atendeu.
O que me deixa perplexo nesse caso não é apenas a burocracia das empresas privadas ou a falta de vontade do órgão que deveria me defender enquanto consumidor (isso é previsível, sobretudo em si tratando dos objetivos explícitos das políticas neoliberais da empresa telefônica ou do gestor do PROCON que não prepara seus trabalhadores e/ou estagiários como deveria), mas o fato de que, de acordo com as leis das probabilidades, isto que aconteceu comigo pode ter acontecido com um número muito maior e, ao mesmo tempo, e em condições semelhantes, de outros tantos Marcos pelo Brasil afora. Mais do que um incentivo à desonestidade (se se comprovasse tal hipótese) – o que por si só já seria um crime horrendo contra um país que discute a corrupção e carece de bons exemplos para fazer funcionar suas instituições -, isto seria um grande assalto aos parcos rendimentos de um povo sofrido.
Postado por Marcos "Maranhão" em 18 de novembro dee 2006, às 21:52h
COMENTÁRIOS
Anônimo disse...
Nao sou tao pontual como o senhor, pois atrtaso co...Nao sou tao pontual como o senhor, pois atrtaso com frequencia minha conta telefonica. Pelo absurdo que chega uma conta telefonica as vezes a gente tem que financiar a conta, coisa que no tempo da Telepar, era coisa de telefone comercial, pois o residencial era barato para se pagar, o telefone era um patrimonio, a privsatizaçao fez com que quem tinha patrimonio perdesse tudo, e as contas passaram a ser excorchantes, e o atendimento nao tem compromisso nenhum com o cidadao contribuinte, dao informaçoes que as vezes nada tem a ver, saudades da telepar que tao bem nos servia, e tristeza em cairmos nas maos desses mercadores, avidos por lucro a qualquer preço e custo
19 de novmbro de 2006, às 12:44h
issamu (http://issamu.blog.com) disse...
Caro Marcos, da próxima vez que tiver alguma recla...Caro Marcos, da próxima vez que tiver alguma reclamação, utilize as palavras mágicas: "vou mudar de operadora", ou ainda melhor, "vou mudar para a GVT". Você vai ver que o resultado é fantástico, diria, digno de nota. Abraços.
19 de novembro de 2006, às 12:12h
Jonh Neo disse...
Hey jano_lanterneiro, I want to introduce you a article site:
http://global-in-arm.com
See u soon, jano_lanterneiro
19 de novembro de 2006, às 23:10h
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