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Marcos A. S. Lima
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Entrevista com Dra. “S”

13 de Setembro de 2013, 16:41 , por Marcos A. S. Lima - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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Licenciado sob CC (by-nc-nd)
Entrevista com Dra. “S” 
(Atualizado em 21/03/2010)

Finalmente tive a oportunidade de conhecer a Dra. “S”. Fiquei deslumbrado. Ela veio direto de Aidnâlogniram, no futuro. A recebi em minha casa no último final de semana. Tocamos em alguns temas (blog, educação, Raskól e Sônietchka).
Acompanhe parte de nossa conversa que ela autorizou-me a publicar:
(...)
Dra. “S” - Mas, e quanto a teu blog? Anda meio parado, sem postagens novas... O que há?
Marcos “Maranhão” - Não escrevo como um repórter empregado numa empresa em cujo contrato assinado com o patrão conste a obrigação de fazer uma matéria por dia, muito menos como um daqueles mestres ou doutores de universidades que têm que sempre produzir artigos, se não quiserem perder o emprego – e, por isso mesmo, terminam, às vezes, copiando coisas já prontas, ou ficam falando mal da vida alheia. O faço mais por prazer, ou quando quero dissipar uma preocupação: o meu blog às vezes é um diário, um semanário ou um mensário.
Dra. “S” - Esse desgosto e despreocupação momentâneos têm a ver com setores de tua vida política, econômica ou sentimental, por exemplo? - se mo quiseres revelar, é claro.

Marcos “Maranhão” - Sem constrangimentos. Antes, pelo contrário, é-me um prazer. Diga-me: o que te dá segurança para ficar em pé?
Dra. “S” - Meus pés firmes no chão, obviamente.
Marcos “Maranhão” - Uma base, portanto. Ei-lo. Minhas desmotivações nesse instante passam por isso. Pra ser mais preciso, como o Raskól deve ter-te posto a par, ainda não tenho uma casa – vivo pagando aluguel - e, mesmo tendo sido aprovado no concurso, não fui chamado até o momento: trabalho por tempo determinado. Todavia, isso que parece um pessimismo não me consome ao todo, eu não o permito. Tento agarrar com unhas e dentes as oportunidades que vão aparecendo. Minhas inquietações falam mais daquilo que meus esforços profissionais anseiam por ver aplicado no futuro.

Dra. “S” - Por exemplo...
Marcos “Maranhão” - Não é novidade pra muitos educadores, eu sei, mas estou deveras preocupado com o futuro de meus alunos da rede pública. Esse ano eu peguei uma quinta série só (em 2008 eu cheguei a ter cinco nos últimos três meses do ano letivo; em 2009 não tive turmas no ensino regular, mas no CEEBJA trabalhei com quintas de estudos individuais). E em todas – é duro dizê-lo – a grande maioria de nossos discentes mal sabem ler e escrever. Aí tu pegas um livro didático e tenta seguir as instruções... I M P O S S Í V E L ! A gente tem que improvisar o tempo todo.
Dra. “S” - É. O problema vem de longe: professores dos anos iniciais do fundamental mal formados - ou sem formação -, com péssimos salários pagos pelas prefeituras, salas superlotadas de alunos, pais e/ou responsáveis despreocupados com a vida escolar dos filhos, famílias desestruturadas, muitas vezes com problemas sociais graves. Aí muitos desses educandos, ao chegarem na quinta série, estão despreparados, e os novos professores não podem fazer mágicas. Some-se a isso a qualidade de nossos programas televisivos e certas políticas educacionais vindas de cima que visam a não repetência do alunato e... la nave va...
Marcos “Maranhão” - Parece óbvio que teríamos os problemas solucionados com políticas públicas mais sérias. Falta vontade política. Vontade para construir escolas dignas, escolas integrais (…). Sabemos perfeitamente onde emperra o negócio: certos políticos parecem ser pressionados por empresários não só da educação (?) - aqueles que geralmente financiam eleições (que só pensam em mercado, em lucro) – a fim de que não invistam em escolas modelo, não paguem bem os professores, etc (…). Tudo isso para que não funcione a educação, sobretudo a pública – o que seria da rede privada, se se oferecesse excelente ensino gratuito no Estado? E a velha roda dos políticos corruptos, dos sempre muitos educandos (futuros e/ou atuais eleitores) inconscientes irá permitir a perpetuação do atraso, da má educação, da desigualdade, da injustiça social...
Dra. “S” - Tu tocaste num ponto crucial. Não podemos esquecer que somado a isso, muitos de nossos docentes não se esforçam pra tentar contornar a situação, sequer acreditam que as crianças têm capacidades latentes para o aprendizado, bastando que se lhe dê oportunidades. Outrossim, não é raro encontrarmos situações em que um professor formado numa área “x” encontre-se lecionando na área “y”. Eu sei disso porque, como tu sabes, trabalho lá no departamento.
Marcos “Maranhão” - É. Precisamos resolver isso, se quisermos ser um país de Primeiro Mundo: urge uma grande reforma. Oxalá a tenhamos no curto ou médio prazo!
Dra. “S” - Nada melhor do que uma mulher pra resolver isso – já que sempre esteve mais ligada à criação dos filhos...
Marcos “Maranhão” - Fazendo propaganda da Dilma, humm?
(…)
Dra. “S” - Agora me fala desse nazistazinho de meia-tigela e seus seguidores que tentam te importunar.
Marcos “Maranhão” - Não tenho tempo para ninharias. Direi apenas o seguinte: os peguei. Eles sabem disso.
Dra. “S” - Com esses tipos é melhor fazer de conta que nada aconteceu: quando os encontrar seria recomendável até cumprimentá-los, fazendo de conta que não sabe de nada. Tudo é possível.
Marcos “Maranhão” - Mas, e quanto ao Raskól? Ele voltou com a Sônietchka...
(...)
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Clique AQUI  para saber porque deixei de fazer comentários como ANÔNIMO.

 

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Postado Marcos "Maranhão" em 9 de março de 2010, ás 17:08h


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