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O DESGOVERNO MUNICIPAL E MEU SOFRIMENTO COM A DENGUE

10 de Setembro de 2013, 13:48 , por Marcos A. S. Lima - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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Licenciado sob CC (by-nc-nd)
O DESGOVERNO MUNICIPAL E MEU SOFRIMENTO COM A DENGUE

A dengue que tive recentemente só não foi pior do que a malária que peguei há 22 anos atrás. Como outrora, cheguei a pensar no meu fim, tamanho o sofrimento vivido.

Era segunda-feira, dia 26 de março último. Como de costume, saí para dar minha caminhada matinal às seis. Alimentei-me normalmente e, de bicicleta, fui fazer uma cobrança a um cliente. Queixava-me apenas de dores musculares que há um dia e meio vinha sentindo, coisa natural, visto que eu havia participado de um enchimento de laje no puxadinho que um amigo meu estava fazendo nos fundos de sua casa. Depois de ter insucesso no recebimento do que me deviam, exatamente após ouvir “passa aqui amanhã”, ainda antes de montar na “marreca”, senti um mal-estar além do causado pela fadiga muscular. Fui pra casa fazer o almoço e, antes mesmo do arroz enxugar, eu apresentei febre, dor de cabeça e uma moleza geral no corpo que me fizeram acelerar o preparo do restante da alimentação. “Deve ser gripe”, confortei-me. Comi pouco e deitei já com o dobro da quentura que meu corpo há pouco apresentara.

Sem conseguir dormir, levanto da cama para comer alguma coisa mesmo sem vontade, apenas para tentar deixar o organismo mais resistente. Uma hora depois, tanto o que chamei de almoço como a merenda das três da tarde já não estavam no meu estômago. E então me sobreveio o suor frio, a pressão baixa. Dir-me-iam, dois amigos que chamei para junto de mim, mais tarde, que a tonalidade de amarelo de minha pele se confundia com o branco da parede de casa. A febre aumentou mais ainda, a dor de cabeça era interminável e a fraqueza não me deixava ficar ereto quando caminhava. Liguei para o 192.
Depois de insistir três vezes para mandarem uma ambulância (prometeram que o carro chegaria em meia hora, no mais tardar), duas horas mais tarde chega na frente de casa uma kombi velha da prefeitura com o slogan na porta “Maringá crescendo com cidadania”. Ao chegar no Hospital Municipal, sem poder agüentar-me em pé, sentei numa cadeira com estofado da largura de uma caneta e fiquei me segurando para não vomitar ali mesmo, enquanto meu amigo ficava na fila de quase sessenta pessoas. Uma hora depois, fui aguardar o médico me chamar em outro setor do hospital (meu amigo teve que ir embora). Durante as duas horas que aguardei ser chamado, baldeei duas vezes e ouvi relatos de muitas pessoas que estavam com os mesmos sintomas meus dizerem que era dengue nossa doença.

Após ficar em outra fila (tive que sentar no chão, de tanta moleza que eu estava, pois não havia cadeiras perto do balcão), tomei soro e fui liberado pelo doutor - que me passou apenas um remédio contra vômito e dipirona sódica. A kombi me deixou em casa por volta de duas da manhã. Três horas depois, eu acordei com todos os sintomas de volta, dessa feita, acrescido de dor no fundo dos olhos. Chamei no 192 de novo a Kombi que só apareceu cinco horas depois que eu berrei seis vezes no ouvido dos atendentes (me falaram que o motorista só podia atender depois das sete, e ele começaria pelos casos mais urgentes) – confesso que cheguei a pensar que eles descobriram que eu trabalhei para o outro candidato nas eleições passadas. Fiquei no H. M. até às quatro da tarde. Deram-me dois soros e, agora sim, passaram paracetamol juntamente com os outros medicamentos anteriores.
Foram dias terríveis. Apresentei dores musculares e manchas vermelhas no corpo todo, acompanhado de coceiras que não me deixaram dormir por três noites seguidas. No total, contei dez dias ininterruptos sem fazer uma refeição sequer, apenas tomei líquidos. A recuperação foi aos poucos. Amanhã faz um mês que colhi o sangue para a sorologia da dengue. Devo ir ao postinho na parte da manhã pegar o resultado. Ainda sinto tremuras além do normal; quando caminho, aqui e ali ainda me desequilibro levemente. Tentei voltar à academia na semana passada, mas ainda não deu.

Agora temo a manifestação da dengue hemorrágica, pois essa de agora eu não pego mais. Na minha rua, só nas duas quadras à minha direita, na Zona Sete, foram mais de dez casos semelhantes ao meu. Minha parte quanto aos cuidados com a procriação do mosquito da dengue eu sempre fiz. Agora os agentes da dengue estão passando aqui (antes eles vinham sempre, o negócio mudou a partir de 2005).
________________

Postado por Marcos "Maranhão" em 01 de maio de 2007, às 16:47h

 

COMENTÁRIOS

2 Comentários - Mostrar postagem originalMostrar todos os comentários

1 – 2 de 2

Blogger Andye Iore disse...

bom q vc está bem. coloquei um link sobre seu relato no www.toscorama.com.br

2 de maio de 2007 12:07

 

 

 

Blogger Esileda disse...

Melhoras hein...
só fiquei com uma dúvida...192 é do SAMU, mas vc relatou que foi uma kombi portanto seria do 199.
Ao menos qdo eu precisei o SAMU foi rápido, talvez até pq naquele dia estavam todas as cinco ambulâncias boas para atendimento...rs...

2 de maio de 2007 13:35


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