O horror de Natanael Bufalo, dos meus pensamentos e do Sistema podre
Ontem não consegui dormir direito. Fiquei pregado na internet das 18h até 2h da madrugada acessando principalmente os blogs. Parece que eu já sabia que ia ter alguma novidade no caso da menina Márcia Constantino que foi violentada e brutalmente assassinada no último final de semana, sobretudo após o resultado do exame de fluídos encontrados no corpo da garota não terem os resultados confirmados como se anunciara, ficando apenas para segunda-feira após o meio dia. Desconfiei que se tratasse de tática para não deixar o principal suspeito escapar.
Natanael Bufalo confessou o crime horrendo. Se os detalhes revelados na mídia alternativa e de massa chocaram os leitores; se o delegado Brandão falou que os detalhes espantaram até investigadores de longa experiência, então eu gostaria de estar enganado, mas parece ter sido apenas a ponta do iceberg do que falou o maníaco. Minha imaginação foi a culpada pela insônia que tive: meus instintos mais primitivos tentavam dominar-me à medida que lia os relatos dos repórteres quase em tempo real à confissão do assassino na delegacia (não foram poucos, e causariam inveja a Hannibal Lector, personagem de Anthony Hopkins, os pensamentos sobre qual seria minha reação uma vez dando de cara com uma criatura que fizesse isso com uma filha minha). Todavia, uma ponta de razão sobreveio-me, e, em seguida, meus olhos ficaram úmidos diante da insignificância que eu represento perante o Universo; diante de minha fragilidade e incapacidade de compreender a vida em suas mais diversas facetas.
Já disse e reitero que sou contra a pena de morte. Acho que já passou da hora de discutirmos pra valer sobre nossas Leis e suas fraquezas. Eu estaria disposto a ajudar a pôr em prática penalidades distintas para cada tipo de crime. Por exemplo: crimes hediondos teriam anos a mais de detenção que apenas os 30 recomendados pela Lei. Mas não bastaria o sujeito ser apenas preso e ficar comendo, bebendo e dormindo à custa de nossos impostos: teria que trabalhar. No meu presídio os detentos construiriam suas próprias camas, plantariam e cultivariam seus próprios alimentos, lavariam suas roupas, seriam levados para cavarem buracos nos consertos de estradas, ferrovias, construções civis em geral, ou seja, os trabalhos mais duros em que se vêem tantos pais de famílias penando seriam feitos por eles. Teriam oportunidade de se ressocializarem também, através de estudos e profissões exercidas dentro das penitenciárias. Mas os indivíduos que ali adentrassem por terem praticado horrores semelhantes aos que o Natanael confessou, não voltariam para o convívio em tão pouco tempo como em cinco anos depois de ter praticado estupro em outra jovem de 15 anos como ele fez.
A pergunta é: por que não investem maciçamente em presídios agrícolas, em um sistema que funcione de fato?
Ainda que se diga que no Brasil o Sistema está podre, por ter muitos poderosos que o defenda, acredito que podemos mudar. Vimos desde a Casa Grande e Senzala com esses desmandos. Ou reformamos nossas Instituições agora, ou sofreremos por mais não sei quanto tempo.
Ontem não consegui dormir direito. Fiquei pregado na internet das 18h até 2h da madrugada acessando principalmente os blogs. Parece que eu já sabia que ia ter alguma novidade no caso da menina Márcia Constantino que foi violentada e brutalmente assassinada no último final de semana, sobretudo após o resultado do exame de fluídos encontrados no corpo da garota não terem os resultados confirmados como se anunciara, ficando apenas para segunda-feira após o meio dia. Desconfiei que se tratasse de tática para não deixar o principal suspeito escapar.
Natanael Bufalo confessou o crime horrendo. Se os detalhes revelados na mídia alternativa e de massa chocaram os leitores; se o delegado Brandão falou que os detalhes espantaram até investigadores de longa experiência, então eu gostaria de estar enganado, mas parece ter sido apenas a ponta do iceberg do que falou o maníaco. Minha imaginação foi a culpada pela insônia que tive: meus instintos mais primitivos tentavam dominar-me à medida que lia os relatos dos repórteres quase em tempo real à confissão do assassino na delegacia (não foram poucos, e causariam inveja a Hannibal Lector, personagem de Anthony Hopkins, os pensamentos sobre qual seria minha reação uma vez dando de cara com uma criatura que fizesse isso com uma filha minha). Todavia, uma ponta de razão sobreveio-me, e, em seguida, meus olhos ficaram úmidos diante da insignificância que eu represento perante o Universo; diante de minha fragilidade e incapacidade de compreender a vida em suas mais diversas facetas.
Já disse e reitero que sou contra a pena de morte. Acho que já passou da hora de discutirmos pra valer sobre nossas Leis e suas fraquezas. Eu estaria disposto a ajudar a pôr em prática penalidades distintas para cada tipo de crime. Por exemplo: crimes hediondos teriam anos a mais de detenção que apenas os 30 recomendados pela Lei. Mas não bastaria o sujeito ser apenas preso e ficar comendo, bebendo e dormindo à custa de nossos impostos: teria que trabalhar. No meu presídio os detentos construiriam suas próprias camas, plantariam e cultivariam seus próprios alimentos, lavariam suas roupas, seriam levados para cavarem buracos nos consertos de estradas, ferrovias, construções civis em geral, ou seja, os trabalhos mais duros em que se vêem tantos pais de famílias penando seriam feitos por eles. Teriam oportunidade de se ressocializarem também, através de estudos e profissões exercidas dentro das penitenciárias. Mas os indivíduos que ali adentrassem por terem praticado horrores semelhantes aos que o Natanael confessou, não voltariam para o convívio em tão pouco tempo como em cinco anos depois de ter praticado estupro em outra jovem de 15 anos como ele fez.
A pergunta é: por que não investem maciçamente em presídios agrícolas, em um sistema que funcione de fato?
Ainda que se diga que no Brasil o Sistema está podre, por ter muitos poderosos que o defenda, acredito que podemos mudar. Vimos desde a Casa Grande e Senzala com esses desmandos. Ou reformamos nossas Instituições agora, ou sofreremos por mais não sei quanto tempo.
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Postado por Marcos "Maranhão" em 27 de outubro de 2007, às 18:32h
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