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JANO, o Lanterneiro

8 de Setembro de 2013, 13:37 , por Marcos A. S. Lima - | No one following this article yet.
Licenciado sob CC (by-nc-nd)

UM PERNAMBUCANO EM "TERRAS ALHEIAS"

8 de Setembro de 2013, 15:31, por Marcos A. S. Lima - 0sem comentários ainda

UM PERNAMBUCANO EM "TERRAS ALHEIAS"
 (Inspirado nas viagens de Marcos "Maranhão")



2ª EDIÇÃO 
 
SERÁ PUBLICADA EM BREVE
Aguarde!
______________
Postado por Marcos "Maranhão" em 28 de maio de 2006, às 18:18h



DO TÍTULO DO BLOG

8 de Setembro de 2013, 15:24, por Marcos A. S. Lima - 0sem comentários ainda

JANO

A primeira vez que tive contato com o nome Jano foi quando do instante em que passei meses procurando um símbolo, uma figura que representasse minha personalidade, pois estava decidido a mandar fazer uma tatuagem no meu braço direito. A princípio achei estranho um homem com dois rostos, um olhando para frente, outro para trás, todavia, fui deixando-me impressionar à medida que lia o pouco que encontrei nas bibliotecas públicas de Maringá, bem como na intenet. Segundo Pierre Grimal (2000), Jano foi um dos mais antigos deuses do panteão romano, teria tido como marcas no seu reinado, quando ainda era humano, a completa honestidade entre os homens, a abundância e a paz profunda, etc. Depois de sua morte, veio a divinização e o acréscimo de mais lendas, entre as quais, seu casamento com a ninfa Juturna, com quem tivera um filho, o deus Fons, deus das fontes (para outros, seu filho se chamaria Tiberino, deus do rio). J. M. Martínez (1989) aponta que Jano foi o deus dos começos e das entradas, seu nome significaria "porta", talvez daí a explicação para uma de suas representações mostrá-lo segurando uma chave. Como deus dos começos, sua adoração era a primeira entre as demais divindades quando os homens pretendiam realizar grandes empreendimentos; a nomenclatura do mês de janeiro derivaria dele, pois representa um ponto onde se olha para trás e para frente e se decide começar de novo.

LANTERNEIRO
A idéia de atribuir a palavra lanterneiro a Jano veio quando pesquisei o filósofo Diógenes, o cínico. De acordo com M. Chaui (2002), "... Diógenes, segurando uma lanterna acesa em plena luz do dia, andava pelas ruas de Atenas à procura de um homem 'verdadeiramente justo', sem jamais encontrá-lo".

“JANO, O LANTERNEIRO”

Quando me intitulo "Jano, o lanterneiro" pretendo suscitar algumas características dos personagens supracitados, quer do mito da deidade romana, quer do filósofo grego Diógenes, que julgo ser possuidor, quando não, pretendente. Desejaria, assim, tentar encontrar-me enquanto sujeito capaz de não apenas ficar vendo o mundo ao meu redor, mas buscar meios de solucionar os problemas que nos afligem desde a antiguidade. Ao colocar a lanterna de Diógenes na mão de Jano, sinalizo para a utopia da humanidade que é ver resolvida talvez suas duas maiores questões, a saber, de onde vem e vai, e a vulnerabilidade de suas instituições ao pretenderem um convívio harmonioso. Eu, enquanto “Jano”, procuraria apresentar-lhes aquilo no qual acredito ver resolvida minha primeira questão: o dualismo, o maniqueísmo, acompanhar-me-iam desde o sempre; já enquanto “portador da lanterna de Diógenes”, estaria apontando ironicamente para o segundo problema: a busca da verdade – mesmo cônscio de que eu a invento – também ladearia minha vida desde as origens.

DAS “ PRÉ-TENSÕES”

Meu intento aqui, pois, num exercício de auto-análise – sem medir os medos -, é tentar expressar o que meus sentidos assimilaram e assimilam no dia-a-dia desde minha mais remota idade. É provável que haja uma cronologia. Não sei. Talvez eu abra parênteses para falar de um tema específico, dá uma luz para possíveis curiosos e/ou antigos, atuais e breves amigos meus que porventura se interessem por tentar compreender-me ou compreenderem-se quando em contatos comigo. Pretendo falar do passado: como cheguei a Maringá, talvez escreva algo sobre como sobrevivi na infância e adolescência, etc. Posteriormente, poderei chegar ao presente e tentar sinalizar sobre minhas influências - o que pensei, quando, como, onde, por que e quem esteve, pretendeu e/ou está do meu lado - no acondicionamento a uma cultura bem diferente da que eu me criei e, de passagem, exercitar a futurologia, só como forma de me manter apto a levantar novamente.

Procurarei ocultar nomes de pessoas, alguns lugares, instituições e talvez até o tempo, passando a usar a ficção, ou trocando-os por semelhantes, mas preservando os fatos tais quais se sucederam.

Antes, porém, permitam-me contar uma historinha de um amigo meu, poderá ajudar-nos no desvendamento de questões. Filipe é seu nome. Temos muitas coisas em comum, principalmente o fato de partirmos quase na mesma época para explorar o Sul do Brasil. Ele saindo do Pernambuco e eu do Maranhão, tivemos experiências semelhantes quanto à miséria que nos empurrou para a migração. Ele fixou-se em Joinville (SC) e eu em Maringá (PR). Mantemos contatos sempre, a fim de saber as quantas anda uma aposta que fizemos quando de nossas aventuras, a saber, sobre quem conseguiria vencer primeiro na vida, ou melhor, alcançar o objetivo básico de boa parte dos retirantes: ter emprego, moradia e, no nosso caso, ver quem conseguiria arranjar primeiro uma mulher do Sul. Recentemente Filipe mandou-me seu diário autorizando-me publicá-lo, caso eu desejasse, no intuito de nossa mútua ajuda – ele tem em mãos um respeitável calhamaço que enviei contando as coisas minhas nestes últimos quinze anos, sabe tudo que eu penso do universo ao meu redor (dos amigos, das coisas, das políticas, dos estudos, das mulheres, das instituições, etc.). Segue abaixo, na íntegra, seu relato de como tudo começou.


PS: Eu terei um enorme prazer em responder – dando inclusive pormenores, detalhes - mensagens não só dos amigos atuais, mas também dos futuros.

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Postado por Marcos Maranhão em 7 de maio de 2006, às 17:34h



JANO, O LANTERNEIRO

8 de Setembro de 2013, 15:19, por Marcos A. S. Lima - 0sem comentários ainda

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Postado por Marcos "Maranhão" em 18 de março de 2006, às 17:14h