The unread and the unreadable, como publicado no Guardian.
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Se a literatura não pode ser reduzida à produção de livros, tampouco o pode à produção de sentido. Ilegibilidade pode mesmo ser uma estratégia deliberada de composição. Em seu influente ensaio sobre os poetas metafísicos (The Metaphysical Poets), TS Eliot infere que a poesia moderna deve tornar-se progressivamente “difícil” à guisa de forçar, de deslocar, se necessário, a linguagem para dentro do seu sentido. A necessidade de insuflar a vida de volta a uma linguagem moribunda, corrompida pelo uso excessivo, ressoa com o esforço de Stéphane Mallarmé de “purificar as palavras da tribo’. O escritor francês foi muito influenciado por Hegel, de acordo com quem a linguagem nega coisas e seres em suas singularidades, substituindo-os por conceitos. As palavras dão-nos o mundo ao subtraí-lo. Esse é o porquê de a ambição do jovem Beckett ser ‘fazer um furo depois do outro’ na linguagem’até que aquilo que espreita detrás dela - seja algo, seja nada - comece a trespassar.
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A tradução é minha. Ou seja, vai direto ao que me interessa.
comofalarcommulheresemfestas: The unread and the unreadable,...
7 de Setembro de 2013, 6:45 - sem comentários ainda | No one following this article yet.
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