No fim dos anos 60 e início dos anos 70 do século passado, bandas como Yes, Emerson, Lake & Palmer, Pink Floyd, King Crimson, Genesis e outras deram vida nova ao rock, com músicas melódica e harmonicamente mais elaboradas, letras que saíam do lugar comum do "I love you, baby" e abordavam temas complexos, além de contarem com virtuoses em suas formações. Na falta de algo melhor, esse tipo de rock ficou conhecido como "progressivo".
O Brasil não ficou de fora desse movimento. Várias bandas incorporaram a novidade e acrescentaram uma boa dose de técnica e criatividade ao seu cardápio.
Um dos grupos mais emblemáticos do rock progressivo nacional foi o formado em 1972 por Pedro Baldanza, o Pedrão (baixo, viola e vocal), Pedrinho Batera (bateria e vocal) e o ex-Incríveis Manito (teclados, sax, flauta e violino), batizada de Som Nosso de Cada Dia, que lançou em 1974 o LP "Snegs", um dos melhores discos brasileiros do gênero.
Em 1977, eles saíram com o álbum “Som Nosso”, que trouxe no lado A ("Sábado") funk e soul e no Lado B ("Domingo") rock progressivo. Mesmo com a boa repercussão do disco, o grupo acabou se dissolvendo em 1978.
Em 1994 houve o ensaio de um retorno, com a gravação do disco "Live’94", mas com a morte inesperada e prematura de Pedrinho Batera no ano seguinte, o grupo resolveu parar mais uma vez. Em 2004, houve nova reunião para uma série de apresentações que foram até o ano de 2010, quando se agravou a doença que levou Manito a falecer, em 2011.
Nesses 46 anos de existência, o grupo passou por diversas formações, caminhos musicais e poéticos distintos, sendo descoberto e redescoberto, geração após geração. No dia 5 de maio, o público vai poder comprovar se a banda passou mesmo pelo teste do tempo, no show programado para começar às 20 horas no Teatro Municipal João Caetano, em Niterói. A promessa é recriar o lendário álbum "Snegs" - uma tarefa e tanto.
Os ingressos podem ser comprados em www.ingressorapido.com.br/event/6476/d/27135 .
O Som Nosso de Cada Dia volta à ativa sob a batuta de um de seus fundadores, Pedro Baldanza, que terá a companhia de Pedro Calasso (Projeto Preto Véio), percussão e vocal, Marcello Schevano (Casa das Maquinas/Golpe de Estado/Carro Bomba), guitarra e vocal, Fernando Cardoso (Violeta de Outono), teclados, e Edson Ghilardi (Terreno Baldio) na bateria.
O show é resultado da jovem parceria entre a produtora Vértice Cultural, a Rádio Beprog, a Masque Records e a Moshi Moshi Produtora, abrindo uma importante ponte aérea Rio-SP de rock progressivo.
O retorno à carreira artística deve mesmo ser para valer, já que a banda prepara um novo disco, só com músicas inéditas, para ser lançado no segundo semestre deste ano.
Se ele trouxer apenas uma pequena parcela da competência musical da banda em seus primórdios, o rock nacional ficará muito agradecido.
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