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Ajuste fiscal e divida social: entre o realismo e medidas concretas

6 de Maio de 2015, 18:47 , por PEDRO ALEM SANTINHO - | No one following this article yet.
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A questão do ajuste fiscal é bastante atual. E o mais interessante é que sempre foi uma pauta da esquerda, ou ainda, dos setores progressistas da sociedade. Hoje já tive o prazer de ver alguns direitosos, ou liberais, como muitos preferem, acusando o governo federal de aplica “ajuste”. É bem interessante isso.

Tratar da questão do ajuste fiscal é bastante difícil. Entre os liberais, vulgo gente de direita, é algo natural e que deveria sempre ser feito. Para a dita “esquerda” o inimigo dos interesses sociais. Para o reformismo, ou centro, ou pelegos, ou sei lá mais o que, é uma forma de acalmar os mercados enquanto tenta-se encontrar um milagre para a manutenção dos gastos sociais.

Penso que sempre tudo é mais fácil e menos complicado. E que esquecemos os caminhos reais e concretos para hoje, ao mesmo tempo, ou se quiserem ainda, enquanto preparamos o futuro.

Vejamos alguns dados interessantes:

O estoque da dívida ativa atingiu o total de R$ 1,38 trilhão de acordo com informe da Procuradoria Geral da Fazenda. E é preciso observar que esse número é apenas Federal. Faltam ainda os dados das dívidas com os estados e municípios. Essas são as dividas das empresas com o governo. Dividas para a saúde, educação, para o fies, que tanto reclamam, e outras gastos federais. Aqui fica claro como grande parte dos empresários brasileiros são devedores.

Em função de um conjunto de fatores o governo federal está aplicando um grande ajuste. Dizem que há uma crise e tudo. Por isso temos que entender, ajuste é corte nos gastos. E de acordo com o Ministério do Planejamento os cortes serão de R$ 1,9 bilhão mensais, podendo chegar ao ano em 20 bilhões de reais.

Penso que são possíveis medidas simples. Cobrar os patrões devedores. E para isso medidas já foram realizadas no passado. E é algo bastante simples: Qualquer medida que propusesse arrecadar 1% do estoque da dívida ativa poderia complementar o caixa da União.

Não estou aqui dizendo que tudo se resolve assim, mas também não vejo o governo apertando a cobrança nas empresas. E são as grande que devem, a começar pela Globo, os Times de Futebol, os Planos de Saúde, as construtoras e tantas outras.

 

Fontes consultadas:

PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL. PGFN em Números 2015. Disponível em: http://www.pgfn.fazenda.gov.br


Fonte: PEDRO ALEM SANTINHO

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