Para o cientista político e mestre em administração pública pela Universidade Harvard, o líder nas pesquisas, sem a presença do líder petista, não é digno de atenção.
Por Redação – de São Paulo
Abaixo dos níveis históricos nas campanhas tucanas, o coordenador do esforço de Geraldo Alckmin, ex-governador de São Paulo, para chegar ao Palácio do Planalto está certo que seu patrão enfrentará, de uma forma ou de outra, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nas urnas, segundo Luiz Felipe D’Ávila “qualquer pessoa que o Lula ungir vai ter 15 ou 16 pontos. Ainda acho que o segundo turno vai ser o clássico PT e PSDB”.
Para o cientista político e mestre em administração pública pela Universidade Harvard, o líder nas pesquisas, sem a presença do líder petista, não é digno de atenção.
— Eu acho que (o deputado Jair) Bolsonaro (PSL-RJ) é um voo de galinha. Hoje ninguém está preocupado com eleição a não ser político e jornalista. Quando chega agosto, cai a ficha. Aventureiros não ficarão em pé. Temer quer alguém para defender o seu legado e ninguém quer fazer aliança para carregar legado. A grande questão, o nosso maior adversário ainda não apareceu, o PT. Lula vai ungir alguém — prevê, em entrevista a jornalistas de um dos diários conservadores paulistanos.
Aécio etc
Ainda segundo D’Ávila, Alckmin pretende manter alguns avanços sociais dos governos Lula. O principal programa dos governos petistas, o Bolsa Família, “é o melhor retorno sobre investimento”.
— Estudamos suspender o benefício enquanto a pessoa estiver empregada. Mas volta a receber imediatamente se perder o posto. É um jeito de ajudar a formalização do trabalho — afirma.
O marqueteiro também tenta distanciar seu candidato dos tucanos envolvidos em escândalos de corrupção. Apesar das denúncias contra Alckmin, o coordenador de campanha diz que há uma “enorme diferença” entre o ex-governador e os ex-colegas Aécio Neves, José Serra e Eduardo Azeredo.
— Tem enorme diferença. Se tem uma pessoa com total lisura é o Geraldo. Que tem problemas no partido tem, a gente tem de ser rigoroso. A maior punição para uma pessoa na vida política é não ser eleito. Aécio quase foi eleito presidente do Brasil, hoje no máximo vai tentar conseguir vaga para ser deputado federal. Tem coisa pior? É horrível — concorda.
Cunhado
Sobre a acusação contra o cunhado de Alckmin, o coordenador que, comprovado em relação ao caso “é zero”.
— E, principalmente, de ganho pessoal para o Geraldo. E não vai ter porque não aconteceu. O grande desserviço que Janot prestou ao Brasil foi jogar todo mundo no mesmo liquidificador. E, agora, todo mundo é corrupto. A demonização da política é um desastre para o país — prega.
Ainda segundo D’Ávila “no caso do cunhado, ninguém fala em enriquecimento, mas em caixa dois, que é grave também”.
— Se houve acusação de caixa dois, vai ser discutida na Justiça Eleitoral. Às vezes a gente toma como verdade o que os canalhas falam mais do que o que a gente fala. Pô, corrupto de empreiteira fala que tinha tabelinha em que deu 100 para o candidato. Deu 10 e botou 90 no bolso. Então, a planilha de um escroque é mais importante que a história de uma pessoa? Tem que ter bom senso — concluiu.
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