Ali no Leblon/Ipanema ou nos Jardins sempre surgem umas figuras que reforçam um estereótipo de uma esquerda que não sabe o que é a luta de classes.
Por Arnóbio Rocha
Alguns leram orelhas e citações do Kapital, decoram trechos de Lênin e se identificam com a rebeldia antiburocacia de Trotsky. É o máximo de radicalismo que se permitem.
A maioria se orienta pelo medo de desagradar a Globo ou a Folha de São Paulo, incapazes de enfrentar uma conjuntura adversa, preferem as críticas moralistas para não criar problemas com a mídia e classe média.
Gabeira no passado, que se apresentava como o gênio do sequestro do embaixador e ao mesmo tempo a "voz da consciência" da autocrítica, uma síntese em si mesmo.
Agora temos Freixo, a maior liderança do Psol que teve como feito espetacular de ir ao 2° turno do RJ, ao mesmo tempo recusou apoio militante de Lula em seu palanque, uma concessão direta à Globo e ao seu público classe média. Claro que tomou uma porrada do bispo reaça nos setores mais pobres da cidade, não por mero acaso.
Freixo se revela também uma espécie de Gabeira, bem piorado (ainda resta respeito pelo que fez na ditadura). Pois Bem, o articulado deputado das reuniões na casa de Paula Lavínia, se apresenta como o "criador" de Boulos Presidente (um delírio). Um colosso.
Óbvio que figuras populares surgem na luta, no enfrentamento, dos de baixo, como um Freixo da vida se mostra o criador? Figuras como Lula, bem mais que Boulos por sua origem de classe, não são criação de um vaidoso qualquer, mas frutos da luta de classes.
Vou repetir e, podem me cobrar, em pouco tempo teremos a confirmação de um tipo comum na esquerda:
O traidor esclarecido.