ESPECIAL CAMPO DE LIBRA – Singer sobre pré-sal: Dilma vai pagar por reviravolta
3 de Novembro de 2013, 20:49Na avaliação do cientista político, a presidente abriu a exploração do pré-sal a empresas estrangeiras mesmo tendo dito, em sua campanha, que seria "um crime" privatizar a área. Segundo André Singer, ela descumpriu sua promessa de campanha possivelmente para mostrar bom comportamento em uma fase de profunda desconfiança da burguesia. E qual o prejuízo? “Com isso, a União vai deixar de ganhar R$ 176 bilhões, além da perda de soberania”, completa. Em 2014, ela pode vencer, mas sua biografia "vai pagar pela reviravolta", diz André Singer. Leia o artigo publicado na Folha de S.Paulo.
Canal da Cidadania é oportunidade para movimentos sociais produzirem conteúdo pra TV
3 de Novembro de 2013, 20:47No dia 29 de outubro, ocorreu na Câmara Municipal do Rio de Janeiro uma audiência pública sobre o Canal da Cidadania, previsto pela portaria 489/12 do Ministério das Comunicações. A convocação da audiência foi feita pela Comissão de Educação e Cultura, presidida pelo vereador Reimont (PT/RJ). O objetivo foi ampliar o debate sobre esse assunto pouco conhecido por muitos brasileiros e que pode ser “uma revolução da comunicação televisiva”, segundo Reimont. Outro objetivo é sensibilizar a Prefeitura para solicitar o canal até junho de 2014, quando se esgota o prazo. O Canal da Cidadania faz parte do conjunto de canais públicos do Sistema Brasileiro de TV Digital. Ele terá quatro faixas de programação: uma para o poder público estadual, outra para o poder público municipal, e duas destinadas à sociedade civil. Essa novidade pode incentivar a participação popular e fomentar a produção audiovisual independente, de caráter local. É a oportunidade de movimentos sociais e sindicais se apropriarem desse veículo de informação estratégico e entrarem pra valer na disputa de ideias com os outros meios empresariais. “Este programa vai ao encontro do anseio de parte da sociedade, que é a democratização da comunicação. Não podemos mais conviver com o fato de que a comunicação está concentrada nas mãos de seis famílias brasileiras”, explica Reimont em entrevista ao Boletim NPC.
Rádio Levante cria podcasts de debates sobre os protestos
3 de Novembro de 2013, 20:45Durante as recentes manifestações que sacodem o Brasil desde junho deste ano, surgiu uma rádio comunitária que conta com a participação de ativistas do movimento Levante Popular da Juventude. A "Rádio Levante" produz programas em formato podcast sobre as reivindicações dos protestos: transporte público, leilão do petróleo, greve dos professores, desmilitarização da polícia, entre outros assuntos.
Revista do CREA-RS destaca Luiz Carlos Prestes como Engenheiro da Esperança
3 de Novembro de 2013, 20:44A revista do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do RS (Crea-RS) traz temas de interesse aos engenheiros do sul do país. Em sua edição, de outubro/novembro de 2013, a publicação destacou a importância de Luiz Carlos Prestes para a memória da engenharia no país. O militante comunista gaúcho se formou em engenharia pela Escola Militar do Rio de Janeiro. Na revista, são dedicadas seis páginas para lembrar a carreira e o percurso deste que é um dos principais personagens da história de lutas do Brasil. Leia a revista completa!
Carta de uma jornalista indignada com a cobertura da morte do jovem Douglas pelo “Jornal Hoje”
3 de Novembro de 2013, 20:42Por Tatiana Lima, em 29/10/2013 Cara redação do Jornal Hoje, Como vocês têm coragem de fazer uma narrativa dessa para a pauta do adolescente Douglas que morreu com um tiro da PM? Vocês chamaram pessoas revoltadas com a morte de um pobre na periferia de "vândalos". A palavra está na moda na ordem do jornalismo contemporâneo, mas há de se fazer mínimas distinções. Não vou discutir as ações de violência que ocorrem desde junho em protestos e manifestações. Quero e vou tentar chamá-los para o escândalo da sua narrativa na pauta sobre o caso de Douglas Martins, que estudava, trabalha e tinha uma trajetória de vida. Os manifestantes saíram sim às ruas ontem e hoje. Saíram porque se sentiram mortos. SIM, ESTAMOS TODOS MORTOS HOJE. Qualquer pessoa que venha da periferia de qualquer lugar do Brasil, qualquer pessoa que conheça alguém na periferia nos recantos desse país, se sentiram mortos hoje. E por se sentirem mortos-vivos, foram às ruas. Foram porque um policial parou um rapaz de 17 anos em frente a um bar, e com o irmão de 12 ou 13 anos (cada matéria tem uma informação) ao lado, o mataram a sangue frio. A SANGUE-FRIO, CAROS COLEGAS, E AO LADO DO IRMÃO DE 12 ANOS! Portanto, não espere que concorde com a trabalhosa e longa narrativa dos fatos. Sei que para TV o tempo foi enorme e que a correria deve ter sido imensa. Mas não use isso para se abster de suas responsabilidades mínimas na narrativa de um fato para uma população inteira. Se foi a nossa famosa e malfadada edição, ainda assim, tem a voz da repórter cobrindo o off das imagens e texto dela ou editado pela redação. Além disso, a repórter que foi na rua é que decidiu entrevistar aquele casal com os filhos pequenos presos no trânsito e a redação aceitou essa sonora e essas imagens. Porque pior do que chamar de vândalo um povo que está na rua por ser um morto-vivo - e sim tacaram pedras, colocaram fogo nas ruas -, afinal, se a polícia fez isso com alguém que estava andando na rua, o que é capaz de fazer com alguém que está nela para protestar justamente contra um colega deles da polícia? Enfim, pior do que isso é COMPARAR O SOFRIMENTO, A DOR, A SENSAÇÃO, O ESTADO PSÍQUICO-SOCIAL DE NÓS MORTOS-VIVOS COM A NARRATIVA DE QUE "pessoas ficaram presas no trânsito. Esse casal com os filhos de quatro e cinco anos ficaram CANSADOS" (dando ênfase a idade das crianças e ao cansaço delas), seguido de um sonora das crianças dizendo: "eu to cansado, quero mamar". Essa comparação, essa narrativa, essa forma de contar essa história é de uma perversidade absurda. Se você achou que ia me amolecer e fazer-me ficar do lado do governo, do lado dos cidadãos considerados de "bem", do lado da sua matéria, Jornal Hoje, aceitando ela como um pedaço do cotidiano social da cidade de São Paulo, sinto informá-lo que meu prato está cheio porque tive a infeliz ideia de almoçar vendo Jornal Hoje. Há um detalhe pequeno nessa sua escolha narrativa que não é um mero detalhe qualquer: bebê (praticamente, afinal, tem quatro anos) é loiro, de olhos azuis, pele branca e fala de dentro de um carro de classe média que está cansado sim e quer mamar. Douglas Martins, de 17 anos, tem a pele bem amorenada, olhos e cabelos pretos, estava a pé, e NÃO FALA MAIS PORQUE FOI MORTO, ASSASSINADO. Tem apenas sua foto para estampar e servir de pseudo-voz para os telejornais e matérias. Tem apenas sua foto para estampar o porquê de PRETOS, POBRES E PERIFÉRICOS serem mortos nesse país pela polícia militar, braço de um Estado repressor e criado somente para essa função: reprimir. Se aquele policial atirou acidentalmente, como é a narrativa oficial, ou se fuzilou Douglas, nunca saberemos. Mas o que sempre sabemos é que o fato narrado por você naquela colagem de imagens não é a verdade da periferia e desse protesto. (Falo em nós porque eu tenho a esperança que mais alguém se indigne com essa forma de contar os fatos). E sabe por que só temos essa certeza? PORQUE A VOZ DO DOUGLAS FOI CALADA. Na verdade, sejamos sinceros, ela nunca existiu até então para sociedade que a matéria veiculada hoje quer alcançar. É por isso que bebês cansados que querem mamar valem mais indignação que a morte a sangue-frio de Douglas, ainda que diante de outra criança, um pouco mais crescidinha, mas criança, com 12 anos. Att, Tatiana Lima
Grande imprensa vandaliza a notícia
3 de Novembro de 2013, 20:41O vandalismo não sai das páginas dos grandes jornais. Mas não se trata das justas reações populares à violência policial. O vandalismo em questão tem como vítima fatal as notícias sobre as atuais manifestações populares. Há muitas décadas, sabemos que não existe uma única e absoluta verdade em jornalismo. Não há fatos imunes a interpretações interessadas. Até os chefões da grande imprensa são incapazes de negar isso. Mas não abrem mão de apresentar apenas a sua versão dos fatos. Vejamos alguns exemplos desse jornalismo poderoso, mas rasteiro. “‘Quem roubou não era amigo do Douglas, era bandido’, diz pai de jovem morto por PM”. Este é o título de entrevista feita por Felipe Souza com José Rodrigues, pai de Douglas Rodrigues, jovem morto pela PM na periferia de São Paulo. Foi publicada pela Folha de S. Paulo, em 30/10/2013. | Por Sérgio Domingues | Leia o artigo completo.
Pesquisa mostra que ser negro no Brasil é pertencer a um grupo de risco
3 de Novembro de 2013, 20:40Ser negro, no Brasil, é ser duplamente discriminado. Pela condição social e pela cor. Esta é a conclusão apresentada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Segundo dados apresentados no 4º boletim da entidade, ser negro pode diminuir a expectativa de vida em até 114% se comparada ao de indivíduos da cor branca. Além disso, pertencer à raça negra/parda aumenta em 8 pontos percentuais a probabilidade de o indivíduo ser vítima de homicídios. A pesquisa também aponta que negros são maiores vítimas de agressão por parte de policiais do que brancos. A Pesquisa Nacional de Vitimização, de 2010, mostra que 6,5% dos negros que sofreram uma agressão no ano anterior tiveram como agressores policiais ou seguranças privados, contra 3,7% dos brancos. Esse dado comprova outro dado mostrado na pesquisa do Ipea, o da desconfiança na polícia. Cerca de 60,30% dos negros não buscam ajuda policial por não acreditar na corporação, esse número é quase a metade quando se fala na raça branca, apenas 39,70%. Os números praticamente se repetem quando o fator é o medo de represálias: 60,70% dos negros e 39,30% dos brancos. | Fonte: Adital.
Defensores do Marco Civil da Internet temem acordo entre Globo e teles
3 de Novembro de 2013, 20:38O blog do jornalista Renato Rovai apurou que o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha, está se empenhando pessoalmente para que seja fechado um acordo em torno no Marco Civil da Internet entre as teles e a radiodifusão. Ou seja, entre a Vivo, a TIM, a Claro e a Globo. Pelo acordo a Globo negociaria parcialmente a neutralidade na rede, em troca ficaria com o artigo que garante que os direitos autorais no Brasil se sobrepõem aos direitos humanos. Continue lendo.
Jornalista processado é ouvido na Comissão de Direitos Humanos da OEA
3 de Novembro de 2013, 20:35Na última terça-feira, dia 29/10, o jornalista sergipano José Cristian Góes foi ouvido numa audiência pública na sede da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da OEA, em Washington. Ele recebeu o convite para falar sobre os processos judiciais que o desembargador Edson Ulisses, vice-presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe, e o Ministério Público Estadual movem contra ele. Os processos, criminal e cível, são por conta de uma crônica ficcional publicada em seu blog na Infonet. O texto sequer cita nome de pessoas, cargos, locais e tempo. O jornalista já foi condenado a sete meses e 16 dias de prisão. Na parte cível, ainda não ocorreu julgamento. Na semana passada, o juiz Hélio Neto, relator da ação criminal, provou que o processo foi ilegal e irregular. Ele chegou a pedir a absolvição imediata de Cristian Góes, evitando vexames públicos ao judiciário estadual. Apesar disso, outros dois juízes, Maria Angélica e José Anselmo, mantiveram a condenação ao jornalista. Segundo Cristian Góes, membros do Governo Brasileiro que estavam na audiência se comprometeram em lutar junto ao Congresso Nacional para alterar as leis que criminalizam os crimes de opinião e de desacato e que ferem vários pactos internacionais de direitos humanos. | Com informações do Article 19
Vitória da liberdade de expressão na Argentina
3 de Novembro de 2013, 20:34Foi assim que a presidenta da organização “Justicia Legítima”, María Laura Garrigós de Rébori, definiu a decisão da Suprema Corte da Argentina, em 29 de outubro último, pela constitucionalidade da Lei de Serviços de Comunicação Audivisual (Ley de Medios), elaborada depois de várias discussões e audiências com a sociedade. Para ela, conforme notícia publicada no jornal Página 12 daquele país, se tratou de uma confirmação da liberdade de expressão que terá um significado histórico. Porém, ressalta a juíza, uma decisão que chegou quatro anos atrasada. Isso porque a lei – aprovada pelo Congresso argentino e sancionada pelo governo de Cristina Kirchner, em 2009 – foi contestada judicialmente pelo grupo Clarín. | Por Rosângela Ribeiro Gil | Continue lendo.
Manaus recebe oficina em jornalismo ambiental
3 de Novembro de 2013, 20:32Nos dias 8 e 9 de novembro será oferecida, em Manaus (AM), a oficina em jornalismo ambiental com o tema “entendendo e comunicando a sustentabilidade a partir da sua área de atuação”. O principal objetivo é oferecer a jovens jornalistas e comunicadores um panorama crítico sobre a questão da sustentabilidade, e debater a agenda da cobertura sobre meio ambiente hoje. Por meio do exercício de técnicas jornalísticas de pesquisa e construção de narrativas, espera-se ampliar a eficácia do trabalho dos participantes. A oficina pode contribuir também para estimular a criação de uma rede de jovens comunicadores ambientais brasileiros. Os responsáveis pela oficina são Lívia Duarte, jornalista da Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (Fase); Julianna Malerba, coordenadora do Núcleo Justiça Ambiental e Direitos da Fase; e Marcel Gomes, jornalista do Repórter Brasil. Inscrições e informações pelo e-mail eventos1@fes.org.br
Homenagem ao jornalista e lutador Maurício Azêdo, presidente da ABI
3 de Novembro de 2013, 20:31PCB e chegou a ser preso e torturado pela ditadura civil-militar brasileira. Em seu último texto, conclamava militantes de movimentos diversos a participarem de uma reunião ampla para programar jornadas revolucionárias no continente. “Somos os que estiveram presos no Estado Nacional do Chile e assistiram impotentes ao assassinato e ao corte das mãos do poeta popular Víctor Jara. Somos os que enfrentamos a dura ditadura militar do Brasil que matou milhares de brasileiros. Fomos companheiros de luta de Carlos Marighella, assim como estivemos no Uruguai e na Argentina organizando lutas ao lado dos tupamaros e montaneros. Estamos prontos a retomar o papel que nos cabe na luta em defesa do povo de nossos países”, escreveu. Leia a carta completa em nossa página.
Não esqueceremos!
3 de Novembro de 2013, 20:29No dia de finados, familiares, amigos e companheiros lembram a morte do pedreiro Amarildo.
Curta O Emprego
3 de Novembro de 2013, 20:27Esse curta-metragem de sete minutos é muito interessante para pensar o mundo do trabalho de hoje. Realizado pelo argentino Santiago Grasso, do estúdio Opusbou, o filme mostra a rotina de trabalho em uma sociedade onde as pessoas são vistas como objetos e reproduzem essa imagem em seus empregos cotidianos. O filme nos faz questionar onde estariam, no mundo de hoje, valores como a solidariedade e a coletividade. Assista!
Filme Serra Pelada
3 de Novembro de 2013, 20:25Está em cartaz, em vários cinemas no Brasil, o filme Serra Pelada. O longa trata, por meio de uma ficção, da maior corrida do ouro do século 20. Brasil, início da década de 1980, 115 mil homens garimparam 100 toneladas de ouro no coração da floresta amazônica. Hoje, Serra Pelada se transformou num lago de 150 metros de profundidade, cercado por miséria, disputas e lendas. O filme de Heitor Dhalia aborda a relação entre dois amigos e os limites a que o ser humano chega por ganância e cobiça. É uma referência a um importante capítulo da história do nosso país.