Veja não tenta nem disfarçar
Aprile 3, 2014 17:08Em suas edições na semana em que se completaram 50 anos do golpe civil-militar, as revistas semanais brasileiras tiveram comportamento diversos. Carta Capital produziu uma importante recuperação histórica. Época e Isto É fizeram críticas ao golpe com capas leves, daquelas que dizem sem muita certeza. Época optou pelo enigmático título “1964: o ano que não terminou” e Isto É apelou para a destruição da família do presidente João Goulart. O que significa a destruição de uma família perto das milhões de vidas que a ditadura direta ou indiretamente dizimou? Mas Veja foi fiel ao Consenso de Washington. Destoando com sua capa em cores fortes e alegres, enquanto as outras vieram em preto e branco, Veja, a revista que joga contra os interesses não do povo, já que outras fazem, mas da nação, estampa: “Por que quando Dima cai a bolsa sobe?” Para entender a relação da revista Veja com a ditadura militar leia o livro “O castelo de ambar”, de Mino Carta.
Editoriais de Folha e Estadão tentam justificar golpe
Aprile 3, 2014 17:06[Por Alexandre Haubrich - Jornalismo B] As mudanças sociais positivas nunca são acompanhadas em igual ritmo por todos os setores da sociedade em transformação. Faz parte da dinâmica que alguns setores sejam mais atrasados, ou por um nível mais elevado de alienação ou por apego reacionário às relações anteriormente estabelecidas. No caso da sociedade brasileira, com o modelo de comunicação tal como é, a mídia dominante é um desses setores constantemente aferrados ao que já começa a ser transformado e superado. O faz por um ideário conservador que impregna sua construção e por sua própria natureza ligada ideológica e financeiramente às velhas oligarquias. Nestas vésperas dos 50 anos do golpe midiático-civil-militar que derrubou o presidente João Goulart, Folha de S. Paulo e Estadão publicaram editoriais que corroboram essa prática reacionária. O editorial “1964″, da Folha, foi publicado no domingo, 30. No Estadão, “Meio século depois” ocupou a edição desta segunda, 31. | Leia o artigo completo.
Debate sobre marco civil da Internet dia 7 no Sinpro-Rio
Aprile 3, 2014 17:04O marco civil da Internet (lei que regulamenta o setor) foi aprovado na Câmara dos Deputados, no dia 25 de março deste ano. O movimento em luta pela democratização dos meios de comunicação comemorou a preservação do texto apresentado pelo deputado federal Alessandro Molon (PT-RJ), após elaboração pioneira através de consulta pública na Internet. A dúvida que nos fica é a seguinte. Por que após cinco meses de polêmica e forte lobby de empresas de telecomunicação a Câmara decidiu votar e aprovar o projeto? A composição de tão nobre casa não nos permite cochilos. O que teria mudado de uma hora para outra e teria feito com que as empresas passassem a olhar o texto com simpatia? Essas são algumas das questões que estarão em debate no dia 7 de abril no Sinpro-RJ. O texto aprovado na Câmara segue agora para o Senado. Entenda melhor.
Imprensa escondeu pesquisa Ibope com apoio a Jango
Aprile 3, 2014 17:04[Por Ricardo Kotscho, em seu blog] O caro leitor sabia que, ao contrário do que nos foi vendido ao longo de todos estes anos, João Goulart, o Jango, presidente deposto por um golpe militar, civil e midiático, em 1964, tinha amplo apoio popular e seria reeleito, segundo pesquisas do Ibope feitas nos dias que antecederam a sua derrubada, e que nunca haviam sido divulgadas pela imprensa? Pois é, nem eu. Em São Paulo, que era um dos principais redutos de oposição ao seu governo, segundo uma das pesquisas Jango tinha 69% de aprovação, com rejeição de apenas 16%. Em outra, na qual o Ibope entrevistou eleitores de oito capitais, entre os dias 9 e 26 de março de 1964, quase a metade (49,8%) respondeu que votaria em Jango caso ele pudesse se candidatar à reeleição. Ninguém ficou sabendo disso na época. | Continue lendo.