Ir para o conteúdo

Política, Cidadania e Dignidade

Voltar a Blog
Tela cheia Sugerir um artigo

Centrais sindicais fracassam em protestos

12 de Julho de 2013, 10:43 , por Desconhecido - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
Visualizado 27 vezes


Sindicalistas preparam churrasquinho diante do Masp, no esquenta para a marcha
Ao convocar o Dia Nacional de Lutas, entidades exibem falta de energia para mobilizar a população EDUARDO ATHAYDE E ADRIANA CHAVES
especial para o diário
Marcello Palhais/Diário SP
Sindicalistas preparam churrasquinho diante do Masp, no esquenta para a marcha

A promessa era travar a cidade de São Paulo. Porém, o que se viu nesta quinta-feira no Dia Nacional de Luta — manifestação contra quase tudo promovida por oito centrais sindicais — foi justamente o oposto.
A capital paulista fluiu livremente e viveu uma quinta-feira calma, com trânsito abaixo da média, trens, Metrô e ônibus menos cheios, terminais funcionando normalmente, sem apertos, sem grandes filas, uma São Paulo com cara de sábado. Bem diferente do que ocorreu nas manifestações de junho, organizadas por movimentos sociais apartidários, que lotaram as ruas, pararam o trânsito, geraram conflitos, prisões e entraram para a história nacional.
Mas o que deu errado? Para o professor do Departamento de Política da PUC-SP Lúcio Flávio de Almeida, o esvaziamento ocorreu porque as centrais não estavam absolutamente unidas, não queriam desestabilizar por completo a presidente Dilma Rousseff e o prefeito Fernando Haddad, ambos do PT, partido ligado a vários sindicatos, além da informalidade do trabalhador atual.
O ápice da manifestação foi a concentração na Avenida Paulista. Segundo a PM, sete mil estavam lá. No entanto, acreditar que todos defendiam gratuitamente suas posições políticas e ideológicas é o mesmo que acreditar no Papai Noel. Numa abordagem sem pretensão científica, o DIÁRIO achou quatro protestantes que receberiam dinheiro de sindicatos por participarem do ato.
Um exemplo de quem esteve no protesto para fazer um bico foi o estudante Vinícius Gonçalvez, de 16 anos. Ele segurava por R$ 100 um balão do Sintetel (Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações).
Motos/ Motoboys do Sindimoto-SP (Sindicato dos Motoboys de São Paulo), filiado à UGT (União Geral dos Trabalhadores), se reuniram na Marginal Pinheiros antes de seguir para a Paulista. O Sindimoto-SP é contra a obrigatoriedade do colete airbag. “Não é justo pagarmos por isso”, afirmou um dos líderes, Mafran Rodrigues Lima, de 33 anos. “Já temos muitas taxas”, disse Rodrigo Bispo, 26.
Dia de semana e horário de trabalho dificultam protesto
Para líderes das centrais sindicais que organizaram o Dia Nacional de Luta, o fato de os protestos terem sido marcados durante o horário diurno e em um dia de semana fez com que muitas pessoas deixassem de participar das manifestações. “É diferente das outras manifestações (ocorridas em junho) que estavam acontecendo à noite, convocadas pela grande imprensa. Nós estamos sentindo falta da convocação da mídia”, afirmou o presidente da CUT em São Paulo, Adi dos Santos Lima.

O sindicalista disse desconhecer a presença de manifestantes que recebem dinheiro para participar do protesto. “A CUT não tem essa prática, não temos essa necessidade, nós somos a maior central sindical do país e da América Latina e a nossa prática não é de pagar para fazer manifestação”, afirmou.
Para o primeiro secretário-geral da Força Sindical, Sergio Luiz Leite, as centrais precisam refletir sobre o próprio futuro.
Razões para o fracasso
Cientistas sociais apontam explicação para ruas vazias
Balaio de gato
Com o objetivo de não criar rachas entre as oito centrais sindicais que promoveram a manifestação, elas teriam preferido não se aprofundar nos temas defendidos no protesto. A situação trouxe desunião e desinteresse

Flerte com o poder
Historicamente, as centrais sindicais têm ligações com partidos de centro esquerda, entre eles o PT, que tem entre os filiados a presidente Dilma Rousseff e o prefeito Fernando Haddad. Assim, as centrais “pegaram leve”

Tempos modernos
A atual realidade trabalhista impõe a informalidade e a terceirização dos serviços, o que afasta os trabalhadores dos sindicatos. Além disso, a sociedade vê os sindicatos ligados a partidos políticos, que têm pouca credibilidade. (Bom Dia Cidade).

Fonte: http://feedproxy.google.com/~r/PolticaCidadaniaEDignidade/~3/ghqRjvnJp-E/centrais-sindicais-fracassam-em.html

0sem comentários ainda

    Enviar um comentário

    Os campos realçados são obrigatórios.

    Se você é um usuário registrado, pode se identificar e ser reconhecido automaticamente.

    Cancelar