DEPUTADO SARGENTO RODRIGUES INSISTE EM TURNOS DE 10 HORAS PARA A CAPITAL
Polêmicas a parte, o que interesse agora é ajustar a jornada em 40 horas semanais, respeitando-se as peculiaridades e disparidades regionais, pois não podemos esquecer que existem muitas diferenças de emprego nas atividades de segurança pública entre a RMBH e o interior do Estado.
Estamos acompanhando a implantação da jornada de trabalho, por ser um direito conquistado com muita luta pelos praças, pois quase nunca são ouvidos, e sempre foram prejudicados e explorados como mão de obra, sem qualquer critério e marco normativo legal, o que implicava em excessivas e prolongadas jornadas, que muitas vezes atendiam caprichos e interesses pessoais e políticos.
Não obstante a atuação firme e louvável do Deputado Sgt Rodrigues, em sua luta para a regulamentação da jornada de trabalho na Polícia e Corpo de Bombeiros Militares, necessário se faz relembrar que tal discussão foi travada no âmbito da comissão designada pelos Comandos Gerais das Instituições Militares ainda no ano de 1998, e teve como seu autor e defensor o representante dos praças, a época o 3º Sgt PM Barbosa, tendo durante os trabalhos apresentado inúmeras outras proposições tanto na elaboração do Código de Ética e Disciplina, como para o anteprojeto do Estatuto de Pessoal da Polícia Militar - EPPM.
Vale destacar ainda, que muitas de suas propostas já foram incorporadas ao texto do EPPM, viabilizando assim a elaboração de muitos projetos de lei, que se converteram em direitos para os policiais e bombeiros militares.

Sargento Rodrigues, autor da Lei Complementar 127/2013 que fixou a carga horária de 40 horas semanais para os policiais e bombeiros militares, levou ao Comandante-Geral algumas sugestões para aprimorar as jornadas de trabalho.
Cada região do Estado possui necessidades diferentes.
Na Capital e Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), os policiais militares demonstraram interesse em antecipar o encerramento do expediente da tarde, reduzindo o horário de almoço e saindo mais cedo, como forma de evitar o horário de pico.
As unidades da RMBH são responsáveis pela maior quantidade de ocorrências atendidas pela instituição e têm uma característica diferenciada do interior do Estado, principalmente nos índices de criminalidade e violência. Portanto, a probabilidade de embate entre policiais e criminosos é bem maior e também há o estresse do caos do trânsito e a poluição sonora. Além disso, gasta-se um tempo maior no deslocamento para o trabalho e retorno para casa.
Dessa forma, é necessário MANTER a escala dia sim, dia não, em turnos de 10 horas e “dobradinha” em Belo Horizonte e RMBH, deixando a escala mais equilibrada e que melhor atenderá aos policiais militares.
O Comandante-Geral, em resposta ao deputado Sargento Rodrigues, afirmou que irá avaliar o assunto, mas que é muito complexo, pois as escalas de 3x2 demandaram muito estudo e que há uma necessidade maior do emprego da capacidade de resposta do efetivo policial existente, sendo que o turno será de 8h e a cada três dias de serviço haverá duas folgas.
Fonte: Site do Deputado Sgt Rodrigues
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