Coerência, se desenvolve com atitude!
October 8, 2014 11:47 - no comments yetPrezados amigos, futuros amigos e ex-amigos,
É muito egoísmo, imaginar que os beneficiários dos programas do Governo, são vagabundos, desocupados, e preguiçosos, é o mesmo que naturalizar a pobreza e fazer dela, o destino e a condição de milhões de cidadãos brasileiros, e o pior é acreditar e demonizar como se quisessem estar ou ficar na situação de extrema pobreza, exclusão e desigualdade social e política.
Desafio a todos que criticam as famílias que recebem benefício sociais, de programas oficiais do Governo, e não de partido A ou B, a trocarem de lugar, e viver como as famílias que tem como única fonte de renda a receita dos programas sociais.
O fato é que a redução das desigualdades e da pobreza, começou a trilhar o caminho, e a tornar-se política pública durante o Governo de esquerda.
Se antes apoiava Marina Silva, por apresentar e representar as correções necessárias e a mudança política no Brasil, por outro seria incoerência e infidelidade aos valores e princípios de igualdade, liberdade, justiça social, e cidadania política, pelos quais tanto lutamos, flertar e apoiar candidatos com clara ideologia de direita.
Bem, quanto a corrupção, tanto a direita quanto a esquerda tem suas histórias e escândalos, e não dá para dizer quem está mais limpo ou mais ou menos envolvido, restando a cada um exercer seu papel, direitos e deveres de cidadãos, porque somente nossa decisão pode verdadeiramente mudar o Brasil.
O direito de expressar a opinião, exige o dever de respeitar a opinião alheia
October 8, 2014 9:17 - no comments yetDo pouco que eu sei do muito que eu li, pude abrir a mente a ponto de tentar respeitar a opinião alheia e não atacar as pessoas, mas sim suas ideias, não trato como ignorantes quem tem a opinião diferente da minha.
Aprendi a não confiar em mídias tendencialistas e sem crédito, como a exemplo a revista Veja, aprendi checar as fontes, a analisar a opinião adversa e extrair o que julgar a parte boa dela, e devo boa parte disto ao diálogo e a filosofia.
O debate não é só uma oportunidade de impor ideias, mas também de aprender com o próximo e também se autocriticar, de fortalecer o próprio argumento. Seja qual for o político eleito para governar nosso país neste segundo turno, tiro como positivo o engajamento das pessoas em participar mais da política.
Por mais que eu entre em conflito com o julgamento dos reacionários, dos conservadores, das ideias perigosas de extrema direita, prefiro o cidadão atuante ao povo que se cala e apenas aceita.
Não me preocupo muito com os juízos dos insolentes, pois querendo ou não a convivência com a preocupação com o bem público traz o amadurecimento político.
Não importa o resultado final, a consciência política ganhou uma batalha nesta eleição! VIVA A DEMOCRACIA! E VIVA A CIDADANIA!
Quem é “informações”?
October 8, 2014 9:05 - no comments yet
Todo policial brasileiro provavelmente já recebeu uma mensagem com a última notícia do momento que inicia com os termos “segundo informações”. Essas duas palavras são usadas para justificar a autoria de alguma narrativa. Por exemplo: “Segundo informações, o policial fulano de tal realizou a prisão de um autor de roubo na rua tal”. Como se “informações” fosse um ser humano, uma fonte legítima e confiável que sustentasse o que está sendo “repassado”.
Em tempos de WhatsApp está cada vez mais difícil lidar com conceitos como segurança da informação, sensação de segurança, credibilidade da informação etc. A quantidade e a rapidez tem ganhado prioridade sobre a qualidade. No contexto policial isso se agrava porque informações sobre ocorrências ou problemas internos às polícias geralmente estão ligadas a direitos individuais ou coletivos, o que possibilita o dano a reputações ou a desnecessárias mudanças de comportamento pautadas no medo.
“NÃO É PEQUENA A POSSIBILIDADE DE APROVEITADORES MANIPULAREM A MANADA DOS DESAVISADOS PARA GARANTIR A PROPAGAÇÃO DE INVERDADES”
Se qualquer organização do mundo atual precisa orientar seus integrantes sobre a forma de lidar com informações, nas polícias isso é condição indispensável para o exercício da profissão. Não é pequena a possibilidade de aproveitadores manipularem a manada dos desavisados para garantir a propagação de inverdades.
Diferentemente do que pensam alguns, esse não é um problema para lidar de maneira disciplinar, mas através de orientação e esclarecimento. Sem ter a ambição de controlar o incontrolável, vale a pena ensinar a tropa a usar os meios de comunicação à sua disposição com inteligência.
VOCÊ SABIA?
October 8, 2014 8:30 - no comments yetEnquanto o Governo do PSDB, perseguiu, puniu e demitiu policiais e bombeiros militares por lutarem por dignidade, cidadania e valorização profissional Brasil afora, transformando-os em criminosos e baderneiros, o Governo do PT, anistiou e reintegrou os que foram covardemente perseguidos, punidos e injustiçados.
Em Minas Gerais, enfrentamos a fúria e covardia do Governo do PSDB em 1997 e 2004, e está registrado as ilegalidades, abusos, injustiças e perseguições, aos que lutaram e ousaram se opor e criticar o PSDB e seu Governo.
Só quem não sentiu na pele, a dor de ser perseguido, injustiçado, e demitido das fileiras, sabe exatamente o que representa o projeto de poder do PSDB, que atropela, persegue, demite, e viola a dignidade dos que ousam lutar por respeito, dignidade, e valorização profissional e melhoria da segurança pública.
CONTROLE PÚBLICO EM REDE: QUEM SÃO OS PARCEIROS RELEVANTES
October 8, 2014 8:12 - no comments yetCaso não esteja visualizando o e-mail abaixo, acesse este link.
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Expositor Antônio Carlos Ribeiro Doutorando em Sociologia e membro do Grupo de Pesquisa Interdisciplinar em Análise de Redes Sociais na UFMG. Debatedor Alexandre Bossi Queiroz Contador e administrador, doutor em Contabilidade e Finanças. Consultor legislativo e professor da Escola do Legislativo/ALMG. Coordenador Guilherme Wagner Ribeiro Professor de Direito Constitucional da PUC Minas. Coordenador do Programa de Especialização da Escola do Legislativo/ALMG. Expondo os principais pontos de sua agenda de pesquisa e os achados mais relevantes até o momento, o palestrante destacará a importância das relações entre atores da sociedade civil e destes com as agências estatais de controle, tendo em vista o exercício do controle público. Apresentará, ainda, a perspectiva de análise mais recente, que enquadra o problema do controle da gestão pública sob o prisma da interdependência entre os agentes de controle, e mostrará que esse controle se torna possível a partir de uma rede social que conecta a sociedade civil e incorpora, também, importantes agências estatais. O tema foi desenvolvido pelo expositor durante seu mestrado em Ciência Política. Atualmente, ele aprofunda as análises em sua tese de doutoramento em Sociologia, na qual aborda as interações entre organizações estatais e sociais em três Fóruns Permanentes de Combate à Corrupção na Região Nordeste do Brasil. Teatro da Assembleia Legislativa de Minas Gerais Rua Rodrigues Caldas, 30 | Santo Agostinho |
Inscrições e informações: escola.eventos@almg.gov.br (Na inscrição, informe título da atividade, nome do participante, CPF, endereço e telefone). Os inscritos que comparecerem ao evento receberão certificado de participação. |
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Junho 2013 x Outubro 2014
October 8, 2014 7:14 - no comments yet"O paradoxo entre a agitação das ruas e a indiferença com o processo eleitoral na realidade não é uma antítese, mas sim expressão das próprias ruas que manifestaram o desencanto com os políticos e o sistema político". O comentário é de Cesar Sanson, professor do Departamento de Ciências Socias da UFRN, em artigo para o portal do IHU, 06-10-2014.
Eis o artigo.
Muitas interpretações afirmam que as ‘Jornadas de junho 2013’ não serviram para nada. Além de não terem tido nenhuma repercussão nas eleições de 2014 no sentido de uma inflexão à esquerda, pior ainda, teriam engrossado o caldo da direita. O caso mais citado é a reeleição de Alckmin em São Paulo – um dos principais focos dos protestos – e a quase nula renovação no Congresso Nacional.
Não faço essa leitura, mas ressalvo que é um debate em aberto. Primeiro, há ‘pautas’ que retornaram à agenda política do país devido as manifestações. A mais evidente é a Reforma Política. O Plebiscito Popular ganhou força após Junho 2013. Outro tema que ganhou força é o da mobilidade. Seguramente Haddad em São Paulo não teria o ‘atrevimento’ de ampliar os corredores exclusivos para os ônibus, assim como as ciclovias não fosse o ‘empurrão’ que recebeu das ruas.
Ainda mais. O Programa ‘Mais Médicos’ só saiu da ‘prateleira’ depois que o tema da saúde foi um dos mais gritado nas manifestações. O Programa estava no Ministério da Saúde cozinhando faz tempo. Foram as ruas que ajudaram o governo enfrentar as corporações médicas. Alguém imagina o governo trazendo médicos cubanos para o país sem o junho de 2013?
Tem mais. Foram as ruas que forçaram o Congresso a aprovar o uso dos royalties do petróleo – pré-sal – para a educação e para a área da saúde. As Jornadas de Junho empurraram o governo à esquerda. A presidente depois de receber o MPL, em cadeia nacional se comprometeu em ampliar investimentos em agenda social.
Agora, o mais importante.
Junho de 2013 foi um contundente não à democracia representativa. O que se viu foi um fosso entre as ruas e a representação política e institucional. O “vocês me representam” foi substituído pelo “eu me represento”.
É a partir dessa leitura que muitos esperavam que as eleições de 2014 fosse uma caixa de ressonância das ruas e aguardava-se um voto de mudança contra os mesmos que sempre estiveram aí.
A pergunta delicada: Mas onde estava o novo – a mudança – para se exprimir como o representante das ruas? Marina num primeiro momento foi beneficiada pelo ‘espírito’ das ruas porque se apresentava como ‘novidade’, mas logo foi desmascarada e viu-se que era mais do mesmo.
Sob a perspectiva das ruas – e isso é polêmico – é preciso que se diga que o PT já faz tempo deixou de ser novidade. Isso porque se orienta pela ‘política da representação’ nos moldes dos partidos tradicionais. Basta lembrar aqui, para ficar num exemplo, do aliancismo que ressuscitou o que há de pior na política brasileira. É duro, mas é preciso que se diga: Quando muitos petistas acusavam Marina de ser o “Collor de saias”, é bom lembrar que o verdadeiro Collorintegra a base de sustentação do governo.
Ainda mais. As ruas revelaram que a luta não é apenas pela igualdade, mas também pelo reconhecimento à diversidade nas condições e opções de gênero raciais e étnicas. Aqui, também o governo do PT se mostrou muitas vezes covarde. Basta lembrar da questão indígena, do kit anti-homofobia, etc.
O mal-estar das ruas sinalizou ainda que o modelo neodesenvolvimentista de inclusão via mercado de consumo – a aposta lulista/dilmista – se tornou insuficiente. O ‘muito mais que 0,20 centavos’ das ruas exprime o caldo latente de um clima de frustração dos que não se sentem incluídos. Dos que estão fora da sociedade de consumo, dos milhares que trabalham em empregos precários. Daqueles que estudam e trabalham e precisam se deslocar nas metrópoles carrocentristas, mas também dos que não estudam e não trabalham e se dão conta de que o prometido atalho à sociedade de consumo não chegará pela educação e menos ainda pelo emprego de salário mínimo.
Logo e, concluindo, o paradoxo entre a agitação das ruas e a indiferença com o processo eleitoral na realidade não é uma antítese, mas sim expressão das próprias ruas que manifestaram o desencanto com os políticos e o sistema político.
Portanto, como o sistema político não exprime nada e não pode ser mudado por dentro – via eleições, sem que se radicalize outra forma de política – votar, deixar de votar, ou votar em ‘A’, ‘B’ ou ‘C’ pouco altera a dinâmica viciada do que não se quer.
Dos quase 143 milhões de eleitores, 29% não foram à urna, votaram em branco ou anularam o voto
October 8, 2014 7:13 - no comments yetOs que não foram à urna, votaram em branco ou anularam o voto são "bem mais do que todos os votos dados a Marina Silva, nos seus 21,3%, e próximo do total de 33,6% que levou Aécio Neves ao segundo turno. É uma quantidade exuberante de participações negadas ou impossibilitadas, mas, como de outras eleições, logo se ouvem as corridas em busca de apoio dos derrotados, e nenhuma preocupação em atrair as multidões disponíveis de trânsfugas", escreveJanio de Freitas, jornalista, em artigo intitulado "Oferta de primavera" e publicado pelo jornal Folha de S. Paulo, 07-10-2014.
Segundo o jornalista, "se os evangélicos se aliarem para valer, serão capazes de um salto de gigante rumo ao seu objetivo - o poder. Não só o do Rio. Os católicos assistem em silêncio".
Eis o artigo.
Um manancial de praticamente um terço dos eleitores está à espera de ser interessado a participar do segundo turno. O mistério do primeiro turno é a influência que esse manancial, cujas preferências são desconhecidas, desempenhou no resultado ao deixar de incluir sua manifestação por um dos candidatos. O mistério agora é quanto dele é despertável para a participação e, em sendo, como se dividira. Certo é que pode ser decisivo.
Dos quase 143 milhões de eleitores, 29% não foram à urna, votaram em branco ou anularam o voto. Bem mais do que todos os votos dados a Marina Silva, nos seus 21,3%, e próximo do total de 33,6% que levou Aécio Neves ao segundo turno. É uma quantidade exuberante de participações negadas ou impossibilitadas, mas, como de outras eleições, logo se ouvem as corridas em busca de apoio dos derrotados, e nenhuma preocupação em atrair as multidões disponíveis de trânsfugas.
Esperada por muitos já para amanhã, em reunião a ser conduzida por Marina, a escolha do PSB por Aécio Nevesseria menos simples, na prática partidária, do que aparenta. Como legenda socialista, o PSB é um partido considerado e que se considera de esquerda, e, com a adesão ao candidato do PSDB, estará apoiando a proposta de um governo com política econômica neoliberal e arrochante em muitos sentidos, por exigência de uma inflação de 3%, como pretendida pelo projeto de Arminio Fraga/Aécio.
O PSB tem parlamentares e governantes, em exercício e agora eleitos, identificados com o (pequeno) simbolismo expresso no nome do partido. E alguns já emitiram os sinais de que puderam acompanhar a candidatura de Marina, um tanto amorfa em política econômica, mas não iriam além disso. Para prevenir tais reações, logo entrou em discussão a cobrança de um compromisso formal de Aécio, protegendo as conquistas sociais existentes. Mas a forma de garanti-lo, para que não seja mero facilitador da adesão, continua em aberto. Caso exista.
O mais cobiçado dos apoios individuais está nos quadros do PSB e, do monumento dos 4,6 milhões de votos para tornar-se senador pelo Rio, o craque Romário avisa que decidirá por si a sua adesão. E lembra: "Sou um favelado que se torna senador". Não apoiou Dilma, o que não quer dizer que tenha dado apoio real a Aécio. Nem que esteve entre as mal disfarçadas traições a Dilma, que teve o apoio declarado dos quatro disputantes ao governo e não o recebeu, de fato, de nenhum deles. O foi mais grave no PMDB, que pôde chegar à campanha com bastante a mostrar graças, sobretudo, à contribuição federal.
No Rio, aliás, Marina deixa disponíveis 31%, que teve contra apenas 27% de Aécio e os 36% que comprovam o abandono de Dilma. Onde menos ocorre a dualidade PT-PSDB é no Rio, ambos fracos. Mas outra multidão de votos tende a discutir sua adesão: os evangélicos, que vão ao segundo turno com o arguto bispo Crivella. Se os evangélicos se aliarem para valer, serão capazes de um salto de gigante rumo ao seu objetivo - o poder. Não só o do Rio. Os católicos assistem em silêncio.
Os próximos dias serão de negociações por baixo e boatos por cima. Os prefeitos que preparem os ouvidos, nos Estados sem segundo turno, porque os governadores eleitos sabem o quanto já são fortes com o poder que ainda não têm.
Por fim, com Eduardo Suplicy, outra perda histórica a mudar a fisionomia do Senado: Pedro Simon, vencido no Rio Grande do Sul.
Parentes de políticos e policiais são os campeões de votos
October 8, 2014 7:09 - no comments yetDos 27 campeões estaduais de votos, 17 são de famílias de políticos e cinco são policiais ou militares. Conheça os mais votados em cada bancada
POR EDSON SARDINHA |
Divulgação
Shéridan, esposa do ex-governador Anchieta Júnior, foi a segunda mais votada do país proporcionalmente
Ter sobrenome famoso ou defender propostas da chamada “linha dura”, como a redução da maioridade e tolerância zero com a criminalidade, rende votos. Aliás, muitíssimos votos. É o que aponta a relação dos parlamentares mais votados nos 26 estados e no Distrito Federal. Dos 27 campeões estaduais de votos para a Câmara, 17 têm parentes na política e cinco vêm da polícia ou da vida militar, como Jair Bolsonaro (PP-RJ), também pai de políticos. Além de Bolsonaro, outros seis dos mais votados são deputados reeleitos; outros três são ex-parlamentares que retornam à Casa.
De todos os campeões de voto, apenas Christiane Yared (PTN-PR) – a mais votada no Paraná, com 200.144 votos – aterrissará na Casa sem nenhuma experiência política anterior, seja em cargos públicos, seja pelo convívio familiar. Pastora evangélica, Christiane comanda uma ONG que propaga campanhas de paz no trânsito desde 2009, quando seu filho e um amigo foram mortos em acidente automobilístico provocado pelo então deputado estadual Carli Filho.
O deputado mais votado do país, proporcionalmente, será um estreante na Câmara que conhece desde criança os caminhos do poder na capital federal. Hoje deputado estadual, Arthur Bisneto (PSDB-AM), de 35 anos, é filho do ex-senador e atual prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB-AM), e neto do ex-senador Arthur Virgílio. Natural de Brasília, onde o pai passou boa parte da vida, o tucano recebeu 15,13% dos votos dados pelo eleitor amazonense a todos os candidatos a deputado federal do estado.
Além dele, candidatos com parentes na política também foram os mais votados em outros 16 estados: Alagoas, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins. Entre os campeões de votos, estão, por exemplo, três ex-primeiras-damas – Rejane Dias (PT-PI), Dulce Miranda (PMDB-TO) e Shéridan Anchieta (PSDB-RR) – e quatro filhos de políticos – além de Arthur Bisneto, João Henrique Caldas (SD-AL), Walter Alves (PMDB-RN) e Pedro Cunha Lima (PSDB-PB).
Evangélica como Christiane Yared, Rejane Dias é deputada estadual e esposa do senador Wellington Dias (PT-PI), que disputa o segundo turno para voltar a ser governador do Piauí. Com 134.157, foi a mais votada do estado.
Ex-secretária estadual, Shéridan desembarca na Câmara com 35.555 votos – a segunda maior votação proporcional do país, com 14,95% dos votos válidos. Aos 30 anos, a mulher do ex-governador José de Anchieta Júnior (PSDB) assumirá o seu primeiro mandato eletivo. No domingo, a alegria em família só não foi completa porque Anchieta perdeu a disputa para o Senado. Mais feliz ficou Dulce Miranda, mulher do ex-governador Marcelo Miranda (PMDB-TO), que voltará ao cargo em janeiro de 2015. Ela foi a mais votada no Tocantins.
Em família
Campeão de votos no Rio Grande do Norte, Walter Alves será o responsável por manter o sobrenome da família na Câmara, já que seu primo em segundo grau, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), atual presidente da Casa, deixará de ser deputado pela primeira vez desde 1971. Henrique disputa o segundo turno para o governo estadual. Walter é filho do senador licenciado Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), ministro da Previdência, e neto do também senador licenciado Garibaldi Alves (PMDB). Também é primo do prefeito de Natal, Carlos Eduardo (PDT).
O mais votado na Paraíba é o filho do ex-governador e atual senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), que também concorre ao governo estadual. Advogado de 26 anos, Pedro Cunha Lima recebeu 179.886 votos (9,29%). Votação expressiva também recebeu o filho do deputado alagoano João Caldas (SD), João Henrique Caldas, o campeão de votos em Alagoas.
Linha dura
Quem também começa a formar uma bancada familiar é Jair Bolsonaro. Reeleito com 464 mil votos, o deputado fluminense terá a companhia de um de seus filhos na Câmara, Eduardo Bolsonaro, de 33 anos, eleito pelo PSC de São Paulo. No domingo, Jair também comemorou a reeleição de outro filho, o deputado estadual Flávio Bolsonaro (PP-RJ).
Conhecido pelas posições polêmicas que manifesta, como a defesa da ditadura militar e da pena de morte, Bolsonaro também ganhará companheiros da chamada “linha dura”. Esse é o perfil dos mais votados em Goiás, no Distrito Federal, no Pará e no Ceará.
O ex-deputado Alberto Fraga (DEM-DF), um dos líderes da chamada bancada da bala, contrária ao Estatuto do Desarmamento, está de volta à Câmara, embalado pelos 155 mil votos recebidos no último dia 5.
Calibre e algema
Suplente que chegou a exercer o mandato nesta legislatura, Delegado Waldir (PSDB-GO) dividiu de maneira curiosa o seu número de candidato nesta eleição: 45 do calibre e 00 da algema. O Delegado Eder Mauro (PSD-PA) também surpreendeu ao liderar a votação entre todos os candidatos a deputado federal de seu estado.
“Serei a voz da direita do povo de Belém em Brasília para apresentar projetos que possam dar um basta nesses vagabundos”, escreveu em rede social na semana passada, dias antes de receber 265.983 votos.
Outro policial que também saiu consagrado das urnas foi o ex-delegado da Polícia Federal Moroni Torgan (DEM-CE), que retorna à Câmara após quatro anos. Campeão de votos no Ceará, Torgan é seguidor da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, também conhecida como Igreja Mórmon.
Número de ex-policiais eleitos deputados aumenta 25%
October 8, 2014 7:03 - no comments yet
Em São Paulo
O número de parlamentares ex-policiais eleitos no pleito de domingo (5) cresceu 25% em relação à eleição anterior. Segundo especialistas ouvidos pela "BBC Brasil", esses deputados federais e estaduais tendem, além de se dedicar ao tema da segurança, a se organizar em "bancadas" para defender temas ligados à classe policial e para apoiar posições políticas comuns.
Segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), policiais militares, civis e federais conquistaram 55 cadeiras nas assembleias estaduais e na Câmara federal nas eleições deste ano. No pleito anterior, o número de cargos alcançados foi de 44. Dos parlamentares ex-policiais eleitos no domingo, 15 são deputados federais e 40 estaduais.
De acordo com analistas, no Legislativo – principalmente na Câmara Federal - esses parlamentares tendem a trabalhar com temas relacionados à segurança, como debates sobre mudanças na legislação penal e no Estatuto da Criança e do Adolescente, a reforma do sistema prisional e políticas sobre drogas e menores infratores.
Entre os temas que devem estar na agenda desses novos parlamentares devem estar ainda a regulamentação dos papéis das polícias, a redução da maioridade penal e a punição mais dura a criminosos que cometem crimes contra policiais.
Organização
Para a cientista política Maria Teresa Micelli Kerbauy, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), o crescimento da bancada de ex-policiais nos legislativos estaduais e federal está ligada ao fato de a violência ser um dos temas que mais preocupa os eleitores, sendo um dos principais assuntos da agenda política brasileira.
Além disso, interesses de classe e as críticas sofridas pela polícia por sua atuação dura nas manifestações ocorridas entre junho de 2013 e a Copa do Mundo neste ano foram mais um estímulo para que membros das forças de segurança se voltassem cada vez mais para a política.
"Eu acredito que eles (policiais) resolveram se organizar. É uma tendência que já vinha acontecendo, mas que se intensificou", disse ela.
"Eles resolveram se colocar como representantes da categoria (no Legislativo) e defender os interesses da classe".
Bancada
De acordo com a cientista política, mais numerosos no Legislativo, os ex-policiais tendem agora a formar bancadas para tentar votar temas de segurança – o que pode acontecer até de forma independente das posições de seus partidos.
O ex-deputado estadual e recém-eleito deputado federal major Olímpio Gomes (PDT-SP) disse que a aproximação dos parlamentares ex-policiais já está acontecendo. "Vamos trabalhar de forma suprapartidária para melhorar a segurança pública", afirmou.
De acordo com ele, por outro lado, isso não significa que esses parlamentares restringirão sua atuação ao campo da segurança. "Vamos a fundo em todas as áreas, como saúde, educação e transporte, mas não se pode desconsiderar a especialidade (em segurança) desses deputados".
Segundo Gomes, a articulação dos policiais na política já vem acontecendo de forma lenta há muitos anos, mas os candidatos ainda não conseguiram canalizar todos os votos que teriam capacidade de obter.
"Só em São Paulo, familiares e amigos de policiais podem formar um grupo de mais de 1,6 milhão de eleitores. Os grupos religiosos se juntam, os sindicalistas se juntam, os empresários se juntam – os policiais estão fazendo a mesma coisa".
Para o presidente da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal, Marcos Leôncio Ribeiro, os ex-policiais podem usar no Legislativo suas habilidades de investigação para exercer o papel de fiscalização e controle das ações do governo.
Eleitorado
De acordo com Kerbauy, não são apenas os policiais, seus familiares e amigos que formam o eleitorado dos candidatos ex-policiais. Parte da população, diz a analista, é favorável ao discurso usado por alguns desses candidatos – que, em linhas gerais, pregam que a melhor forma de combater a criminalidade é uma polícia mais robusta e enérgica.
Os que mais recebem votos seriam aqueles que usam o discurso do policial heroico, na "frente de combate", para atingir o emocional no eleitor, segundo Marcos Fuchs, diretor adjunto da organização de defesa de direitos humanos Conectas.
Os ex-delegados ou ex-secretários de Segurança teriam um apelo menor. "Eles (candidatos ex-policiais) pegam carona nos altos índices de criminalidade. Usam o discurso de que falta polícia dura, polícia séria, e isso dá votos", afirmou.
Porém, segundo Fuchs, o discurso de parte desses candidatos preocupa organizações de direitos humanos – que temem que eles ofereçam resistência no Legislativo a deputados alinhados com as pautas dessas entidades.
*Colaborou Luis Kawaguti, da BBC Brasil em São Paulo
FHC INSULTA ELEITOR E VÊ PETISTA COMO IGNORANTE
October 7, 2014 11:35 - no comments yet
Com a passagem do senador Aécio Neves para o segundo turno, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso desandou a falar e, se continuar na mesma toada, poderá causar danos à candidatura tucana; à jornalista Sonia Racy, do Estado de S. Paulo, ele afirmou que a "presidente Dilma não é pobre, está gordinha"; agora, ao colunista Josias de Souza, do portal Uol, afirmou que o eleitor petista é "menos informado"; eis sua declaração: "O PT está fincado nos menos informados, que coincide de ser os mais pobres. Não é porque são pobres que apoiam o PT, é porque são menos informados", afirmou
247 - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pode causar danos à candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG), caso continue a dar entrevistas no ritmo que tem feito.
Ontem, à jornalista Sonia Racy, ele afirmou que esta não será uma disputa entre pobres e ricos, porque a presidente Dilma Rousseff "não é pobre, está gordinha" (leia maisaqui).
Agora, em entrevista aos colunistas Josias de Souza e Mario Magalhães, do portal Uol, ele insultou eleitores que votaram no PT, associando-se à ignorância. "O PT está fincado nos menos informados, que coincide de ser os mais pobres. Não é porque são pobres que apoiam o PT, é porque são menos informados", disse ele.
"Essa caminhada do PT dos centros urbanos para os grotões é um sinal preocupante do ponto de vista do PT porque é um sinal de perda de seiva ele estar apoiado em setores da sociedade que são, sobretudo, menos informados", disse FHC. "Geralmente é uma coincidência entre os mais pobres e os menos qualificados."
Embora Aécio tenha vencido em São Paulo, perdeu em estados importantes do Sul e Sudeste, como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul – e não apenas no Norte e Nordeste.
Depois do deslize, FHC também falou de uma possível aliança com a ex-senadora Marina Silva. "Vamos discutir quais os pontos que podem permitir uma aproximação efetiva", acrescentou.
Dilma só cumpriu uma entre dez grandes metas
October 1, 2014 7:10 - no comments yetMetas como criação do ProUni do ensino médio e fixação do piso nacional do magistério, exploradas na campanha de 2010, ficaram no discurso. Campanha petista diz que cumprimento das propostas “persistirá no segundo mandato”
Roberto Stuckert Filho/PR
Inclusão de medicamentos para hipertensão e diabetes na lista de remédios grátis foi a única meta integralmente cumprida
Tai Nalon, especial para o Congresso em Foco
No cada vez mais consolidado quadro de polarização entre Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB), a candidata à reeleição tem sido cobrada a apresentar propostas claras para um eventual segundo mandato presidencial. Mas, diferentemente de Marina, que já apresentou seu programa de governo, a petista está diante de um dado que reporta à eleição de 2010: entre os dez principais temas abordados pela candidata naquele pleito, pode-se dizer que apenas um prosperou. Todos os assuntos pautaram o noticiário àquela época e, no transcorrer da campanha, foram incorporados ao rol de promessas da petista.
A única promessa elencada por Dilma em 2010 e cumprida integralmente, sem relativismos, foi a inclusão de medicamentos para hipertensão e diabetes na lista de remédios grátis. Hoje, segundo dados oficiais, o programa Aqui Tem Farmácia Popular atende a mais de 6,8 milhões de pessoas ao mês. Compromissos de campanha como a construção de seis mil creches e a inclusão de 100% dos pobres na classe média, tidas como duas das principais propostas incorporadas ao programa petista, ficaram no discurso.
Para a disputa deste ano, entretanto, o PT ainda recorre a uma série de projetos que constavam do discurso de Dilma em 2010, quando concorria pela primeira vez ao Palácio do Planalto sob as bênçãos do antecessor, o ex-presidente Lula. É o que mostra o programa de governo da chapa governista protocolado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para os próximos quatro anos (confira as linhas gerais do programa petista).
Ainda que seja uma espécie de rascunho de um plano de governo real, o texto repete grande parte dos pontos defendidos em 2010, planejados durante os quatro anos do mandato, mas incompletos até o momento. Trata-se, entretanto, de uma estratégia calculada pela campanha: relativizar números e mudar o discurso. O mote é “ampliar conquistas”, mesmo que em quatro anos não tenham sido completadas. Oficialmente, a ordem no PT é propagar a ideia de que metas começaram a ser atingidas no primeiro mandato e que serão concluídas na segunda gestão Dilma.
“Busca ativa”
Principal proposta de campanha de Dilma em 2010, a erradicação da extrema pobreza também é apontada por integrantes do governo como um dos grandes trunfos para 2014. Desde o ano passado, o Planalto diz ter zerado a miséria, uma vez que todas as famílias de seu cadastro oficial recebem benefício para superar os R$ 77 per capita da linha extrema pobreza.
O próprio governo ressalva, porém, que ainda existem cerca de 300 mil famílias sem acesso a condições básicas de vida. “Persistiremos, no segundo mandato da presidenta Dilma, guiando nossas ações pelo compromisso de que ‘o fim da miséria é só um começo’”, diz a campanha. A ideia é “ampliar o conceito de ‘busca ativa’”, isto é, o mecanismo de rastreamento de pessoas miseráveis.
Para bater outras metas, o governo mudou ao longo dos últimos três anos e meio o discurso de outras grandes vitrines. Por exemplo, o programa Minha Casa, Minha Vida; o projeto de construir 6.000 creches; e a meta de entregar 10 mil quadras cobertas a comunidades espalhadas pelo país.
Enquanto o anúncio, em 2010, do número de casas, creches ou quadras a ser alcançado vinha acompanhado pelos verbos “construir”, “criar” ou “abrir”, hoje a campanha petista prefere empregar os termos “contratar” ou “autorizar” para dizer que alcançou as metas. Conforme números mais recentes, foram “contratadas” 10.330 obras para construção de quadras e “autorizados” 6.036 projetos para creches. Já sobre o Minha Casa, Minha Vida 2, Dilma tem dito que o programa deverá chegar, para bater a meta, a 2 milhões de contratos até o fim do ano.
ProUni e magistério
Outras promessas que foram exploradas em 2010, mas que não foram levadas a termo neste mandato, são a criação do ProUni do ensino médio e o cumprimento do piso nacional do magistério. O primeiro, idealizado como réplica do ProUni, que oferece bolsas de ensino superior a alunos de baixa renda, foi esquecido. O sucesso do programa universitário é celebrado pela campanha do PT, mas criar uma nova versão está fora dos planos.
Já o cumprimento do piso nacional do magistério – classificado pela então candidata, em 2010, como algo a ser “perseguido” – fracassou. Apontada à época como meta ambiciosa, já que a esfera federal não pode obrigar estados e municípios a pagarem os R$ 1.697 do piso atual, a promessa é tratada como assunto delicado no governo.
O Ministério da Educação tem dito que a pasta “não tem nenhuma responsabilidade legal” nem “possui atribuições legais para fiscalizar e, muito menos, exigir o cumprimento” da lei. Afirma, contudo, que sua equipe “tem contribuído financeiramente na complementação do piso de acordo com legislação, com transferência de recursos para estados e municípios que recebem complementação do Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica]”.
O Congresso em Foco procurou a assessoria da campanha de Dilma para ouvir a candidata à reeleição sobre o assunto. Até o momento não houve resposta. Mas os esclarecimentos serão publicados assim que forem enviados à redação.
6 DICAS IMPORTANTES NA HORA DO VOTO:
September 30, 2014 13:25 - no comments yet1 - Só você pode escolher o seu candidato, ou seja, o voto não pode ser tercerizado. É uma escolha pessoal, secreta e individualizada;
2 - O voto deve obrigatoriamente ser consciente, devendo o eleitor, a partir de critérios próprios estabelecidos, os quais julga importantes, escolher o melhor candidato - ou o menos pior, se for o caso;
3 - Analisar o passado, a história e tudo que está ao redor do candidato escolhido: a) sua vinculação política (Com quem ele está envolvido?); b) sua vinculação e comprometimento econômico (Quanto está recebendo em doações de campanha? De quem está recebendo? Quanto está gastando na campanha eleitoral); c) quais as atividades desenvolvidas pelo candidato em sua vida profissional e privada? Possui processos de corrupção? É um político profissional? Atuou em ações sociais junto à comunidade? O que pensa a respeito de assuntos polêmicos? Etc.
4 - A alternância no poder, em regra, é benéfica e salutar para toda sistema social. É essência do Regime Democrático de Direito;
5 - Tomar muito cuidado com a boataria, fofocas, intrigas, mentiras e mea-verdades plantadas por um partido ou candidatos contra outros. O que vale é a proposta do partido ou candidato para a construção de uma agenda eficiente das políticas públicas, educação, saúde, trabalho, segurança etc; e, não, a preocupação de falar mal e denegrir a imagem dos outros; e
6 - Jamais vote num candidato que está tentando comprar (ou que efetivamente compre) o seu voto. Trata-se, na verdade, de um criminoso, de um bandido que está comentendo o crime de corrupção eleitoral previsto no art. 299 do Código Eleitoral.
Por Affonso Ghizzo Neto, Promotor de Justiça em Santa Catarina.
Oito razões pelas quais o Brasil não assinou “acordo” para preservação de florestas
September 30, 2014 7:49 - no comments yetA “Declaração de Nova Iorque sobre Florestas”, noticiada como acordo internacional para combate ao desmatamento, não representou um acordo oficial da Cúpula do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), encontro que tinha o objetivo de reunir a contribuição dos países participantes com vistas a um acordo para 2015. A declaração, porém, ocorreu sem que houvesse negociação, desviando foco das verdadeiras metas que devem ser objeto de um acordo global, conforme a ministra Izabella Teixeira esclareceu em entrevista exclusiva ao Blog do Planalto.
Dos 130 países que participaram do encontro internacional, 102 não o assinaram, incluindo o Brasil, que tem a maior reserva florestal do planeta e que defende a concretização em 2015 de um acordo verdadeiramente global, com metas objetivas de redução de emissões de gás de efeito estufa e compromisso de proteção das florestas.
Conheça as oito razões pelas quais o País não assinou o documento.

Crise bate à porta da PM
September 30, 2014 6:50 - no comments yetMP vai investigar comando da corporação por suposto recebimento de propinasAna Cláudia CostaSérgio RamalhoO comandante-geral da Polícia Militar, coronel José Luís Castro Menezes, e os oficiais da mesma patente Paulo Henrique de Moraes e Ricardo Coutinho Pacheco, respectivamente chefes do Estado-Maior Operacional e do Estado-Maior Administrativo da corporação, serão investigados em um procedimento criminal militar instaurado ontem pela 2ª Promotoria junto à Auditoria da Justiça Militar, do Ministério Público estadual. O objetivo da investigação é apurar a denúncia de que a cúpula da PM receberia R$ 15 mil por mês de cada um dos 41 batalhões do estado. A assessoria da PM divulgou uma nota informando apenas que os oficiais do comando da corporação estão à disposição para prestar esclarecimentos. O suposto esquema de corrupção foi revelado a promotores do Ministério Público estadual por um sargento que, preso durante a Operação Amigos S.A. no último dia 15, recebeu o benefício da delação premiada. O anúncio do MP sobre a abertura de uma investigação que tem como alvo a cúpula da PM foi feito ontem, um dia depois de o desembargador Giuseppe Vitagliano, titular da Corregedoria Geral Unificada (CGU), informar que, a princípio, não pretendia levantar o patrimônio do comando da corporação. O pedido de investigação havia sido feito pela promotoria da Auditoria Militar. Vitagliano disse que precisava obter mais detalhes sobre o teor da denúncia feita pelo policial delator para decidir se abriria o procedimento. Reunião no palácio guanabara Ontem à tarde, o blog do jornalista Ancelmo Gois no site do GLOBO noticiou que o coronel José Luís Castro Menezes havia sido exonerado do cargo. Mas, à noite, o colunista informou que o comandante da PM se negava a pedir demissão, como queria o governo. Porém, o descontentamento do estado com sua atuação não mudou. Por volta das 19h, uma nota oficial chegou a ser divulgada, e o texto comunicava a permanência de Luís Castro no comando da PM. Mais tarde, o alto escalão da corporação se reuniu no Palácio Guanabara com representantes do governo estadual. Entre os participantes do encontro estavam o secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, o chefe do Estado-Maior Operacional, Paulo Henrique Moraes, e o coronel Luís Castro. O clima era de tensão, segundo fontes do palácio. Ninguém quis confirmar se o governador Luiz Fernando Pezão participou da reunião. A crise na PM se instalou depois do início da operação Amigos S.A., há 11 dias. Vinte e quatro policiais militares foram presos, entre eles o ex-comandante da Coordenadoria de Operações Especiais (COE), coronel Alexandre Fontenelle. De acordo com investigações da própria Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública, o oficial era o chefe de uma quadrilha que exigia propinas de cooperativas de transporte alternativo, mototaxistas, comerciantes e empresários da Zona Oeste. A situação se agravou com o depoimento do sargento da PM que se beneficiou da delação premiada. Nele, além de revelar o suposto pagamento de uma propina de R$ 15 mil de cada batalhão ao Estado-Maior, o policial também deu detalhes sobre o patrimônio de alguns investigados. Eles disse ter ouvido dos majores Edson Pinto de Góes e Nilton dos Prazeres Neto - ambos presos na Operação Amigos S.A. - que comandantes de batalhões repassavam dinheiro à cúpula da PM. Em um dos depoimentos, o sargento ainda informou que os majores identificados como Neto e Edson seriam donos de um depósito de gás próximo à Rua Monsenhor Félix, em Irajá. Ainda segundo ele, o major Edson, um outro oficial e o sargento Eduardo Silveira Alexandria, também presos, seriam sócios de uma agência de veículos. A agência, segundo o delator, é a Força Veículos, que funciona no número 860 da Avenida Intendente Magalhães, em Vila Valqueire. A equipe de reportagem confirmou na Junta Comercial que a Força Comércio de Veículos Ltda. tem como sócio majoritário o sargento Alexandria, com 50% de participação na empresa. Os outros dois sócios, cada um com 25% do negócio, não são policiais. Na tarde de ontem, o coronel José Luís Castro chegou a dar uma entrevista ao GLOBO na qual falou sobre as denúncias que acabaram por atingi-lo. O comandante disse que não temia a investigação relativa aos seus bens e as acusações feitas pelo sargento. Ele informou ainda que, por iniciativa própria, enviou um ofício à Corregedoria Geral Unificada autorizando o acesso irrestrito aos seus dados fiscais, bancários e telefônicos. A medida foi estendida aos seus chefes do Estado-Maior, os coronéis Paulo Henrique de Moraes e Ricardo Pacheco. Questionado sobre um eventual pedido de demissão em razão do desgaste causado pelas denúncias, o coronel garantiu que continuará no cargo e que trabalhará normalmente em seu gabinete. - Não pedi demissão. Continuo no meu cargo. Não vou pedir exoneração de forma alguma - assegurou o oficial. O coronel Luís Castro também fez questão de destacar que já havia pedido a abertura de um Inquérito-Policial Militar (IPM) para apurar as acusações que surgiram com base na Operação Amigos S.A. Segundo o comandante-geral da PM, o inquérito vai ouvir o sargento que fez a delação, os majores presos que estariam envolvidos no esquema e outros oficiais da ativa, assim como policiais da reserva. - Os responsáveis pelo IPM vão conduzir e convocar para depoimentos quem eles acharem necessário. Todo o IPM será controlado pela Auditoria Militar e pelo promotor competente - destacou Luís de Castro. Na opinião do comandante da PM, os depoimentos prestados pelo sargente que fez as denúncias são frágeis. Ele lembrou que as investigações da Operação Amigos S.A. abrangem um período que começou em 2010. O coronel Luís Castro fez questão de destacar que, naquele ano, estava à frente do 33º BPM (Parati), e o comandante do Estado-Maior Operacional, coronel Paulo Henrique de Moraes, comandava o Bope. Já o comandante do Estado-Maior Administrativo, coronel Ricardo Pacheco, era o Inspetor Geral da Guarda Municipal quatro anos atrás. |