Data da ONU lembra perigos do racismo e do preconceito nos dias de hoje
31 de Março de 2013, 21:00 - sem comentários ainda

Por mais de 400 anos, mais de 15 milhões de homens, mulheres e crianças foram vítimas do trágico comércio transatlântico de escravos, um dos capítulos mais sombrios da história da humanidade.
A celebração anual de 25 de março como o Dia Internacional em Memória das Vítimas da Escravidão e do Comércio Transatlântico de Escravos serve como uma oportunidade para honrar e recordar aqueles que sofreram e morreram nas mãos do brutal sistema de escravidão, bem como para aumentar a conscientização sobre a perigos do racismo e do preconceito atualmente.
O tema deste ano – “Livre para sempre: Celebrando a Emancipação” – presta homenagem à emancipação dos escravos nas nações em todo o mundo.

Lei Imperial n.º 3.353 (a “Lei Áurea”), sancionada em 13 de maio de 1888, que extinguiu oficialmente a escravidão no Brasil. Foto: Wikimedia
Este ano é particularmente importante, com muitos aniversários importantes – incluindo os 220 anos desde o decreto da França de emancipação dos escravos no atual Haiti; os 180 anos desde a Lei de Abolição da Escravatura de 1833 que pôs fim à escravidão no Canadá, nas Índias Ocidentais britânicas e no Cabo da Boa Esperança; e os 170 anos da assinatura da lei de escravidão na Índia de 1843.
A escravidão foi abolida também há 165 anos na França; há 160 anos na Argentina; há 150 anos nas colônias holandesas; e há 125 anos no Brasil.

A Proclamação de Emancipação nos EUA, de 1863, pôs fim formalmente à escravidão. Foto: UNESCO
2013 é também o aniversário de 150 anos da Proclamação de Emancipação (foto acima) nos Estados Unidos, que declarou que, em 1o 1° de janeiro de 1863, todas as pessoas mantidas como escravos dentro de quaisquer Estados, ou parte designada do Estado, onde as pessoas se encontre em rebelião contra os Estados Unidos, devem ser, e serão doravante, a partir daí, sempre livres. [Nota: tradução livre para “(...) all persons held as slaves within any States, or designated part of the State, the people whereof shall be in rebellion against the United States, shall be then, thenceforward, and forever free.”]
Saiba todos os detalhes sobre a data, nas seis línguas oficiais da ONU, em www.un.org/en/events/slaveryremembranceday
Leia a mensagem do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, para a data em http://bit.ly/11Dn2ME
Assista ao documentário “A Rota do Escravo – A Alma da Resistência”
Neste filme, a história do comércio de seres humanos é contada através das vozes de escravos, mas também dos mestres e comerciantes de escravos.
Cada um conta sua experiência: da deportação de homens e mulheres para as plantações até o cotidiano do trabalho e os movimentos de abolição.
Brasil: Uso excessivo de prisão e falta de assistência jurídica eficaz preocupam especialistas da ONU
31 de Março de 2013, 21:00 - sem comentários ainda
Atualmente, o Brasil tem uma das maiores populações carcerárias do mundo, com cerca de 550 mil pessoas, das quais 217 mil estão em prisão preventiva. Segundo os peritos, privar as pessoas de sua liberdade é o recurso mais comum utilizado no país, tanto em relação à detenção administrativa quanto no sistema de justiça criminal.

À mesa, da esquerda pra direita: Miguel de la Lama, Secretário do Grupo de Trabalho sobre Detenção Arbitrária; Vladimir Tochilovsky (da Ucrânia), membro do grupo; Roberto Garretón (do Chile), membro do grupo; e Jorge Chediek, Coordenador Residente do Sistema Nações Unidas no Brasil e Representante Residente do PNUD. Foto: UNODC.
O Grupo de Trabalho das Nações Unidas sobre Detenção Arbitrária levantou nesta quinta-feira (28) preocupações sobre o uso excessivo da privação de liberdade e as deficiências na prestação de assistência jurídica eficaz às pessoas presas e detidas. Segundo os peritos, privar as pessoas de sua liberdade é o recurso mais comum utilizado no país, tanto em termos de detenção administrativa quanto no sistema de justiça criminal.
“Existe uma cultura do uso de privação de liberdade como a norma e não como uma medida excepcional reservada para delitos graves, conforme exigido pela normas internacionais de direitos humanos”, disse o especialista em direitos humanos Roberto Garretón ao final da visita oficial de 10 dias ao Brasil.
“Na maioria dos casos criminais, medidas alternativas para detenção não foram aplicadas mesmo nos casos de infrações mais leves”, disse o integrante do Grupo de Trabalho, observando que pequenos delitos como roubo podem resultar em detenção. Atualmente, o Brasil tem uma das maiores populações carcerárias do mundo, com cerca de 550 mil pessoas, das quais 217 mil estão em prisão preventiva.
A dificuldade dos pobres no acesso à justiça foi um tema recorrente durante a visita. A maioria dos que estão em prisões do Brasil são pobres e não podem pagar por uma assistência jurídica eficaz. A assistência jurídica gratuita oferecida por defensores públicos pareceu ser a única opção disponível.
No entanto, observaram os especialistas, o número de defensores públicos no país é severamente inadequado. Os detidos muitas vezes se reúnem pela primeira vez com o defensor público apenas no tribunal na ocasião de uma audiência. Estados como Santa Catarina, Paraná e Goiânia não têm nenhum defensor público.
- Você pode ler a Declaração do Grupo de Trabalho sobre Detenção Arbitrária na íntegra, em inglês e em português, em http://onu.org.br/?p=44410
“Em um país onde a maioria dos presos são pobres e não podem pagar por advogados de sua escolha, é extremamente preocupante que não haja assistência jurídica suficiente disponível para aqueles que precisam”, disse Garretón.
“Encontramos inúmeros casos onde os detidos foram presos, levados para a detenção e tiveram que esperar meses para ver um defensor público”, disse Vladimir Tochilovsky, o outro membro da delegação do Grupo de Trabalho, ressaltando que a longa detenção pré-julgamento também é um problema sério no Brasil. “Ainda pior, alguns esperaram anos antes que eles pudessem ter um julgamento e descobrir quais era as acusações contra eles.”
A necessidade de proteger com rigor o direito dos detidos a um julgamento justo, e também o direito de ser apresentado rapidamente a um tribunal, foi constantemente levantado pelo Grupo de Trabalho em toda a visita.
Ouça também matéria da Rádio ONU clicando aqui ou abaixo:
O Grupo de Trabalho também expressou sérias preocupações sobre prisões e confinamento compulsório de dependentes de drogas. Isto muitas vezes envolvia usuários de drogas jovens, pobres e desabrigados que foram presos, alegadamente em um esforço para “limpar” as ruas. Pressões para reforçar estes tipos de prisões estariam ocorrendo, segundo os relatos, devido aos grandes eventos que o Brasil sediará, como a Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016.
O Grupo de Trabalho advertiu contra prisões feitas com base em discriminação. Também levantou questões em relação à detenção de adolescentes e pessoas com doença mental. O Grupo pediu ao Governo para garantir que a privação da liberdade em todas estas situações estejam em conformidade com as normas internacionais de direitos humanos.
Durante a sua primeira visita oficial ao Brasil de 18 a 28 de março de 2013, o grupo de especialistas independentes designados pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU para investigar alegações de privação arbitrária de liberdade visitou várias instalações de detenção, incluindo prisões, delegacias, centros de detenção para migrantes e instituições psiquiátricas.
A Delegação do Grupo viajou para Campo Grande, Fortaleza, Rio de Janeiro e São Paulo, além de Brasília, onde se reuniu com as autoridades competentes do Executivo, Legislativo, órgãos judiciais nas esferas federal e estadual, bem como organizações da sociedade civil.
A delegação foi composta por Roberto Garretón (do Chile) e Vladimir Tochilovsky (da Ucrânia). Os outros três membros do Grupo de Trabalho são El Hadji Malick Sow (do Senegal), que é o Presidente-Relator; Shaheen Sardar Ali (do Paquistão), que é a Vice-Presidente; e Mads Andenas (da Noruega).
O Grupo de Trabalho vai apresentar o seu relatório sobre a visita ao Conselho de Direitos Humanos da ONU em 2014.
Você pode ler a Declaração do Grupo de Trabalho sobre Detenção Arbitrária na íntegra, em inglês e em português, em http://onu.org.br/?p=44410
A antiga Comissão de Direitos Humanos da ONU estabeleceu este Grupo de Trabalho em 1991 para investigar alegações de privação arbitrária de liberdade. Seu mandato foi prorrogado em 1997, para cobrir a questão da custódia administrativa de imigrantes e de requerentes de asilo. O Conselho de Direitos Humanos prorrogou o mandato do Grupo de Trabalho para um período de três anos em 30 de setembro de 2010. Saiba mais na página do grupo: http://goo.gl/mKrpI ou no folheto informativo em português (clicando aqui).
Informações para a imprensa
Miguel de la Lama, Secretário do Grupo de Trabalho sobre Detenção Arbitrária (+41 79 221 8074 | mdelalama@ohchr.org)
Jolene Tautakitaki (+41 79 217 3009 | jtautakitaki@ohchr.org)
Valéria Schilling (21-2253-2211 / valeria.schilling@unic.org)
Jolene Tautakitaki (+41 79 217 3009 | jtautakitaki@ohchr.org)
Valéria Schilling (21-2253-2211 / valeria.schilling@unic.org)
Direitos Humanos da ONU nas redes sociais:
www.facebook.com/unitednationshumanrights
www.twitter.com/UNrightswire
www.google.com/+unitednationshumanrights
www.youtube.com/UNOHCHR
www.storify.com/UNrightswire
www.facebook.com/unitednationshumanrights
www.twitter.com/UNrightswire
www.google.com/+unitednationshumanrights
www.youtube.com/UNOHCHR
www.storify.com/UNrightswire
Acesse o Índice Universal dos Direitos Humanos:http://uhri.ohchr.org/en
CCJ do Senado aprova manual de conduta de servidor
31 de Março de 2013, 21:00 - sem comentários ainda
QUARENTENA DE SIGILO
Revista Consultor Jurídico
Câmara aprova reserva de ingressos para venda online
31 de Março de 2013, 21:00 - sem comentários ainda
GRANDES EVENTOS
Revista Consultor Jurídico
Barbosa diz que não irá "flexibilizar lei penal"
31 de Março de 2013, 21:00 - sem comentários ainda
JULGAMENTO DO MENSALÃO
Revista Consultor Jurídico
Documentos da ditadura estarão disponíveis na internet
31 de Março de 2013, 21:00 - sem comentários ainda
REGISTRO HISTÓRICO
Revista Consultor Jurídico
Defensoria pública não tem legitimidade para propor ACP
31 de Março de 2013, 21:00 - sem comentários ainda
DESOCUPAÇÃO DO PINHEIRINHO
Revista Consultor Jurídico
Empate beneficia réu em julgamento de Recurso Especial
31 de Março de 2013, 21:00 - sem comentários ainda
IN DUBIO PRO REO
Rodrigo Haidar é editor da revista Consultor Jurídico em Brasília.
Revista Consultor Jurídico,
OAB divulga nomes dos aprovados no IX Exame Unificado
31 de Março de 2013, 21:00 - sem comentários ainda
10,3% DE APROVAÇÃO
Revista Consultor Jurídico
Um terço dos gays não se assume na família e no trabalho
31 de Março de 2013, 21:00 - sem comentários ainda
IBOPE
Principal razão é medo de rejeição; muitos temem por discriminação e chacota, afirma o presidente da ABGLT
Publicado no Super Notícia
LITZA MATTOS
Quase um terço dos homossexuais ou bissexuais brasileiros não assume a sua orientação sexual para a família ou os colegas de trabalho. Perante os amigos, o percentual cai para 12%, revela pesquisa do Ibope Inteligência realizada com 2.363 de internautas em todo o país, entre os últimos dias 11 e 19 de março. Muitos são os motivos que levam os gays a não assumir a sua orientação sexual. O maior medo é o da rejeição da família (57%) e dos colegas de trabalho (32%). Ainda no emprego, 24% temem que a opção sexual interfira na carreira.
"Muitas pessoas ainda ficam no armário porque não querem ser motivo de chacota e discriminação. Rejeição e vergonha todos nós sofremos", diz Toni Reis, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT). "Aconselhamos para que as pessoas se assumam, mas infelizmente tem esse lado da estigma e até da violência. Basta ver inclusive que já fomos chamados de anormais pelo pastor Feliciano e isso atrai o preconceito. Não queremos que as pessoas nos aceitem, para mudar esse comportamento, basta que sejamos respeitados, primeiro temos que ter o reconhecimento da cidadania e dos direitos humanos", afirma Reis.
Para Laure Castelnau, diretora executiva de marketing e desenvolvimento de negócios do Ibope Inteligência, a interpretação detalhada de todos os dados indica para um percentual significativo de pessoas que não se assumiram gays também à própria pesquisa. "Embora apenas 12% se declarem homossexuais e/ou bissexuais, 36% dos entrevistados afirmam ter no mínimo uma pessoa gay na família, mostrando, portanto, que a proporção de homossexuais não assumidos é de fato significativa e que muitas famílias não sabem que há um homossexual entre seus próprios familiares", observa Laure.
Estados empregam 105 mil sem fazer concurso público
31 de Março de 2013, 21:00 - sem comentários ainda
Wilson Dias/Agência Brasil

Governador Marcos Perillo é o que mais emprega funcionários sem concurso público
A primeira pesquisa completa sobre a estrutura burocrática dos Estados, realizada pelo IBGE, revela que os 27 governadores empregavam em 2012, em conjunto, um contingente cerca de 105 mil funcionários que não fizeram concurso para entrar na administração pública. Apenas na chamada administração direta, da qual estão excluídas as vagas comissionadas das empresas estatais, o número de funcionários subordinados aos gabinetes dos governadores ou às secretarias de Estado sem concurso público chega a 74.740.
Do total de 105,5 mil servidores sem concurso nos Estados, quase 10% estão em Goiás. O governador Marconi Perillo (PSDB) abriga em sua burocracia 10.175 funcionários nessa situação, o que o torna líder no ranking desse tipo de nomeações em números absolutos. A Bahia, governada pelo petista Jaques Wagner, vem logo atrás, com 9.240 não concursados.
Ao se ponderar os resultados pelo tamanho da população, os governadores que saltam para a liderança do ranking são os de Rondônia, Confúcio Moura (PMDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), com 937 e 263cargos por 100 mil habitantes, respectivamente. Os oito governadores do PSDB controlam, em conjunto, 37,6 mil cargos ocupados por servidores não concursados. Os quatro governadores do PT, por sua vez, têm em mãos 23 mil vagas. Logo atrás estão os quatro do PMDB, com 21,6 mil.
O peso dos partidos muda quando se pondera a quantidade de cargos controlados por 100 mil habitantes. Nesse caso, o PT passa para o primeiro lugar (75), e o PSDB cai para o quinto (41).
Em teoria, os cargos de livre nomeação servem para que administradores públicos possam se cercar de pessoas com quem têm afinidades políticas e projetos em comum. Na prática, no entanto, é corrente o uso dessas vagas como moeda de troca.
Além de abrigar seus próprios eleitores ou correligionários, os chefes do Executivo distribuem as vagas sem concurso para partidos aliados em troca de apoio no Legislativo ou em campanhas eleitorais. "Os critérios e métodos de composição de governo que servem para a esfera federal se reproduzem nos Estados", observa o cientista político Carlos Melo. "A grande reforma política que poderíamos fazer seria reduzir ao mínimo esses cargos, tanto no âmbito da União quanto no dos Estados e municípios. Faremos? Creio que não. Não interessa ao sistema político."
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Governo quer endurecer punição por ultrapassagem irregular
31 de Março de 2013, 21:00 - sem comentários ainda
ESTADO DE MINAS
![]() | |
Fato corriqueiro na BR-381: imprudência nas ultrapassagens, que muitas vezes acabam em acidentes |
Após endurecer as regras da Lei Seca, elevando a multa e ampliando os meios de prova da embriaguez, o governo federal decidiu apertar o cerco aos motoristas negligentes nos pontos mais críticos das estradas brasileiras: os trechos onde a proibição de ultrapassagem é sistematicamente ignorada. Para isso, técnicos dos ministérios da Justiça e das Cidades elaboram um texto substitutivo ao Projeto de Lei 2.872/2008, que atualiza o Código de Trânsito Brasileiro e que está atualmente na Câmara. O valor da multa por ultrapassagem proibida, pelas novas regras em construção, deve mais que dobrar. Atualmente, varia de R$ 85 a R$ 191, dependendo da infração e do local.
Para que a ideia seja posta em prática, o governo trabalha em parceria com a Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro, que pode apresentar o substitutivo. A expectativa é que, a exemplo da lei que endureceu as punições para quem dirige embriagado, o projeto que trata das ultrapassagens irresponsáveis seja aprovado pelo Congresso Nacional em menos de um ano. O principal argumento do Poder Executivo para encabeçar a empreitada vem das estatísticas da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Segundo o órgão, 44% das mortes nas estradas federais são resultantes de colisões frontais e 15% estão vinculadas a ultrapassagens indevidas.
Os números se referem ao período do carnaval 2013, quando 157 pessoas perderam a vida nas estradas brasileiras. Mas refletem a dinâmica dos acidentes ao longo do ano. Para o secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Marivaldo Pereira, é preciso, em nome do princípio da proporcionalidade, atualizar o valor das multas para as infrações que envolvem ultrapassagem. “As ultrapassagens indevidas têm consequências muito graves, resultam em acidentes com alto nível de mortalidade. Então, é razoável que sejam punidas de maneira mais rigorosa do que são hoje”, destaca Marivaldo. Embora não crave o reajuste a ser considerado no substitutivo, ele destaca que seguirá os parâmetros da Lei Seca.
O atual Código de Trânsito Brasileiro descreve oito infrações que envolvem ultrapassagem. Sem dúvida, porém, a mais perigosa – e que a revisão na lei tentará coibir com mais rigor – é aquela feita pela contramão, em curvas e aclives, onde o motorista não consegue ver quem vem em sentido oposto. Mas a ideia é endurecer a punição para todos os “apressadinhos” que ignoram a faixa amarela contínua pintada no asfalto, que define os trechos nos quais a ultrapassagem é proibida.
Para o deputado Carlos Zaratini (PT-SP), autor do projeto que o governo tenta melhorar, a ultrapassagem de risco é, de fato, um dos problemas mais graves do trânsito brasileiro. “A colisão frontal pode não ser o tipo de acidente que mais acontece. Mas, quando acontece, é praticamente mortal. Assim como a colisão lateral com motocicleta, que é também muito perigosa”, destaca.
Para o deputado, as alterações feitas no projeto pela então relatora da matéria na Comissão de Viação e Transportes, a ex-deputada Rita Camata (PSDB-ES), deixaram o texto pronto para votação. Ele informa, inclusive, que apresentará, na terça-feira, um requerimento de urgência para votação.
Com 28 anos de atraso, policiais militares terão licença maternidade e paternidade
31 de Março de 2013, 21:00 - sem comentários ainda
CCJ regulamenta licenças-maternidade e paternidade para militares
A Comissão de Constituição e Justiça aprovou nesta terça-feira projeto de lei (PL 5896/09) que regulamenta o direito das militares à licença-maternidade, inclusive nos casos de gravidez de risco, e dos militares à licença-paternidade. O texto inclui ainda o direito à licença para adotantes. O objetivo é garantir expressamente esses direitos para a categoria, uma vez que não há regulamentação militar específica sobre o assunto.
Conforme a proposta, apresentada pelo Poder Executivo, a militar tem direito à licença-maternidade de 120 dias prorrogáveis por mais 60, conforme previsto na legislação atual para outras servidoras do Executivo. No caso das adotantes, o projeto garante licença remunerada por 90 dias à militar que adotar criança com até um ano de idade e por 30 dias quando se tratar de criança com mais de um ano. Já o militar que for pai terá direito a licença de cinco dias seguidos.
O relator na CCJ, deputado Luiz Couto, do PT da Paraíba, recomendou a aprovação da proposta. Ele afirmou que a medida vai garantir igualdade entre as militares, que não contam com regulamentação própria do assunto, e as outras servidoras do Executivo.
"Igualdade para as militares grávidas, gestantes ou adotantes. E também assegura a licença-paternidade para os militares, também de acordo com o que determina a lei."
O projeto segue para o Senado, a menos que haja recurso para sua análise pelo Plenário.
A CCJ aprovou também a criação de uma subcomissão especial para debater os avanços, os limites e os desafios da Constituição Federal, que completa 25 anos em 2013.
O colegiado, que será vinculado à CCJ, também deverá elaborar uma agenda de discussões e eventos comemorativos. A sugestão foi feita pelo deputado Alessandro Molon, do PT do Rio.
(De Brasília, Noéli Nobre - rádio Câmara).
Novo modelo de escola no Rio aposta em tecnologia e ensino individualizado
30 de Março de 2013, 21:00 - sem comentários ainda
Instalada na Favela da Rocinha e com planos de expansão, projeto pioneiro de escola municipal com parceria privada tem salas sem paredes ou divisão por séries
RIO - A ausência de paredes entre as salas e o fim da divisão de alunos por idade e série já chamam atenção na escola municipal André Urani, encravada na Favela da Rocinha, Rio de Janeiro. Mas o maior potencial do novo modelo de escola que a prefeitura carioca iniciou neste ano está na tecnologia. E não só pela presença dos computadores em cada mesa, mas pelas ferramentas digitais de ensino que possibilitam que o aluno siga seu ritmo de aprendizagem e os professores acompanhem o que cada um está aprendendo.
Veja também:
Marcos de Paula/AE
Alunos são divididos em grupos de seis, chamados de 'famílias', sem critério de série e idade
Com 180 alunos, a André Urani é a unidade pioneira do Ginásio Experimental de Novas Tecnologias (Gente). O prédio recebeu decoração moderna, com paredes coloridas, pufes espalhados entre estantes de livros e móveis que podem ser arrumados de acordo com a atividade do dia. As carteiras, por exemplo, são encaixadas em grupos.
Além da nova estrutura, o Gente tem chamado a atenção pela proposta inovadora de aulas - estrutura que historicamente teve poucas mudanças. O novo modelo pretende não só representar a chegada do computador à sala de aula, mas uma transformação no processo de ensino.
O educador Rafael Parente, subsecretário de Novas Tecnologias Educacionais da Secretaria Municipal de Educação do Rio, ressalta as possibilidades da personalização. "Podemos acompanhar o que o aluno sabe, é um passo para a aprendizagem adaptativa", diz ele, explicando que o projeto tem uma base teórica com inspirações na pedagogia da presença, avaliação por competências e aprendizado baseada em projetos (veja o glossário ao lado). "O mais importante é a real possibilidade de colocar o modelo em escala."
Opções. Cada aluno segue um itinerário formativo individual, que reúne o que ele precisa aprender. O itinerário tem opções de exercícios e o aluno escolhe o que fará. Todas as semanas eles são avaliados na Máquina de Testes, um programa com questões de diferentes níveis de dificuldade. A máquina registra os níveis alcançados, para garantir a evolução no conteúdo. Se o resultado não for adequado, o aluno recebe uma atenção individualizada.
Algumas aulas têm vídeos, outras remetem a sites externos ou propõem exercícios no caderno. Mas todas as atividades estão vinculadas às matrizes de habilidades da Prova Brasil e aos parâmetros curriculares do Ministério da Educação - a escola atende alunos do 7.º ao 9.º ano.
Apesar de o itinerário ser individualizado, as aulas são sempre colaborativas. Por isso os alunos são reunidos em grupos de seis, chamados de famílias. Três famílias formam um time, com um professor mentor. As famílias foram formadas a partir de avaliações nas quais foram mensurados níveis de liderança, agressividade, espírito colaborativo, entre outras características não cognitivas.
A estudante Camila da Silva, de 15 anos, tem gostado muito das aulas no computador, mas vê no diálogo com os colegas o melhor da nova escola. "Trabalhar em grupo, sem parede, com todo mundo junto, isso é muito legal", diz. Na mesa do lado, Arthur Freitas, de 13, gosta das aulas com jogos, mas faz uma queixa. "É ruim ficar ouvindo o pessoal do lado falar, eles têm de aprender a conversar baixo."
O professor Diego Teixeira, um dos 15 docentes da escola, diz que essa conversa, banida em outras escolas, é a chave do Gente. "O modelo é sempre colaborativo. Primeiro ele consulta o material, depois o colega e só em seguida o professor", diz ele. "Existe uma busca pela autonomia do aluno, em que ele é o centro do processo."
Preparo. A função dos professores é diferente. Quatro deles se espalham entre as famílias - uma mudança em que o professor da disciplina dá lugar a uma atuação polivalente. Trabalhar nessa nova proposta exige uma dedicação diferente, explica a professora Cláudia Ferreira da Costa. "É necessário se preparar mais antes de encontrar os alunos. E não é mais preparar aula, mas atividades. Tudo voltado para o grupo e para o individual, não mais para a turma."
O cronograma de expansão do Gente prevê a replicação do modelo para mais cinco escolas no ano que vem. Cada unidade deve multiplicar para outras 5, chegando a 30 em 2015 e a outras 150 no ano seguinte. O projeto custou R$ 3,5 milhões, sendo que R$ 2,5 milhões vieram de parceiros privados. A secretaria estima em R$ 500 mil o custo de implementação em cada nova escola. Para alcançar novas unidades, parcerias serão fundamentais.
Fonte: Estadão.com