O GLOBO RURAL reportou as bodas de diamante do casal Heck que em 1935 viajou 600km de carroça de Sta. Cruz do Sul (RS) a Tunápolis (SC) para ocupar o seu lote colonial de terra (25 hectares). Eles tiveram 17 filhos e para cada um o velho Heck comprou um pedaço de terra, exigindo de cada filho beneficiado que ele devolvesse o valor investido nele, pagando ao longo dos anos o preço pago pela terra em quilos de porco vivo, que o velho Heck vendia os porcos em pé e assim podia comprar mais terras para os filhos mais novos. Isso é MUTUALISMO e o quilo do porco é uma URV. O quilo do porco serviu perfeitamente para a manutenção dos valores (terra) da família Heck, ele não serviria para nosso propósito de restaurar a Comuna, também não serviria para nós a saca de soja, o valor do CUB ou do saco de cimento. Minha sugestão é no sentido da reserva de valor universal de última instância, que nenhum governo nem corporação tem como manipular o seu valor, que oscila muito em médio prazo, mas apresenta uma estabilidade surpreendente em ciclos de tempo mais longo de 20 anos...