Do Esquerda.net
Na sua coluna do The New York Times, o economista Paul Krugman defende que as propostas do Syriza são perfeitamente razoáveis e que se a posição alemã é que a dívida grega deve ser sempre paga na totalidade, “então essa posição é basicamente louca, e todas as afirmações de que a Alemanha entende a realidade são desmentidas”.
Segundo o economista Prêmio Nobel de 2008, o que o Syriza pretende “é o alívio substancial, mas não escandaloso, do fardo dos excedentes primários (ou seja, os excedentes referentes ao pagamento dos juros), reduzindo as transferências para os credores de 4,5% para 1-1,5% do PIB. Pretendem, igualmente, flexibilidade para alcançar esses mesmos excedentes, através de uma fórmula que inclua mais receita e menos gastos com a austeridade”.
“Todos sabem que a dívida grega não pode ser paga a totalidade”, frisa o economista.
Na opinião de Krugman, a Alemanha não tem qualquer base para rejeitar esta proposta.
“Se a posição alemã é que a dívida deve ser sempre paga na totalidade, sem qualquer alívio substancial, mesmo conseguindo evitar as amortizações da dívida em papel, então essa posição é basicamente louca, e todas as afirmações de que a Alemanha entende a realidade são desmentidas”, defende o Prémio Nobel de 2008.
“A questão neste momento é que o Syriza está a fazer sentido. O próximo passo é com os credores”, remata Paul Krugman.
Grécia tem que deixar de ser “a chaga” da zona euro
Numa entrevista concedida ao Channel 4 esta segunda-feira, o ministro grego das Finanças, Yanis Varoufakis, destacou que o Syriza tem “a determinação de acabar com o alegado ciclo em que a Grécia foi transformada na chaga da zona euro”.
Varoukakis adiantou ainda que acredita que a Grécia chegará a um acordo com os seus congéneres europeus sobre a dívida do país “nas próximas horas ou dias”.
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