da CartaCapital
A ex-senadora Marina Silva defendeu o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. “Não gosto como este debate [sobre legalização do aborto e casamento gay] vem sendo conduzido. Hoje, se tenta eliminar o preconceito contra gays substituindo por um preconceito contra religiosos”, disse a senadora na noite desta terça-feira 14, segundo informações do site do jornal Diário de Pernambuco. “Feliciano está sendo mais hostilizado por ser evangélico que por sua declarações equivocadas.”
Ainda segundo o site do jornal, Marina disse que Feliciano entra neste “jogo de injustiças” e pode se tornar uma das vítimas nesta “inversão de valores”. Ela também disse que gostaria de ver um ateu ser julgado pelo que disse e não pelo fato de ser ateu.
As declarações foram feitas durante uma palestra na Universidade Católica de Pernambuco. Atualmente, Marina roda o Brasil buscando apoio para formar a Rede, partido que deve abrigar sua candidatura à Presidência da República em 2014.
Feliciano causou diversas polêmicas com seus comentários e vem sendo alvo de críticas desde sua eleição à presidência da comissão. Em um discurso durante um congresso evangélico, ele afirmou que a Aids era o “câncer gay”. “A própria ciência revela o predomínio de infecção por esta doença em pessoas manifestamente homossexuais, tanto é verdade que quando se doa sangue na entrevista se for declinada a condição de homossexual essa doação é recusada”, sustentou mais tarde também em seu site.
Em 2011, publicou no Twitter que os descendentes de africanos seriam pessoas amaldiçoadas. “A maldição que Noé lança sobre seu neto, Canaã, respinga sobre o continente africano, daí a fome, pestes, doenças, guerras étnicas!”
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Em tempo
No Estadão, a assessoria de Marina “alega que as declarações foram tiradas de contexto e que a ex-senadora repetiu críticas que costuma fazer ao deputado.”
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