Desde que a Rede Globo iniciou uma campanha midiática pela derrubada do governo eleito com 54 milhões de votos, dando apoio a ilegalidades cometidas pelo juiz Sérgio Moro, iniciou-se também uma campanha violenta nas ruas: pessoas vestidas de vermelho são atacadas, petistas são xingados, sedes de sindicatos são invadidas pela PM, e diretórios do PT e PCdoB são alvos de incêndios.
Nada disso parece deter a marcha da insensatez.
Muita gente aplaude o justiceiro Moro; e a Globo avança na implantação do que muitos especialistas já chamam de uma “ditadura jurídico-midiática”: a mídia decide quem é culpado e quem não é; o juiz abusa de suas prerrogativas, viola sigilo telefônico de advogados, prende sem motivo, e faz justiça seletiva (só um partido é perseguido; os corruptos do outro lado, principalmente do PSDB, são tratados como aliados pelo Judiciário).
Qual limite pra isso?
O que acontecerá se o jogo virar e começarem a acontecer ataques generalizados contra sedes da Globo e da Justiça? Ou agressões a juízes e representantes da emissora golpista?Não é o que ninguém de bom senso deseja. Mas o país está à beira de uma guerra – provocada pela Globo, por Moro e pelos corruptos do PSDB.
Na última sexta, a Globo de Sergipe foi alvejada por tinta vermelha. Não foi um ataque violento, não houve bombas – como as lançadas contra sedes de partidos de esquerda. Mas nas ruas, cresce a hostilidade contra a Globo – emissora identificada com a manipulação e a ditadura.
Abaixo, os líderes do Levante da Juventude explicam o motivo da ação em Sergipe. (Rodrigo Vianna)
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POR QUE JOGAMOS TINTA VERMELHA NA GLOBO?
Por Levante Popular da Juventude Sergipe
Não faz muito tempo, o Brasil sofreu um golpe e enfrentou anos da ditadura civil e militar iniciada em 1964. Nesse período, a Rede Globo surgiu como projeto de comunicação de massa que tinha como objetivo divulgar as mensagem ideológicas dos militares em troca do suporte para construir seu império. Nos últimos dias, às vésperas de completar 31 anos que vencemos a ditadura e retornamos à democracia, uma nova ameaça de golpe já é orquestrada. Os tempos são outros, alguns atores são os mesmos.
Naquele período, a Rede Globo não só ocultou informações sobre a violência cometida pelos militares como também contribuiu com as centenas de sessões de tortura, o desaparecimento de diversos militantes e a morte de todas e todos aqueles que foram executados por lutar pela democracia. Atualmente, o império da comunicação que se tornou o Grupo Globo opera para criar um clima ainda maior de instabilidade política, principalmente frente às movimentações do juiz Sérgio Moro que tem ultrapassam limites legais durante a condução da operação Lava Jato.
Nos últimos dias temos vivido um momento decisivo na história do país e a juventude tem o papel de denunciar quem são nossos inimigos. Por isso, no dia 18 de março, durante as manifestações que ocorreram em todo o Brasil em defesa da democracia e contra o golpe, o Levante Popular da Juventude junto a mais de 30 mil pessoas marcharam em direção às portas da filiada da Rede Globo no estado, a TV Sergipe.
Nós, do Levante Popular da Juventude, deixamos marcado na faixada da TV Sergipe o recado de que não esquecemos o que a Rede Globo e suas filiais fizeram durante a ditadura e que não permitiremos que isto se repita. Escrevemos no símbolo da TV Sergipe “Inimigo da democracia” e derramamos tinta vermelha simbolizando o sangue de todas e todos aqueles que lutaram e morreram contra a ditadura e em defesa da democracia e de uma outra sociedade.
Da mesma forma que essas lutadoras e lutadores do povo que nos inspiram, nós reafirmamos nosso compromisso com a luta do povo brasileiro e nossa disposição em dar nossas vidas para a construção de uma democracia mais ampla e mais profunda, que seja de fato popular e resolva os problemas estruturais do nosso povo. Ao contrário da saída antidemocrática que a Rede Globo e setores de direita apontam como solução para a crise política, econômica e social que vivemos, nós levantamos a bandeira do Brasil e a bandeira da Reforma Política, através de uma Constituinte Popular.
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