Por Ivan Santos, do Bem Paraná
O senador Roberto Requião (PMDB) fez hoje um comentário sobre as acusações envolvendo o deputado federal André Vargas (PT) e lembrou-se de outros fatos envolvendo partidos com o PSDB. “Ecoa fortemente por todo o Paraná o grito desesperado do deputado André Vargas: ‘não me deixem só, não me abandonem neste momento difícil’. Eu vejo mesmo uma falta de solidariedade ao deputado André Vargas. Solidariedade que não faltou a outros companheiros seus. Quando por exemplo eu não concordei com o ‘mecanismo’ de privatização da famosa PPP – Parceria Público-Privada – para construir um trecho da Ferroeste, o PT inteiro saiu do meu governo em defesa da proposta e de quem certamente a fez”, disse, em referência ao ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.
“Quando eu brigava de uma forma duríssima contra o pedágio, uma CPI presidida pelo André Vargas dizia que o pedágio do Paraná era absolutamente legal. Hoje, em véspera de campanha, os petistas dizem que o pedágio do Paraná é um absurdo. Vejam estas contradições e aí vocês podem entender o grito de desespero do André”, afirmou o peemedebista.
“Ao lado destas mazelas do PT que se acumulam, e muitas são verdadeiras, concretas, nós temos que atinar para o fato de que não podemos aceitar a canonização do outro lado, dos acusadores, diz Requião, que não poupa o PSDB de críticas. “Do Aécio Neves, que agora diz que tem que acabar com o Mercosul, que nós temos que estabelecer o livre comércio com o mundo favorecendo os países que quebraram nas mãos dos banqueiros, que não têm mais mercado interno, e que querem transformar o Brasil e a nossa América do Sul numa ampla fazenda produtora de produtos primários e compradora de manufaturados dos Estados Unidos e da Europa”, avalia.
“E eu, na comparação, mazelas de um lado, mazelas de outro, ainda acho, por exemplo, que a nossa presidenta Dilma (Rousseff) é de certa forma a garantia do salário mínimo aumentado e das políticas sociais. Estamos num momento difícil. Mas não vamos canonizar o diabo que se manifesta neste processo”, ironiza Requião.
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