Discussão aças interessante esta da diminuição da idade penal para o menor no link: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/04/reducao-da-maioridade-penal-professora-rebate-senador-em-rede-nacional.html
Enquanto devemos à Educação e Saúde, os “cidadãos” que defenderam a ditadura, os assassinatos e torturas são os primeiros a quererem diminuir a idade penal. Por quê?
Em um evento “não muito interessante em um cemitério”, encontrei Vladimir Palmeira. Saudade “matada” iniciaram-se várias conversas e, em uma delas, Vladimir colocou que o país está envelhecendo, o número de jovens está diminuindo. Concordamos todos e, coloquei que apesar disso, falo para minha filha só pensar em filho quando estiver estabelecida profissionalmente – está na faculdade hoje. Vladimir rindo, me chamou de reacionário de direita, pois quem faz revolução são os jovens, velhos não vão para rua. Imediatamente lembrei-me de uma fala de meu sogro, hoje nos seus 80 e tal anos. Diz ele que sua geração se acovardou e ficou vendo a estudantada apanhando e morrendo na ditadura sem fazer nada.
Voltando ao texto da reportagem, quando a professora fala dos exames que alguns estados dos EUA fazem em menores para avaliar se possuem atitudes de adulto – ela discorda do método. Lembrei imediatamente do livro do Cid Benjamin, “Gracias a la Vida”, na parte que ele lembra o julgamento do César, seu irmão que também pegou em armas. Cesinha era menor de idade e não poderia ser julgado, muito menos por um Tribunal Militar, o que fazer? Chamaram um psiquiatra que atestou a idade mental de Cesinha como a de um homem de 35 anos. Cesinha foi julgado e condenado (já havia sido torturado).
Pergunto eu, não será essa luta pela diminuição da idade penal, mais uma manobra para que se mantenha o status quo da classe que ainda é dominante? As manifestações de junho do ano passado foram puxadas por jovens. Depois apropriada pelos fascistas e pelas mentiras das mídias. Mas foram os jovens que através da rede iniciaram o processo.
Aliás, isto me leva a outro assunto... o Marco Civil da Internet.
Assisti aos debates antes da aprovação e doía ver o “comunista” do Roberto Freire dizendo que teríamos uma internet “cubana” no Brasil. Ele só esqueceu que foi o Sarcosy na França e o Cameron na Inglaterra que defenderam a censura na rede, depois que tiveram que enfrentar manifestações. Esquece ele (esquece nada, ele sabe) que o Obama é que espiona as redes. Aliás a França e Alemanha estudam criar os datacenters europeus, para que os dados da Europa não passem mais pelos EUA. Já aqui, a desculpa para não fazermos o mesmo, era que iria encarecer o serviço para o usuário. Podemos conviver com a espionagem sem problema, principalmente se reduzirmos a idade penal para prender os jovens “terroristas” que se utilizam da Rede.
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