III Encontro do LibreOffice Agita Grande Florianópolis
Settembre 17, 2015 11:53Evento Nacional de Tecnologia Agita Grande Florianópolis
O mundo está em constantes transformações, a cada dia se tem uma percepção maior e melhor do que se é necessário para alcançar o topo.
Tendo isso mente, nada melhor que a liberdade de poder escolher o melhor caminho e fazer com que ele nos leve ao melhor resultado possível.
O ser humano a milhares e milhares de anos vem percorrendo um caminho de transformações e adaptações, tendo em vista viver da melhor maneira possível e usufruir cada vez mais dos recursos que lhes são oferecidos.
O Software Livre pensando numa maior facilidade de levar a informação de uma maneira mais rápida, onde a troca de experiências se torna muito mais ágil, quebra essas barreiras da propriedade e dá ao usuário o livre arbítrio de utilizar todos os seus recursos de maneira livre, sem restrições ou claúsulas de acordo, o usuário pode facilmente prosperar a ferramenta e melhorar seu desempenho cada dia mais.
O Evento do LibreOffice é de suma importância para nossa região, pois é a melhor maneira de levar tanto aos usuários quanto a quem não o conhece, os ideais e novidades sobre o pacote, prosperar a informação e fazer com que atinja o maior número de pessoas possível e assim cada vez mais ele possa melhorar a fim de trazer o melhor resultado para quem o utiliza.
Mas o que é o LibreOffice?
É uma suíte de aplicativos livre para escritório, disponível para Windows, Unix, Solaris, Linux e Mac OS X.
Seja para utilização pessoal quanto profissional, é compatível com as principais suítes de escritório, oferece todas as funções esperadas para o mesmo, como:
Editor de textos, planilha, editor de apresentações, editor de desenhos e banco de dados, exportação para PDF, editor de fórmulas científicas, entre outros.
Como seu código fonte foi liberado, a participação de contribuintes é gigantesca a fim de desenvolvê-lo, dando início ao projeto de desenvolvimento de um software de código aberto.
E já que estamos falando de liberdade, a Software Livre está ai para conceder aos usuários seus direitos de liberdade: os usuários são livres para executar, copiar, distribuir, estudar, mudar e melhorar o software pela disponibilidade do código fonte, bem como a liberdade de copiar e distribuir.
O Encontro Nacional é uma oportunidade para a comunidade brasileira de usuários e desenvolvedores do LibreOffice de interagirem e participarem de palestras e oficinas sobre o tema da Comunidade do LibreOffice, de software livre e do próprio software, em nível de usuário e em nível de desenvolvedor.
Neste evento, serão abordadas técnicas de utilização intermediária das aplicações do LibreOffice, em planilhas, editoração de textos, apresentações, desenhos e banco de dados. Será uma oportunidade para os interessados terem um primeiro contato com o universo do LibreOffice e começarem a utilização profissional das ferramentas.
As palestras abordarão os temas de desenvolvimento de software, padrões abertos de documentos e casos de sucesso na implantação do LibreOffice no setor público e privado. Será uma boa oportunidade de conhecer dicas e soluções para os problemas e desafios de uma mudança de ferramenta de edição de documentos.
Assim como os usuários, que participam no aperfeiçoamento e prospecção do software, contamos com parcerias que também nos alavancam e impulsionam para que o evento seja realizado e cada vez mais, feito com a melhor organização possível.
Para realização do evento, contamos com a ajuda de diversos parceiros, como a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, da cidade de São José, o Conselho Regional de Administração(CRA/SC), da Associação dos Usuários de Informática e Telecomunicações, SUCESU/SC, da Associação de Software Livre de Santa Catarina, Solisc, das empresas Ambiente Livre e Maffeiware, que prestam serviços na área de Software Livre e a sede do evento, Faculdade IES visando o futuro, nos debitaram um voto de confiança apoiando esse evento de suma importância para o crescimento tecnológico de nossa região.
Pensando na melhor maneira de levar ao público todos esses detalhes e fazer com que seus usuários e prospectos a serem, utilizem da melhor maneira possível a suíte, foram convocados os melhores palestrante da área, a fim de transmitir tudo o que o software lhe pode oferecer.
Para mais informações acesse https://encontro.libreoffice.org/palestras e veja os palestrantes e temas que serão abordados.
Conhecimento nunca é demais, e quando se fala do futuro, todo investimento feito, com certeza, trará frutos.
Foi encerrada no dia 14 de Setembro, a segunda etapa das inscrições, nesse terceiro momento, o valor do investimento realizado, passou para R$ 180,00 lembrando que estudantes pagam apenas metade do preço.
Para mais informações sobre a inscrição, valores, etc., acesse: https://encontro.libreoffice.org
Como os usuários de software livre devem se posicionar a respeito do Uber?
Settembre 17, 2015 11:53Nos últimos meses, a mídia vem destacando uma grande briga entre o serviço de transporte de passageiros Uber e os taxistas. Embora esse assunto esteja muito em voga, até agora não vi comentários sobre o tema na cena software livre nacional. De qualquer forma, fiz uma pesquisa e aqui estão minhas conclusões sobre como os usuários de software livre devem se posicionar a fim de serem coerentes com a filosofia GNU.
O assunto Uber desperta muitas polêmicas em todos os países por onde passa. De um lado, taxistas acusam o serviço de operar transportando passageiros sem licença e o fato de que seus motoristas não passam por cursos preparatórios. De outro, os defensores do Uber tiram o deles da reta dizendo que não são um serviço de táxi ou de passageiros, mas apenas uma conexão entre pessoas e motoristas particulares. Há ainda os almofadinhas de internet os quais dizem que o táxi deve se reinventar, sem apontar quaisquer meios de como fazer isso.
O que os taxistas não enxergam é que o Uber é um serviço que, a longo prazo, irá beneficiar a eles próprios. Introduzindo-se um concorrente nesse nicho de mercado monopolizado por força do Estado, o passageiro terá liberdade de escolha (ninguém quer acabar com o táxi, caso isso não tenha ficado claro ainda) e, para continuar no mercado, os taxistas terão de conseguir uma maior qualidade, seja em seu próprio serviço ou nos veículos que utilizam. Por outro lado, sempre há aqueles que acharão mais seguro usufruir de um serviço com um profissional que passou por alguma qualificação, o que pressupõe maiores qualidade e segurança. No final das contas, quem sai ganhando é o consumidor. Ambos podem coexistir pacificamente e um vai ajudando o próximo. É a coevolução.
No entanto, os usuários de software livre devem levar em conta, além desses fatores, a ética do serviço. Em sua página pessoal, Richard Stallman mantém uma lista de motivos de por que devemos evitar o Uber. Dentre eles, podemos destacar:
- O software do Uber não é livre. Para utilizá-lo, você precisa instalar um software não livre em seu smartphone e obtê-lo através de outro software não livre, a Google Play Store.
- Stallman acusa o Uber de exibir carros fantasma em seu mapa. Em entrevista ao Gizmodo, um funcionário da empresa disse que o mapa é apenas um “protetor de tela”. Há evidências de que o problema teria sido corrigido.
- O Uber registra onde você pegou a corrida e para onde você foi. Stallman diz que o governo dos EUA (e provavelmente dos outros países) podem usar essa informação contra você em um processo.
- O aplicativo do Uber rastreia seus usuários e os seus contatos, mesmo quando eles não estão utilizando o serviço. Na China, eles também rastreiam seus motoristas e punem quem se aproxima de protestos.
Logo, apesar de a ideia do Uber ser maravilhosa para o mercado e para nossa liberdade de escolha, o próprio serviço Uber não é ético e, portanto, do ponto de vista da filosofia e da liberdade de software, devemos preferir usar o serviço de táxi onde ele estiver disponível. O ideal seria utilizar um serviço de transporte livre (não necessariamente gratuito), descentralizado e que respeite a privacidade de seus usuários.
Desenvolvendo Games com Software Livre
Settembre 17, 2015 11:53Sou profissional de Clouding Linux, certificado LPI, atuo nesta área a 10 anos.
Hoje estou migrando a minha área de atuação para a área de desenvolvimento de Jogos Digitais e aplicativos. Sou CEO da Startup Game Developers SC (www.gamedeveloperssc.com.br) e do aplicativo que obteve um selo internacional o SC Contra a Dengue (www.sccontraadengue.com.br).
O objetivo da palestra é mostrar as diversas alternativas que existem para se desenvolver Games com Software Livre, além de mostrar exemplos tanto de jogos bem-sucedidos no mercado quanto de jogos indies que usam Software Livre.
Posso também incluir ou fazer uma outra palestra sobre o mercado de Games, Gamefication e serious games, trazendo informações sobre este mercado que a cada dia só cresce mais e mais.
Recentemente palestramos nos eventos TDC Floripa, OlhoCom, GamerCom .
Me coloco a disposição para apoiar e contribuir com o evento.
Obrigado.
Att,
Juliano Cristian
São José - SC
Nota de Falecimento - Luiz Fernando Gomes Soares
Settembre 10, 2015 17:39Faleceu anteontem, no Rio de Janeiro, o professor Luiz Fernando Gomes Soares, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). A notícia pegou todos de surpresa e ainda hoje, pela manhã, era intenso o movimento de amigos e colegas de trabalho no sentido de buscar informações sobre o ocorrido.
Segundo Alex Carvalho Alves, do Departamento de Informática da PUC-RJ, Luiz Fernando estava caminhando na praia, na Barra da Tijuca, no final da tarde, quando sentiu-se mal. Acompanhado da esposa, Iza Haro Martins, ele concordou em ir para o hospital Lourenço Jorge, nas imediações, mas recusou a sugestão de Iza para chamar uma ambulância, preferindo ir no carro da mulher. No caminho, o mal-estar piorou e Iza decidiu pedir a ajuda de uma viatura da polícia para liberar o tráfego, que era intenso. Mesmo com a ajuda da viatura policial, o percurso demorou mais do que o esperado e Luiz Fernando chegou ao hospital já sem sentidos. No Lourenço Jorge, os médicos tentaram reanimá-lo durante 40 minutos, sem sucesso. Luiz Fernando faleceu às 19h40, vítima de infarto fulminante.
Nome de destaque na comunidade científica brasileira, Luiz Fernando era professor titular do Departamento de Informática da PUC-RJ e considerado a maior autoridade sobre TV digital no país – assunto sobre o qual publicou vários livros e artigos no Brasil e no exterior. Com mais de 30 anos de trabalho dedicados à pesquisa, Luiz Fernando era um profissional incansável e extremamente dedicado. Foi o responsável pelo desenvolvimento do middleware Ginga-NCL do Sistema Brasileiro de TV Digital e dedicou-se, também, ao estudo dos sistemas multimídia, hipermídia e de redes de computadores.
Formado em Engenharia Elétrica-Eletrônica (1976) pela PUC-RJ, Luiz Fernando obteve o mestrado (1979) em Engenharia Elétrica pela mesma universidade, assim como o doutorado (1983) em Informática. No exterior, fez pós-doutorado (1985) em Ciência da Computação pela École Nationale Superieure des Télécommunications, de Paris, na França.
Luiz Fernando participou ativamente da criação do Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital (Fórum SBTVD), em novembro de 2006, e foi membro do Conselho Deliberativo do Fórum SBTVD de 2007 a 2012. Atualmente era integrante do Módulo Técnico e coordenador do Grupo de Trabalho Middleware. Era também membro titular da Academia Nacional de Engenharia.
Membro da elite acadêmica do país, com o título de pesquisador 1-A do CNPq, Luiz Fernando publicou aproximadamente 200 artigos acadêmicos e orientou cerca de 90 alunos de Mestrado e Doutorado. Além de atuar no Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital, Luiz Fernando Gomes Soares fazia parte do Comitê Gestor da Internet no Brasil. Também fazia parte do Núcleo de Coordenação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e era Conselheiro da Sociedade Brasileira de Computação, onde chegou a ocupar os cargos de presidente e vice-presidente de 1999 a 2003.
O corpo do professor Luiz Fernando foi velado em 9 de setembro, às 16h30, no Memorial do Carmo, (Rua Monsenhor Manuel Gomes, 287 – Caju – Rio de Janeiro, capela 2) e cremado amanhã, 10, às 18h, no mesmo local. Luiz Fernando Gomes Soares tinha 63 anos e deixa esposa, mãe e dois irmãos.
Repercussões:
Olímpio José Franco, Presidente da SET: “O Ginga não seria possível sem a participação do Luiz Fernando. Com seu falecimento, as comunidades acadêmicas brasileira e mundial perdem uma figura que contribuiu com avanços notáveis no campo da TV digital. ”
José Munhoz, Diretor Executivo da SET: “É uma perda irreparável para a ciência brasileira. Ele teve uma importância substancial na estruturação do padrão brasileiro de TV digital, liderando a comunidade acadêmica nas discussões e no processo de decisão sobre este padrão. O resultado foi inovador e colocou o Brasil na vanguarda tecnológica em TV digital, com um sistema admirado no mundo todo”.
Roberto Franco, presidente do Fórum SBTVD: “Uma figura doce, ativo e sempre disponível, que se tornava combativo quando se tratava de defender a academia e o conhecimento brasileiro. Luiz Fernando além de um dos autores do Ginga, foi um dos seus principais disseminadores, levando uma criação brasileira a se tornar um padrão mundial. Tudo isso em código aberto, uma das suas grandes bandeiras. Sem dúvida será uma perda insubstituível ao Fórum Brasileiro de Televisão Digital e a Academia Brasileira, pois Luiz Fernando era de fato o que pode se chamar de mestre”.
Guido Lemos, professor da UFPB e membro do Conselho Deliberativo (Fórum SBTVD): “O Luiz Fernando era como um pai para mim, foi meu orientador, uma pessoa que viveu para trabalhar para os outros...”
Ana Eliza Faria e Silva, vice-coordenadora do Módulo de Mercado (Fórum SBTVD): “Fico triste com esse falecimento repentino. O Luiz Fernando era uma pessoa muito capaz, muito inteligente e estava supercomprometido com todo o processo de interatividade da TV digital. Era um profissional que se entregava ao trabalho, se comprometia e prestou uma enorme contribuição. ”
André Barbosa, membro do Conselho Deliberativo (Fórum SBTVD): “O Luiz Fernando era considerado um dos maiores nomes no estudo da TV digital no mundo, especialidade dele na questão do middleware. Era o principal nome na PUC do Rio no desenvolvimento de linguagens de computação no mundo. Principalmente na questão de inovação. Tinha um trabalho de oferecer a sociedade na luta contra a exploração. Trabalhou em vários projetos, todos de software livre. Criou várias comunidades Ginga. É uma perda irreparável para o Brasil, para a ciência da computação. É muito grande a falta que ele vai fazer. Algumas pessoas são insubstituíveis e o Luiz Fernando era uma delas. ”
Paulo Henrique Castro, coordenador do Módulo Técnico (Fórum SBTVD): “Uma perda irreparável para o Brasil e para a comunidade científica e acadêmica. O Luiz Fernando foi meu professor e incentivador, devo muito a ele. Foi autor de livros importantes na nossa área. Todos nós sentimos muito a sua perda. ”
Ouvidoria Municipal de Curitiba recomenda o uso de Software Livre
Settembre 7, 2015 9:40No último 31 de agosto, a Ouvidoria Municipal de Curitiba, através de seu Ouvidor Clóvis Veiga da Costa, recomendou à Prefeitura da cidade o uso prioritário de tecnologias que empreguem softwares livres. A recomendação ainda abrange a substituição gradual dos softwares proprietários utilizados nos órgãos municipais.
Dentre as alegações para sua decisão, Costa argumenta que as tecnologias com licenças proprietárias:
• Impedem a modificação e melhoria do sistema, limitadas pelo fornecedor e pelo contrato de manutenção, se houver e durante o prazo definido.
• Impedem a contratação de outras empresas para manutenção e melhorias do sistema.
• Impedem a colaboração e compartilhamento com outros órgãos interessados pelo mesmo sistema.
• Impedem a contrapartida de outros órgãos que poderiam colaborar com o sistema caso houvesse acesso ao código fonte.
• Impedem a auditoria do funcionamento interno do sistema.
Considerando que software pago com dinheiro público deveria ser também software público, o Ouvidor recomendou à administração da cidade que "utilize prioritariamente software livre para atender necessidades de sistemas de informação. Ainda, que planeje a contratação do desenvolvimento de sistemas de informação com licença livre substituindo gradualmente sistemas com licença de uso. Também que a licitação para a contratação de Solução Integrada de Gestão para a Iluminação Pública do Município de Curitiba inclua clausula determinando que o sistema seja multiplataforma e com licença livre. Por fim, que as contratações de sistemas desenvolvidos pelo Consórcio de Informática na Gestão Pública Municipal – CIGA sejam prioritariamente sob licença livre."
Que mais cidades sigam o exemplo de Curitiba! o/
Leia abaixo o texto da recomendação na íntegra:
Ouvidoria Municipal de Curitiba - RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA Nº 04/2015
A OUVIDORIA DO MUNICÍPIO DE CURITIBA, por meio de seu Ouvidor adiante assinado, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 64 da Lei Orgânica do Município de Curitiba e artigo 3º da Lei nº14223 de 2013,
CONSIDERANDO a dificuldade de auditoria em sistemas contratados sob um regime de licença de uso, como foi o caso amplamente noticiado sobre o sistema de bilhetagem usado pela URBS;
CONSIDERANDO que o novo sistema de bilhetagem ainda é fechado, permitindo apenas acesso aos dados, restringindo conhecimento quanto à forma como os dados são processados;
CONSIDERANDO que a Instrução Normativa:”Dispõe sobre o processo de contratação de serviços de Tecnologia da Informação pela Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional” recomenda a contratação de sistemas livres e disponibilização dos sistemas no Portal do Software Público Brasileiro;
CONSIDERANDO as leis estaduais que favorecem a contratação de software livre, sistemas abertos e multiplataforma por órgãos estaduais, [lei14058.2003], [lei14195.2003];
CONSIDERANDO a recomendação dos Padrões de Interoperabilidade do Governo Eletrônico – e-ping, [eping.2015] por adotar preferencialmente padrões abertos em especificações técnicas e priorizar o uso de software livre ou software público;
CONSIDERANDO que a aquisição de software livre não fere o princípio da isonomia e tem a ver antes com o princípio da eficiência, segundo Estudo Sobre Software Livre da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas – Rio de Janeiro [fgv.softlivre.2005];
CONSIDERANDO a característica inerente a sistemas disponibilizados com licença livre que permite a execução para qualquer propósito, o estudo do funcionamento do software, a redistribuição de cópias e a modificação e redistribuição das modificações [wiki.sl.2015]. Tal característica possibilita a otimização do investimento de recursos públicos, pois outros órgãos podem se beneficiar desse software e aprimorar o software, devolvendo o software aprimorado ao compartilhar as modificações;
CONSIDERANDO que a aquisição de software disponibilizado sob licença de uso, normalmente exige a compra de licença de uso de sistema operacional, na grande maioria das vezes o software licenciado para uso é limitado a apenas uma plataforma, esta aquisição pode inclusive ser considerada venda casada;
CONSIDERANDO o iminente ingresso do Município de Curitiba no Consórcio de Informática na Gestão Pública Municipal - CIGA que tem por objetivo o desenvolvimento, implantação, capacitação, manutenção e suporte de sistemas de tecnologia da informação;
CONSIDERANDO o processo licitatório, PE 224/2015 SMOP, aguardando inicio para Contratação de Empresa para fornecimento de Solução Integrada de Gestão para a Iluminação Pública do Município de Curitiba, através de Pregão Eletrônico com contrato com prazo de execução de 12 (doze) meses e vigência 12 (doze) meses com valor total do processo de R$ 2.048.685,82.
CONSIDERANDO que na lei que cria o Conselho Municipal de Inclusão Digital, [lei13204.2009] em seu art. 5º inciso III, consta a opção preferencial por software livre como princípio de Política Municipal de Inclusão Digital;
CONSIDERANDO que sistemas fornecidos com licença de uso:
• Impedem a modificação e melhoria do sistema, limitadas pelo fornecedor e pelo contrato de manutenção, se houver e durante o prazo definido.
• Impedem a contratação de outras empresas para manutenção e melhorias do sistema.
• Impedem a colaboração e compartilhamento com outros órgãos interessados pelo mesmo sistema.
• Impedem a contrapartida de outros órgãos que poderiam colaborar com o sistema caso houvesse acesso ao código fonte.
• Impedem a auditoria do funcionamento interno do sistema;
CONSIDERANDO que software pago com dinheiro público deveria ser também software público;
RESOLVE RECOMENDAR à Prefeitura de Curitiba que utilize prioritariamente software livre para atender necessidades de sistemas de informação. Ainda, que planeje a contratação do desenvolvimento de sistemas de informação com licença livre substituindo gradualmente sistemas com licença de uso. Também que a licitação para a contratação de Solução Integrada de Gestão para a Iluminação Pública do Município de Curitiba inclua clausula determinando que o sistema seja multiplataforma e com licença livre. Por fim, que as contratações de sistemas desenvolvidos pelo Consórcio de Informática na Gestão Pública Municipal – CIGA sejam prioritariamente sob licença livre.
Curitiba,
31 de agosto de 2015
Clóvis Veiga da Costa
Ouvidor Municipal