OpinIão do Anahuac: Linux Foundation mata o GNU
21 de Dezembro de 2015, 15:05Acontecimentos recentes precisam acionar todos os alarmes do ativismo cibernético. O golpe final está muito próximo. O algoz é a Linux Foundation e a vítima é o GNU. O plano tem se baseado na repetição incansável de que o sistema operacional livre, que é um marco tecnológico, se chama Linu, nasce em 1991 e se baseia nos conceitos revolucionários do Open Source. E onde está o GNU que nasceu uma década antes? Não sou eu quem está fazendo uma acusação leviana, é a própria Linux Foundation quem o diz em seu documentário "O mundo sem Linux" [1]. Trata-se de uma animação em seis episódios, feita com primor e precisão cirúrgica para convencer até os velhos ativistas de que o GNU nunca existiu.
Qualquer pessoa que não conhecer a história toda e vir esse documentário da Linux Foundation terá certeza absoluta que tudo começou em 1991 e não saberá nem que um dia existiu o GNU.
A força da repetição, levada a uma escala global é impossível de deter. Nobres significados já foram subvertidos antes, como o termo "hacker" que virou sinônimo de bandido digital pelo simples interesse de colocar todos, os bandidos e os questionadores, no mesmo balaio. Questionar, aprender, testar, compartilhar e colocar o "status quo" em uma posição incômoda não é crime. Mas incomoda. O mesmo acontece com a marca Linux, sendo repetida a exaustão para remover os conceitos ideológicos que o GNU carrega em si. Matar o GNU é matar a contraposição provocada pela liberdade do código. Foi exatamente com o objetivo de eliminar esse incômodo que a OSI foi criada.
Mas esse é um enredo bem conhecido e, infelizmente, ignorado pela maioria dos envolvidos em tecnologia. É como se eliminar o GNU fosse algo "cool", bacana, legal, simples. Quantas vezes tive que ouvir que dizer GNU/Linux era difícil e que ajudava mais na aceitação do novato dizer apenas Linux. Bom, hora de assumir sua parcela de culpa na tentativa de extinção do GNU.
Alerta vermelho!
A Linux Foundation diz que a Microsoft será uma grande parceira
Como assim? Simples: no pensamento OSI o que realmente importa é o acesso ao código, no limite necessário, para melhorar os meios de produção de tecnologia. Mais rápido, eficiente, com mais qualidade e muito mais barato. Trata-se de um modelo de negócios e se a Microsoft aderir a esse modelo, que mal há? Não acredita? Leia matéria original direto da linux.com [2]
O Linux não é Open Source
O que dirá Software Livre então? Nem pensar! O professor Rodolfo Pilar deixa isso muito claro neste artigo que ele mesmo intitulou de "El kernel Linux no es libre" [3]. É um texto pequeno, frio e calculista. Ele baixa o Linux. olha os fontes e encontra código não livre. Simples e preciso. Nenhum lero-lero ideológico. Não deixe de conferir.
O que mais você precisa para perceber que se não fizermos algo o GNU será extinto? Se não agirmos rápido permitiremos que os valores difundidos pela FSF e pelo GNU, de que o acesso ao código deve empoderar os usuários para inverter a relação entre esses e os produtores de tecnologia, serão suplantados pela outra ideologia, que defende o acesso ao código como um pilar para meios de produção mais eficientes.
Perceba que não se tratam de ações isoladas e desconexas. Fica cada vez mais evidente que é uma ação deliberada para extinguir o Software Livre, suplantando-o pelo Open Source. Uma pesquisa rápida demonstrará que o termo "Open" tem sido usado mundialmente como sinônimo de "livre". Mas não significam a mesma coisa, não tem o mesmo peso ideológico, não se baseiam nas mesmas premissas e não reagem na sociedade da mesma forma. Open/Aberto defende meios de produção e Free/Livre buscam mudar a sociedade em busca de um Mundo melhor. Como o "status quo" não tem interesse em mudanças que alterem as relações de poder, então o Open/Aberto é estimulado como uma versão mais suave de liberdade. Assim, subitamente parece que o mundo todo aderiu ao "Open": Open Mind, Open Data, Open Office, Open House e por ai vai.
Que fique claro: algo aberto não é necessariamente livre. E é exatamente dessa dubiedade que o "status quo" se alimenta. Vende liberdade, mas fornece prisões.
O que fazer?
Algumas ações são mais simples que outras, mas todas são possíveis e qualquer uma delas, mesmo que seja uma só, fará toda a diferença. Lembre-se que sua participação é fundamental.
Diga somente GNU! Não se refira mais ao sistema operacional como Linux. Minha sugestão é que você sequer diga GNU/Linux. Mesmo que você não concorde plenamente, neste momento, ajuda muito se fizermos um esforço para reforçar o GNU. Estamos tentando virar o jogo, lembra? E depende muito apenas de você e de cada um de nós. Por que? Oras, porque quando você disser GNU, o desavisado não saberá ao que você se refere e essa é a oportunidade para falar sobre liberdade, compartilhamento que revoluciona e como essa ação tem o poder de transformar a sociedade. Linux? Isso é só mais um programa de computador que nem sequer é livre.
Não use mais o Tux. Adote outros mascotes para referenciar seu apreço pelo Software Livre. O Tux é o logo do Linux. Linux não é livre. Portanto esqueça o Tux. A fauna do Software Livre é imensa e com certeza você vai encontrar um outro animal que lhe agrade. Na dúvida, opte pelo próprio GNU.
Não use Linux. Existe um conjunto de distribuições GNU [4] que não usam Linux: Trisquel, Parábola e gNewSense são alguns exemplos. Esses sistemas operacionais usam um kernel chamado linux-libre [5], um Linux "desentuxicado" e mantido pela FSFLA.
É claro que a lista poderia ser muito mais longa, mas se você se comprometer a fazer apenas uma delas, podemos reverter o cenário e evitar a extinção do GNU.
Seja um "Amigo do GNU", seja #maisGNU!!!
Saudações Livres!
Links do texto
1 - http://www.linuxfoundation.org/world-without-linux
2 - http://www.linux.com/news/featured-blogs/158-jim-zemlin/871996-linux-foundation-and-microsoft-a-great-start-to-a-great-partnership
3 - https://pilas.guru/20151207/el-kernel-linux-no-es-libre/
4 - https://www.gnu.org/distros/free-distros.html
5 - http://www.fsfla.org/ikiwiki/selibre/linux-libre/
Campus Party Reúne Atividades Livres em 2016
21 de Dezembro de 2015, 13:05
A Campus Party realizará em janeiro de 2016 sua nona edição em território brasileiro. Considerada como uma das maiores experiências tecnológicas do mundo nas áreas de Inovação, Criatividade, Ciência, Empreendedorismo e Entretenimento Digital, o evento, que reúne cerca de 8 mil amantes da tecnologia, está planejando uma série de palestras, oficinas e debates envolvendo software e tecnologias livres. Confira abaixo algumas das atividades:
Criando Minha Própria Nuvem em um Servidor Web Linux
http://campuse.ro/events/campus-party-brasil-2016/talk/criando-minha-propria-nuvem-em-um-servidor-web-linux
Hackerspaces Feministas - Reduzindo a Desigualdade de Gênero na Tecnologia
http://campuse.ro/events/campus-party-brasil-2016/talk/hackerspaces-feministas-reduzindo-a-desigualdade-de-genero-na-tecnologia
Software Livre como Ferramenta para Inclusão de Mulheres na Tecnologia
http://campuse.ro/events/campus-party-brasil-2016/talk/o-software-livre-como-ferramenta-para-a-inclusao-de-mulheres-na-tecnologia
Programação com Interfaces QTC
http://campuse.ro/events/campus-party-brasil-2016/talk/programando-interfaces-com-qtc
Análise de Tráfego com Redes TCPIP
http://campuse.ro/events/campus-party-brasil-2016/workshop/analise-de-trafego-em-redes-tcpip-com-tcpdump
Artes Gráficas com Software Livre
http://campuse.ro/events/campus-party-brasil-2016/workshop/artes-graficas-com-software-livre-1
Conhecendo na Prática o Trisquel GNU/Linux
http://campuse.ro/events/campus-party-brasil-2016/workshop/conhecendo-na-pratica-o-trisquel-gnulinux
Criptosanta - Entendendo a Navegação Anônima
http://campuse.ro/events/campus-party-brasil-2016/workshop/criptosanta-entendendo-navegacao-anonima
Desenvolvendo Streaming de Vídeo com Python
http://campuse.ro/events/campus-party-brasil-2016/workshop/desenvolvendo-streaming-de-video-com-python
Edição de Vídeo com Software Livre
http://campuse.ro/events/campus-party-brasil-2016/workshop/edicao-de-video-com-software-livre
Instalando e Personalizando o Debian GNU/Linux
http://campuse.ro/events/campus-party-brasil-2016/workshop/instalando-e-personalizando-o-debian-gnulinux
Introdução à Programação com Ruby on Rails
http://campuse.ro/events/campus-party-brasil-2016/workshop/introducao-a-programacao-com-ruby-on-rails
Mini Curso GNU/Linux
http://campuse.ro/events/campus-party-brasil-2016/workshop/mini-curso-gnulinux-cpbr9
A Campus Party acontece de 26 a 31 de janeiro, no Centro de Convenções Anhembi em São Paulo.
Mais informações: http://brasil.campus-party.org
Janeiro tem @ConexoesGlobais com Manuel Castells no Fórum Social Mundial 15 anos
16 de Dezembro de 2015, 18:19O #ConexõesGlobais Cidades Democráticas é uma atividade integrante do Fórum Social Mundial 15 anos, que acontecerá dias 22 e 23 de janeiro, em Porto Alegre e será realizada pela Associação do SoftwareLivre.org. O evento promoverá um grande encontro entre ativistas, gestores públicos e acadêmicos com o objetivo de favorecer um diálogo aberto, horizontal e propositivo entre as novas formas de participação dos movimentos sociais em rede e as cidades democráticas.
Manuel Castells já está confirmado
Castells é catedrático de Sociologia e de Urbanismo na Universidade da Califórnia em Berkeley. É também catedrático de Sociologia na Universitat Oberta de Catalunya e catedrático de Tecnologia de Comunicação e Sociedade na University of Southern California, Los Angeles. Segundo o Social Sciences Citation Index 2000-2014, Castells é o quinto acadêmico das Ciências Sociais mais citado no mundo e o acadêmico das Tecnologias da Informação e Comunicação mais citado. Suas pesquisas acadêmicas e elaborações tratam da formação de uma nova sociedade, a sociedade em rede, e a transformação do poder pelos processos de comunicação na era digital.
Conferência Magistral #FSM15anos: dos movimentos por outra globalização aos movimentos sociais em rede
A conferência tratará de um balanço entre os movimentos sociais por outra globalização, protagonistas do Fórum Social Mundial no início do século e os novos movimentos sociais em rede. Nestes últimos quinze anos aprofundaram-se as mudanças políticas e sociais provocadas pela Internet e começaram a alterar a forma de organização dos movimentos. Agora "a Internet não é mais um componente de comunicação, é o próprio corpo do movimento". No lugar das organizações sociais constituidas, temos agora um movimento em rede sem intermediários. Se não há intermediários, não há representação. A identidade coletiva é construída diretamente nas conexões humanas que se formam e viralizam nas redes digitais e transbordam para as ruas. São movimentos de multidões multimídia com grande capacidade de comunicação autônoma. É um fenômeno social que sem a Internet não ocorreria. Pelo menos desta forma, nesta dimensão e nesta velocidade. A mais recente obra do Manuel Castells “Redes de Indignação e Esperança” aprofunda uma investigação sobre os elementos comuns dos movimentos de revoltas, protestos e revoluções que sacodem o mundo desde 2011 e traça um panorama de sua perspectiva na atual conjuntura. Conferência imperdível para quem deseja compreender melhor o mundo em que vivemos.
Assista o teaser com o conceito do evento e imagens das edições anteriores:
O Conexões Globais é um evento criado em 2012 com o objetivo de promover um grande encontro entre a #culturadigital e a cultura popular. Espaço de diálogo sobre os movimentos sociais em rede, novas formas de participação e novas midias. O formato inovador cativou o público e mobilizou as redes. O Conexões Globais contou com edições em 2012, 2013 e 2014 e teve sua metodologia adaptada a outros grandes eventos:
- Arena Socioambiental (RJ, 2012), durante a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável - Rio+20
- Feira Brasil Rural Contemporâneo (RJ, 2012)
- Cúpula Social do Mercosul (Brasília, 2012)
- #ArenaNETmundial (SP, 2014), em paralelo ao #netmundial.
O Conexões Globais Cidades Democráticas é uma atividade da Associação SoftwareLivre.Org (ASL)) no Fórum Social Porto Alegre e acontecerá dias 22 e 23 de janeiro na Vila Flores
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Ministério Público do Paraná migra para o LibreOffice!
16 de Dezembro de 2015, 18:19OMinistério Público do Paraná mudou seu pacote de softwares de escritório. Com isso, todos os integrantes da Instituição deixam de utilizar os programas do MS-Office (Word, Excel e PowerPoint), que está sendo substituído pelo LibreOffice (Writer, Calc e Impress), um conjunto de softwares livre e gratuito.
Estima-se que a mudança permitirá economia de R$ 1,2 milhão, por ano, à Instituição. Estes recursos serão utilizados na atualização e no aprimoramento dos equipamentos de informática do MP-PR.
FerramentasAlém disso, essa mudança possibilita a padronização na geração, no armazenamento e na troca de documentos, visto que o formato de arquivo do LibreOffice é aberto, público e aprovado como norma da Organização Internacional para Padronização (ISO). Isso significa que o pacote poderá ser implementado ou adaptado independente de haver algum tipo de pagamento ou licença de uso restrito.
O formato aberto garante, no futuro, o acesso e a preservação de documentos gerados pela Instituição, o que poderia não ocorrer com arquivos de programas de domínio privado (como os da Microsoft). A medida também vai ao encontro do que vem sendo adotado por diversas unidades do Sistema Nacional de Justiça e do Ministério Público brasileiro – a exemplo do CNMP –, que já utilizam o LibreOffice.
O LibreOffice é composto por programas simples de usar. E a mudança não implicará em perda de nenhum documento já existente e salvo nos formatos atualmente utilizados, como os produzidos pelo Word, Excel e PowerPoint. Esses arquivos poderão ser abertos e alterados nos novos programas.
O principal desafio neste início, portanto, será com a adaptação: membros, servidores e estagiários precisarão absorver as diferenças das novas ferramentas do LibreOffice e, importante, converter os arquivos que se encontram em formatos proprietários (como .doc e .docx) para formatos abertos (como .odt). Para isso, há acompanhamento técnico do Departamento de Tecnologia da Informação (DTI), bem como apoio e capacitação permanente, bem como apoio e capacitação permanente do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf).
Também para contribuir com a adaptação de todos os integrantes do MP ao novo pacote de softwares, foi disponibilizada esta página, no site institucional, contendo orientações de uso, material de apoio e respostas a algumas perguntas frequentes relacionadas ao LibreOffice. Além disso, boletins eletrônicos são encaminhados periodicamente aos e-mails institucionais, com as principais dicas de utilização da nova ferramenta, e o Ceaf oferta cursos de capacitação sobre as funções dos programas.
O processo de migração iniciou em maio de 2015, com a instalação da versão mais atualizada do LibreOffice, oferecendo-se tempo de adaptação ao novo software antes da retirada do MS-Office. Em julho iniciou-se a capacitação de 850 integrantes do MP-PR, que participaram do curso “Conhecendo o L ibreOffice – Writer – 1.ª Edição”, ofertado, na modalidade à distância, pelo Ceaf, bem como dos cursos “Conhecendo o LibreOffice – Impress e Mala Direta – 1ª edição”, disponibilizado em agosto, “Conhecendo o LibreOffice – Calc Básico”, oferecido em setembro, e “Conhecendo o LibreOffice – Calc Avançado”, ofertado em outubro de 2015.
Em um segundo momento, a capacitação ampliou-se para todos os integrantes do MP-PR, disponibilizando-se três edições dos cursos de Writer, Impress, Mala Direta e Calc Básico e duas edições do curso de Calc Avançado.
Por fim, no mês de setembro de 2015, a migração foi estendida para toda a Instituição. Espera-se que até o final de 2015, todos os integrantes do MP-PR estejam utilizando exclusivamente o LibreOffice.
Conexões Globais Cidades Democráticas acontece durante o Fórum Social Mundial em 2016
15 de Dezembro de 2015, 16:42O Conexões Globais - Cidades Democráticas é uma atividade integrante da edição comemorativa de 15 anos do Fórum Social Mundial, que acontecerá dias 22 e 23 de janeiro, e será realizada pela Associação Software Livre.Org no espaço cultural Vila Flores, na Zona Norte de Porto Alegre. O evento promoverá um grande encontro entre ativistas, gestores públicos e acadêmicos com o objetivo de favorecer um diálogo aberto, horizontal e propositivo entre as novas formas de participação dos movimentos sociais em rede e os espaços urbanos.
Manuel Castells já está confirmado para o Conexões Globais no Fórum Social Mundial 15 anos!
Castells é catedrático de Sociologia e de Urbanismo na Universidade da Califórnia em Berkeley. É também catedrático de Sociologia na Universitat Oberta de Catalunya e de Tecnologia de Comunicação e Sociedade na University of Southern California, Los Angeles. Segundo o Social Sciences Citation Index 2000-2014, Castells é o quinto acadêmico das Ciências Sociais mais citado no mundo e o acadêmico das Tecnologias da Informação e Comunicação mais citado. Suas pesquisas acadêmicas e elaborações tratam da formação de uma nova sociedade, a sociedade em rede, e a transformação do poder pelos processos de comunicação na era digital.
Em 2016, as conferências e atividades do Fórum Social Mundial serão realizadas no Parque Farroupilha (Redenção), no Auditório Araújo Viana e no Largo Zumbi dos Palmares, enquanto o tradicional Acampamento da Juventude volta ao Parque Harmonia. A caminhada de abertura, com a participação de convidados nacionais e internacionais, já teve seu trajeto definido: o grupo sairá do Largo Glênio Peres, vai seguir pela Borges de Medeiros e terminar no Largo Zumbi. A organização espera um público de 20 mil pessoas.
O já renomado Fórum Social Mundial é um espaço de debate democrático de idéias, aprofundamento da reflexão, formulação de propostas, troca de experiências e articulação de movimentos sociais, redes, ONGs e outras organizações da sociedade civil que se opõem ao neoliberalismo e ao domínio do mundo pelo capital e por qualquer forma de imperialismo. O primeiro FSM aconteceu em 2001 e foi seguido de um processo mundial de busca da construção de alternativas às políticas neoliberais. Esta definição está consagrada na Carta de Princípios do FSM. O Fórum Social Mundial é também é caracterizado por sua pluralidade e diversidade. Tem o propósito de facilitar as associações, descentralizadas e em redes, de associações e movimentos engajados, tanto a nível local ou internacional, em ações concretas para a construção de um outro mundo, sem pretender no entanto encarnar uma entidade representativa da sociedade civil global. O Fórum Social Mundial (FSM) é um evento altermundialista organizado por movimentos sociais de muitos continentes, com objetivo de elaborar alternativas para uma transformação social global. Seu slogam é Um outro mundo é possível.
Conferência Magistral FSM15anos: dos movimentos por outra globalização aos movimentos sociais em rede
A conferência tratará de um balanço entre os movimentos sociais por outra globalização, protagonistas do Fórum Social Mundial no início do século e os novos movimentos sociais em rede. Nestes últimos quinze anos aprofundaram-se as mudanças políticas e sociais provocadas pela Internet e começaram a alterar a forma de organização dos movimentos. Agora "a Internet não é mais um componente de comunicação, é o próprio corpo do movimento". No lugar das organizações sociais constituidas, temos agora um movimento em rede sem intermediários. Se não há intermediários, não há representação. A identidade coletiva é construída diretamente nas conexões humanas que se formam e viralizam nas redes digitais e transbordam para as ruas. São movimentos de multidões multimídia com grande capacidade de comunicação autônoma. É um fenômeno social que sem a Internet não ocorreria. Pelo menos desta forma, nesta dimensão e nesta velocidade. A mais recente obra do Manuel Castells “Redes de Indignação e Esperança” aprofunda uma investigação sobre os elementos comuns dos movimentos de revoltas, protestos e revoluções que sacodem o mundo desde 2011 e traça um panorama de sua perspectiva na atual conjuntura. Conferência imperdível para quem deseja compreender melhor o mundo em que vivemos.
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