Sem forças para conspirar, imprensa reclama da democracia
May 28, 2012 21:00 - no comments yet
Dilma e o cio da terra
May 25, 2012 21:00 - no comments yet
Os vetos feitos pela presidente da República, no exercício de prerrogativas constitucionais, à legislação que lhe submeteu o Congresso Nacional para a regulação de áreas ambientalmente protegidas em propriedades rurais de todo País, está fadado a impor-se à resistência dos deputados a quem foram dirigidos.
Não se trata de discutir tecnicalidades sobre o assunto, como aquelas que brandem os interesses corporativos e econômicos ligados à grande empresa agrícola e aos interesses fundiários.
A matéria submetida à presidente opõe duas esferas de vontades, irreconciliáveis nos termos da legislação emergida do Congresso e levada à sanção presidencial: a de 60% da população brasileira que vive em cidades contra a parcela minoritária que vive no interior do País, pulverizada em tantas diferentes visões impossíveis de auscultar.
Os vetos da presidente é o que quer a maioria dos brasileiros e parte preponderante dos povos do mundo. Que se preserve as nascentes, margens de rios e áreas vulneráveis como topos de morros, assegurando espaço satisfatório à vida vegetal, deveria já ser clausula pétrea da Constituição Federal e recomendação expressa da Organização das Nações Unidas.
O veto vem de encontro àquilo que deseja a sociedade, por essa razão não haverá apoio político o bastante para removê-lo em nova apreciação do Legislativo ou mesmo para alterar-lhe o sentido por meio de mudanças do Decreto que substituiu a matéria vetada.
Tão certo quanto a derrota dos interesses que se colocaram contra a vontade da nação nesse embate, foi o crescimento político da presidente da República que já vinha gozando de índices de popularidade expressivos.
Mais que a figura da mandatária, fortalece-se o significado do presidencialismo para o brasileiro frente outra forma alternativa de organização dos poderes da República baseada na força do parlamento, o parlamentarismo.
Estivéssemos agora sob a égide desse sistema de governo, que é bandeira programática do principal partido de oposição, o PSDB, e o Brasil daqui a dez anos incorreria em desastrosa diminuição do volume de água que corre pelos seus rios, de graves repercussões econômicas para o conjunto da sociedade.
Felizmente podemos contar com um presidencialismo forte e uma mulher sábia a dirigi-lo, que bem compreende o cio dessa outra mulher, a nossa mãe Terra.
Clique aqui para assistir o vídeo inserido.
Quando os trens param
May 23, 2012 21:00 - no comments yet
O significado da paralisação do metrô paulistano não deve ser subestimado. Não se trata de simples parada ocasional dos transportes sobre trilhos, como as que ocasionalmente ocorrem em qualquer grande lugar do mundo quando falham os mecanismos de negociações entre empresas e empregados sobre critérios aplicáveis de reajustamento salarial.
Quanto maior o sobrecarregamento de linhas com o transporte de passageiros maior é o desgaste de equipamentos e também muito maior o esforço humano para operar o sistema. E ambos os fatores, o humano e o material, encontram-se em estado de profundo esgotamento na cidade de São Paulo.
A linha vermelha, que liga a zona leste a parte da zona oeste da capital é a que mais reflete essa exaustão. Construída na década de 70 como a primeira linha do metropolitano, aproveitou os trilhos da ferrovia Central do Brasil que faziam a ligação até o centro. Foi pensada como acessória ao transporte de passageiros por ônibus, no corredor que ainda hoje passa ao largo da linha, a Avenida Conde de Frontin e radial leste.
Passaram-se 40 anos de crescimento contínuo do número de passageiros transportados, 20 deles de gestões comandadas por governos tucanos, sem que qualquer iniciativa de ampliação da capacidade de transporte dessa linha fosse tomada. A maior demanda foi atendida com automação das linhas até o limite da capacidade de carregamento.
No entanto, ao vertiginoso adensamento populacional dos bairros, motivado pela especulação imobiliária e melhorias viárias na região, não corresponderam níveis apropriados de investimentos que mantivessem os equipamentos em utilização ajustados a uma situação permanente de demanda intensificada.
Também os trabalhadores foram sobrecarregados em suas atividades e sentiram o peso dos desinvestimentos na remuneração, estímulos e planos de carreira. O processo de degradação culminou com a recente retirada de novas linhas da égide da empresa que acumulara conhecimentos para isso e sua transferência para empresas privadas, como a linha amarela na zona oeste da cidade.
Desse modo, o que deve ser visto nos episódios quase concomitantes do acidente com vítimas no metrô e na paralisação dos trabalhadores que o operam é o sucateamento geral do sistema, levado à cabo por políticas de governo que privilegiaram o transporte individual e obras viárias de eficácia duvidosa, como a ampliação das marginais, em detrimento do transporte de massa de qualidade.
Não pode o governador crer que a população vitimada por esse tipo de opção de políticas públicas creia em imputações de responsabilidade que tenham “grupelhos” ou partidos políticos como alvo. O que está em questão é certa visão de cidade e o lugar que ocupam nela os homens e mulheres que a habitam. E isso está ao alcance da própria população repensar.
Leia também “um acidente anunciado“, que mostra como o sistema de metrô transformou-se em bomba relógio prestar a explodir sob o assento do usuário.
A força das redes sociais: MPF representa contra repórter do programa Brasil Urgente
May 22, 2012 21:00 - no comments yetIndignados com a falta de respeito pelo ser humano, vergonha de que uma pessoa como essa seja “jornalista”, tuiteiros fizeram campanha contra essa violação dos direitos constitucionais do detido que resultou na representação do MPF contra essa “repórter”.
Parabéns tuiteiros! Parabéns jornalista Lalo Leal Filho (@Lalolealfilho) que incansavelmente encabeçou esta campanha no twitter.
MPF representa contra repórter do Programa Brasil Urgente por indícios de violação de direitos constitucionais de um entrevistado
Ministério Público Federal na Bahia
Tel.: (71) 3617-2299/2474/2295/ 2200
E-mail: ascom@prba.mpf.gov.br
www.twitter.com/mpf_ba
Cachoeira na CPI: laços entre o crime e a direita política
May 21, 2012 21:00 - no comments yetA lista de sordidez e atrocidades incluída no livro ‘Memórias de uma guerra suja’, do ex-delegado do DOPS, Claudio Guerra, converge para um denominador normalmente pouco pesquisado e menos ainda divulgado pela mídia conservadora: a absoluta ausência de escrúpulos da direita nativa em recorrer à expertise do crime comum para perseguir, atacar e, se possível, eliminar fisicamente, sem pistas, a militância de esquerda que resistiu à ditadura militar.
Em entrevista a Carta Maior, nesta pág., o escritor e jornalista Bernardo Kucinski chama a atenção para esse matrimônio macabro, na sua opinião um dos elementos relevantes do livro a explicar uma dimensão da engrenagem repressiva e sua inaudita violência. A irmã e o cunhado de Kucinski, Ana Rosa e Wilson Silva, presos e desaparecidos desde 1974, foram, segundo a versão do próprio ex-delegado Guerra, vítimas desse moedor de carne, tendo seus corpos incinerados.
O casamento da direita com o submundo do crime trouxe a violência e os métodos dos meliantes para dentro das Forças Armadas, que se apropriaram assim das habilidades de matadores de aluguel, esquadrões da morte, narcotraficantes e bicheiros para fazer o serviço sujo, lembra Kucinski, do qual – acreditavam – não dariam conta pelos métodos convencionais.
Ao permanecer resguardada da opinião pública, essa simbiose criou raízes e se reciclou no ambiente democrático. A truculência assumiu novas formas para persistir no mesmo objetivo de eliminar adversários e suas idéias. A principal revista semanal brasileira, por exemplo, cuja especialidade editorial é articular campanhas difamatórias contra movimentos sociais, partidos e lideranças populares, ademais de ter sido o auto-falante da tentativa de transformar o obscuro episódio denominado de ‘mensalão’ em clamor pelo impeachment do Presidente Lula, agora se sabe, arrendou uma quadrilha criminosa para ‘apurar’ pautas de seu interesse político.
Conforme revelou o repórter de Carta Maior, em Brasília, Vinicius Mansur, Veja, através de seu editor, Policarpo Jr, pautava meliantes da quadrilha de Cachoeira e Demósteres Torres para obter ou produzir ‘flagrantes’ que sustentassem capas e matérias pré-prontas. A reportagem de Carta Maior constatou o método no apenso 1 do inquérito contra o senador Demóstenes.
Estão lá diálogos reveladores da forja por trás do denuncismo que envenena o discernimento da sociedade brasileira contra as agendas progressistas há anos. Num dos episódios – existem outros apensos e milhares de escutas ainda não degravadas – o editor de Veja encomenda a bandidos da escuderia de Cachoeira e Demóstenes um ‘flagrante’ que sustentasse a ‘denúncia’ de envolvimento do ex-ministro José Dirceu com a construtora Delta. Frustrado, reclama.
Depreende-se das interceptações da PF que o editor de Veja sabia dos crimes da Delta, conhecia o vínculo umbilical entre a empresa e a quadrilha. Mas nada disso importava: não era o crime o seu foco. Tanto assim que em troca dos serviços, a revista incorporava ao seu menu matérias do interesse do esquema criminoso associado.
A lógica que fundiu a repressão militar ao crime comum em 1964 e a simbiose atual entre as operações de Veja e bandidos liderados por bicheiros e políticos graúdos da direita precisa ser passada a limpo. A oportunidade para isso está nas mãos dos integrantes da CPI do Cachoeira e daqueles da recém-criada Comissão da Verdade. Sem concessões a novos e velhos protagonistas da mesma cepa, cabe à Comissão da Verdade ir a fundo, por exemplo, na investigação de empresas privadas que azeitaram o intercurso entre o crime comum e a repressão política, abastecendo regiamente o caixa destinado a algozes não pagos pelo Estado.
À base do governo na CPI do Cachoeira cabe indagar: quando, senhores, finalmente, a Polícia Federal será acionada para enviar à comissão todas – repita-se, todas – as interceptações que envolvem a participação do editor de Veja em Brasília, Policarpo Jr, ou fazem menção a ele nos negócios do bando Cachoeira?
Saul Leblon no site Carta Maior
Kassablândia e a Ciranda Imobiliária
May 14, 2012 21:00 - no comments yetSão Paulo é uma casa de tolerância para os milionários.
Uma verdadeira zona para as classes médias.
E uma putaria para com os pobres.
Se o carimbo da prefeitura é generoso para os especuladores.
A patrulha de choque e os tratores são extremamente cruéis com os desabrigados
Leia a íntegra no blog
A primavera Brasileira contra a máfia das comunicações
May 14, 2012 21:00 - no comments yetNo ano passado, durante investida conjunta contra o governo federal que levou ao pedido de demissão de alguns ministros, as principais empresas de comunicação incentivaram protestos contra a corrupção em todo o país, com o objetivo de atingir o governo Dilma. Para mexer com os brios das pessoas, citaram os eventos da primavera árabe, onde partiram das redes sociais os protestos que culminaram com a queda de alguns governos totalitários.
Um artigo de um jornal estrangeiro que perguntava o porquê dos Brasileiros não protestarem foi intensamente reproduzido e comentado pelos analistas ligados a grande imprensa, que passou a estimular protestos marcados pelo Facebook, fazendo um esforço muito grande para ajudar na divulgação. Os protestos se revelaram absolutos fracassos, e as poucas pessoas que compareceram sequer elegeram o governo federal como seus alvos.
Ao tomar conhecimento do envolvimento direto de um diretor de jornalismo da revista VEJA com criminosos presos pela Polícia Federal, a reação inicial de Folha, Globo, Estadão e da Própria VEJA foi de primeiro ignorar, convencidos que ainda possuíam o poder exclusivo de pautar as discussões. A operação abafa não deu certo a medida que a revista Carta Capital, a rede Record, o site Brasil 247 e blogs, como o de Luis Nassif, furaram o bloqueio que um dia foi possível.
Após a constatação que as pessoas estavam tomando conhecimento das denúncias apesar da omissão daqueles veículos, vieram as teorias da vitimização. Os pedidos de explicação não foram respondidos e para se esquivar de tentar explicar o que não pode ser explicado (a influência de Cachoeira na publicação de matérias e o endeusamento de um parlamentar que sempre souberam fazer parte de uma quadrilha) a revista e seus aliados ajustaram o discurso, as denúncias baseadas em uma investigação da Polícia Federal eram apenas ataques em represália contra a revista que denunciou esquemas de corrupção no governo.
Como era de se esperar para declarar a inocência da VEJA, foram distorcidos depoimentos realizados na CPMI do Cachoeira, sendo retirados trechos do contexto do comentário de depoentes de modo a favorecer a tese que nada existe contra a revista e seu funcionário. Nesse momento já surgiam movimentos nas redes sociais com a intenção de se contrapor a essa iniciativa imoral de auto-absolvição, sobretudo no Twitter onde surgiram duas hashtags1 que lideraram os assuntos mais comentados do dia na rede: a #VejaBandida e #VejaNaCPI.
Acostumada a ser pedra e não vidraça a revista VEJA produziu uma matéria de capa tentando criminalizar as manifestações no Twitter, e usando de um artifício cada vez mais frequente nas suas edições, a mentira, acusando perfis de usuários reais de serem robôs2 e insetos comandados pelo Presidente do PT para atingir a revista. Uma usuária do Twitter, @Lucy_in_Sky que teve o seu nome citado pela VEJA como sendo um robô, foi entrevistada pelo usuário @pagina2 e provou que a revista mentiu mais uma vez, além de poder ser processada. A entrevista pode ser lida aqui.
A incoerência do discurso que prega a “imprensa livre perseguida pelos censores” com a tentativa tosca de controlar e desqualificar protestos contra ela própria. A reação das redes sociais foi imediata, promovendo manifestações bem humoradas, onde usuários do Twitter colocaram avatares3 de robôs e insetos, e colocando no mesmo dia, e praticamente durante todo o dia, as hashtags #VejaComMedo e #VejaTemMedo em 1º lugar dos assuntos mais comentados na rede. Hoje, segunda-feira, mais uma manifestação está em andamento enquanto esse texto é escrito, a hashtag #VejaCensuraInternet está em primeiro nos TTs Brasil4.
A primavera tão sonhada pelos barões da mídia, que seria usada para a tentativa de enfraquecer mais um governo eleito legitimamente, enfim chegou ao Brasil, mas como aqui não vivemos uma ditadura, o que é preciso extirpar são aqueles que conspiram contra a democracia se aliando com criminosos. A Primavera Brasileira chegou para libertar a verdadeira imprensa livre de uma máfia que sobrevive muito em função de dinheiro público.
Por enquanto são apenas manifestações virtuais bem humoradas, mas podem ganhar as ruas, e pior ainda (pra eles), atingir o humor de anunciantes incomodados com as suas marcas estampadas em canal de baixa reputação pública. Estamos presenciando o que pode ser o início de uma revolução que significa o nascimento de uma imprensa séria e não corrompida e a queda do jornalismo a serviço do crime organizado e interesses espúrios.
Hashtags1 – Assuntos mais comentados no Twiiter
Robôs2 – Usuários do twitter controlados por scripts usados para spam (repetição de mensagens ou expressões com finalidade política ou comercial).
Avatares3 – imagens utilizadas por usuários em seus perfis nas redes sociais
TTs Brasil4 - ou Trending Topics Brasil, estatísitca com os 10 assuntos mais comentados por Brasileiros no Twitter.
Originalmente postado em http://pontoecontraponto.com.br/?p=6974
Reinaldão: “Como fraudar o leitor da Veja”
May 13, 2012 21:00 - no comments yetavatar da tuiteira @Lucy_in_Sky
Oposição iraniana declara: “O Irã está desenvolvendo a bomba atômica”
May 12, 2012 21:00 - no comments yetUm relatório publicado pelo grupo de oposição iraniana Mujahedin-e Khalq (MEK) destaca que Teerã está acelerando seu programa nuclear. O documento, com seus organogramas, descrevem as agências envolvidas no programa iraniano e identifica 60 cientistas realizando investigações vinculadas ao desenvolvimento da bomba atômica em 11 instituições e companhias, que operam clandestinamente sob o controle do Ministério da Defesa.
Segundo o informe, a secreta Organização de Investigação para a Nova Defesa (conhecida em persa pela sua abreviatura SPND) está realizando pesquisa e testes de ogivas e detonadores, entre outros.
A SPND tem seu quartel-general em Mojdeh, uma instalação militar situada próxima de Teerã, e está sendo dirigida por Mohsen Fakhrizadeh-Mahabadi. Mohsen tem sido identificado pelas agências de inteligência ocidentais como o principal responsável pelo programa nuclear militar, e sobre ele pesam as sanções da ONU.
O relatório do MEK também identifica uma instalação denominada Centro de Explosivos, Pesquisa e Tecnologia de Detonações – conhecido na língua persa como METFAZ -, cuja sede está localizada num edifício de cinco andares no bairro Pars, de Teerã.
Suas investigações são responsáveis pelo desenvolvimento de explosivos de grande potência para detonadores nucleares e testes realizados na base militar de Parchin. METFAZ é uma instalação da qual, há muito tempo, suspeita-se do seu vínculo às atividades nucleares. O Irã tem negado o acesso dos inspetores da ONU à METFAZ.
De acordo com o relatório, a SPND é composta por sete subdivisões: uma divisão que trabalha com o componente principal da bomba, incluindo o urânio enriquecido; um departamento que desenha e modela a matéria necessária para construir a bomba; uma divisão encarregada de produzir os metais necessários para uma ogiva nuclear; um departamento que produz materiais altamente explosivos utilizados para provocar uma detonação nuclear; uma agência que investiga os materiais químicos avançados; uma divisão encarregada pelos cálculos eletrônicos para fabricar a bomba nuclear; e uma divisão responsável pelas atividades com laser necessárias para uma arma atômica.
Segundo alguns especialistas, as informações do grupo de oposição Mujahedin-e Khalq contradizem a avaliação de que o Irã ainda não tomou a decisão de fabricar a bomba atômica, e alguns ainda se mantêm céticos sobre a confiabilidade da informação proporcionada pelos exilados iranianos, movimento adicionado pelos Estados Unidos à lista de terroristas estrangeiros em 1997.
Fonte: Aurora / Global Security
Tradução livre: Jônatha Bittencourt (Cessar-Fogo)