A realização das Conferências Municipais e Estadual do PCdoB ocorrem em um momento no qual pairam graves ameaças à democracia no país. Isto se dá em decorrência da ofensiva das forças da direita que buscam, a todo custo, impingir um golpe - que trama a derrubada da presidenta Dilma Rousseff, legitimamente eleita - e visa interromper o processo mudancista em curso no Brasil.
Já no Rio Grande, o governo Sartori - que foi eleito sem um projeto claro e definido - escolhe a velha política de desrespeito aos trabalhadores e sucateamento das políticas públicas. Promove o pessimismo e o caos com objetivo de justificar uma agenda de diminuição do papel do estado, aumento de impostos, privatizações e extinção de setores estratégicos.
Este contexto coloca grandes desafios para o PCdoB. É momento de mobilização e luta, debates e construção de uma retomada da ofensiva das ideias, das forças progressistas e de esquerda.
Junto a estas lutas, o partido estará mobilizado nas suas instâncias - em um exercício pleno da democracia partidária - para a realização do balanço da atuação dos comunistas, debater e definir os rumos das batalhas futuras e eleger as novas direções que irão colocar em ação as orientações definidas pelo conjunto partidário no próximo período.
Também é na adversidade que o PCdoB se afirma, e para enfrentar os desafios da atualidade, faz-se necessário uma militância ainda mais efetiva, organizada e convicta. Uma ação militante que tenha como guia fundamental o Programa Socialista e o Estatuto partidário. São bases consistentes para a atuação política dos comunistas na luta pelo Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento e pela conquista de uma sociedade mais justa, Socialista.
Desde as eleições de 2014, o Brasil vive período de grande turbulência política, gerada pela ofensiva do consórcio oposicionista - direita, setores conservadores e da grande mídia, setores do judiciário - que se soma e é potencializada pelos efeitos no país da crise mundial capitalista, assim como pelas dificuldades econômicas internas.
As forças conservadoras e de direita, com uma posição oportunista, ampliaram sua inciativa política com o objetivo claro de retomar a condução da nação. Com efeito, esta postura golpista faz emergir visões ultraconservadoras, pensamentos e práticas obscurantistas e preconceituosas. Isso não é novidade para os comunistas. Já surgiram em outros momentos da história do país e só foram superados através de muita luta.
O ambiente de crise produziu entraves para as forças progressistas darem continuidade às mudanças em curso no país. Mudanças estas que já trouxeram avanços significativos para o povo brasileiro nestes últimos 12 anos, e que precisam continuar e ser aprofundadas.
O PCdoB tem a convicção de que a crise política instalada no Brasil devido a ofensiva da direita, com seu acirramento em função dos efeitos da crise econômica mundial do capitalismo que são mais sentidos no país, trazem ameaças e consequências gravíssimas para o povo, exigem a busca de sua superação que só virá com a luta das forças progressistas e o fortalecimento do Partido Comunista, principal instrumento para a conquista do Socialismo.
Resistir às tentativas de retrocesso e buscar caminhos para a retomada dos avanços sociais no Brasil é a tarefa central colocada para as forças consequentes e democráticas. Para o PCdoB, materializa-se na Frente Ampla em defesa da democracia que deve ser constituída e fortalecida, assim como o Bloco de Esquerda, este com a finalidade de organizar as forças de esquerda em torno de uma pauta de lutas que dê consequência para a Frente Ampla. Esta articulação de uma unidade de ação com amplas forças tem como questão básica a defesa do mandato da presidenta Dilma, e a retomada do desenvolvimento e ampliação dos direitos.
As Conferências Partidárias, ao examinar esta realidade, devem apontar os caminhos para fortalecer o PCdoB em cada município e no estado do Rio Grande do Sul. Este fortalecimento se dará no cenário da luta política atual, combatendo o conservadorismo, propugnando a unidade para deter o golpe, superar a crise e retomar o desenvolvimento; mobilizando e organizando os setores populares e de esquerda para implementar as propostas mudancistas.
Junto disso, fortalecer e estruturar o Partido com o objetivo de mobilizá-lo para as batalhas em curso e prepará-lo para o grande embate eleitoral de 2016.
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