Foi um absurdo, uma aberração: O que ocorreu no Centro Cívico de Curitiba no dia 29 de abril de 2015 passou dos limites da civilidade. O governador Beto Richa mandou a tropa de choque reprimir de forma violenta uma manifestação pacífica para aprovar, de qualquer maneira, um projeto de lei lesivo aos servidores e à administração pública.
A violência foi absurda. O espetáculo bélico foi terrível. Cenário de Guerra. A polícia agiu com extrema violência, fazendo centenas de feridos, alguns em estado grave, para dispersar a manifestação que contava com dezenas de milhares de pessoas, na hora em que os deputados votariam o projeto de lei. Foram duas horas de bombardeio e tiros com balas de borracha.
Um dia após os trágicos eventos, a população manifesta o seu repúdio aos atos de selvageria proporcionados pelo governador Beto Richa. Atos acontecem no Centro Cívico em solidariedade aos professores e servidores públicos e contra os responsáveis diretos pelo descalabro ocorrido na quarta-feira.
O projeto de lei proposto pelo governador sobre a previdência dos servidores públicos contém uma série de ilegalidades e visa, na prática, obter recursos para o desfalcado caixa do Estado.
Um Estado recordista em arrecadação (e no aumento de impostos), não poderia estar na situação falimentar em que se encontra. Não há incompetência administrativa tamanha que explique tal penúria financeira que tem levado a cortar drasticamente os recursos dos serviços públicos e a confiscar direitos dos servidores.
É mais que irresponsabilidade: é ação deliberada para o colapso do Estado e dos serviços públicos, que é o que manda o receituário neoliberal privatista.
O neoliberalismo está de volta a pleno vapor com o tucano Beto Richa no Paraná!
E está de volta a violência e o cinismo como ações políticas de um governo disposto às últimas consequências para implementar o desmonte do Estado.
É preciso cobrar a responsabilidade do governador Beto Richa pela falência do Estado e pelo uso abusivo da força contra a manifestação legítima da população.