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Charge: Galo Paredes/Cartoon Movement |
Queridinho da mídia brasileira por sua política econômica ultraneoliberal, simbolizada por sua motosserra destrutiva, o presidente Javier Milei tem intensificado as agressões aos jornalistas e os ataques à imprensa na Argentina. Na semana passada, o ranking mundial da Repórteres Sem Fronteira (RSF) confirmou que o país sofreu drástica regressão no Índice de Liberdade de Imprensa nos últimos dois anos, saindo do 66ª lugar para o 87ª, entre os 180 países avaliados.
“Os retrocessos podem ser explicados pelas tendências autoritárias. Javier Milei estigmatizou jornalistas, desmantelou a mídia pública e utilizou a publicidade estatal como instrumento de pressão política”, afirma o relatório da RSF. O clima entre os jornalistas da nação vizinha é de tensão, insegurança e medo. Em recente postagem em sua conta no X, Javier Milei, “El Loco”, estimulou seus fanáticos seguidores à violência: “Não odiamos os jornalistas o suficiente”.
Clima de hostilidade e pouca transparência
Nas redes sociais, o neofascista costuma tratar os profissionais da mídia como “mentirosos, idiotas, violentos, imbecis, desprezíveis”. Matéria do site UOL registra o crescente clima de terror. “Sob sigilo, uma jornalista argentina que cobre política disse à reportagem se sentir ‘cada vez mais insegura’. ‘Sempre houve uma tensão entre jornalistas e governo, mas jamais como agora’, revelou. Segundo ela, Milei tem ameaçado jornalistas e limitado o acesso às informações públicas, produzindo um clima de hostilidade e pouca transparência”.
Em setembro passado, o governo decretou uma série de restrições de acesso à informação pública na Argentina, alterando a lei vigente no país. “Vimos o que ocorreu no Brasil, com Bolsonaro. Tenho medo desse discurso constante do presidente, de ataque à imprensa, influenciar seus apoiadores, gerando violência física contra nós”, acrescentou a jornalista.
Atacado pelas costas no centro de Buenos Aires
“Há uma semana, o braço direito de Milei, o assessor político Santiago Caputo, foi acusado de atentar contra a liberdade de imprensa, intimidando um fotojornalista que cobria um evento. Nas imagens, é possível ver o assessor segurando a credencial que estava no pescoço do jornalista, intimidando-o... Ao UOL, o fotógrafo afirmou nunca ter vivenciado situação parecida e que teme agressões a jornalistas. ‘Já fotografei inúmeros políticos e nunca passei por isso. O ataque constante a jornalistas tem se transformado em uma política de Estado’”.
Em outro episódio de violência, Roberto Navarro, diretor do jornal ‘El Destape’, foi atacado pelas costas enquanto caminhava pelo centro de Buenos Aires. Ele atribuiu a agressão ao neofascista no poder. “Eu responsabilizo o presidente da nação, Javier Milei, pelo que aconteceu comigo e pelo que me pode acontecer. Isso gera medo e o medo gera silêncio. O golpe na minha cabeça foi um golpe em qualquer jornalista crítico”, publicou.
216 agressões contra profissionais da imprensa
“Em março, um homem de 43 anos foi detido no centro portenho acusado de agredir um jornalista do canal TN enquanto cobria, ao vivo, as manifestações em prol dos aposentados, no Congresso Nacional... Um relatório do Observatório da Palavra Democrática revelou que nos primeiros 16 meses de governo de Javier Milei foram registradas 216 agressões contra jornalistas, fotojornalistas e profissionais de comunicação”, destaca a matéria do UOL.
Segundo o informe, 50% dos ataques foram físicos, 22% virtuais e 16% referente a limitação do acesso à informação. Paula Moreno Román, presidente do Foro de Jornalismo Argentina (Fopea), é incisiva: “Estamos vivendo uma deterioração da liberdade de imprensa. Primeiro, o próprio presidente – e seu entorno – é o principal agressor. Segundo, o tipo de agressão é o discurso que estigmatiza os profissionais de imprensa, tratando-os de mentirosos e bandidos, algo impensável”.
Em setembro passado, o governo decretou uma série de restrições de acesso à informação pública na Argentina, alterando a lei vigente no país. “Vimos o que ocorreu no Brasil, com Bolsonaro. Tenho medo desse discurso constante do presidente, de ataque à imprensa, influenciar seus apoiadores, gerando violência física contra nós”, acrescentou a jornalista.
Atacado pelas costas no centro de Buenos Aires
“Há uma semana, o braço direito de Milei, o assessor político Santiago Caputo, foi acusado de atentar contra a liberdade de imprensa, intimidando um fotojornalista que cobria um evento. Nas imagens, é possível ver o assessor segurando a credencial que estava no pescoço do jornalista, intimidando-o... Ao UOL, o fotógrafo afirmou nunca ter vivenciado situação parecida e que teme agressões a jornalistas. ‘Já fotografei inúmeros políticos e nunca passei por isso. O ataque constante a jornalistas tem se transformado em uma política de Estado’”.
Em outro episódio de violência, Roberto Navarro, diretor do jornal ‘El Destape’, foi atacado pelas costas enquanto caminhava pelo centro de Buenos Aires. Ele atribuiu a agressão ao neofascista no poder. “Eu responsabilizo o presidente da nação, Javier Milei, pelo que aconteceu comigo e pelo que me pode acontecer. Isso gera medo e o medo gera silêncio. O golpe na minha cabeça foi um golpe em qualquer jornalista crítico”, publicou.
216 agressões contra profissionais da imprensa
“Em março, um homem de 43 anos foi detido no centro portenho acusado de agredir um jornalista do canal TN enquanto cobria, ao vivo, as manifestações em prol dos aposentados, no Congresso Nacional... Um relatório do Observatório da Palavra Democrática revelou que nos primeiros 16 meses de governo de Javier Milei foram registradas 216 agressões contra jornalistas, fotojornalistas e profissionais de comunicação”, destaca a matéria do UOL.
Segundo o informe, 50% dos ataques foram físicos, 22% virtuais e 16% referente a limitação do acesso à informação. Paula Moreno Román, presidente do Foro de Jornalismo Argentina (Fopea), é incisiva: “Estamos vivendo uma deterioração da liberdade de imprensa. Primeiro, o próprio presidente – e seu entorno – é o principal agressor. Segundo, o tipo de agressão é o discurso que estigmatiza os profissionais de imprensa, tratando-os de mentirosos e bandidos, algo impensável”.