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O Anti-Édipo, uma resenha
2 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaResenha de DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. O anti-Édipo: capitalismo e esquizofrenia 1. Trad. Luiz B. L. Orlandi. ed. 34. 2010 [1972].Publicado no Quadrado dos Loucos
Quando se pensa no Maio de 68 europeu, logo vêm à mente alguns livros. Geralmente, lembramos de Eros e civilização (1955), de Marcuse, ou A sociedade do espetáculo (1967), de Debord; às vezes de Os condenados da Terra (1961), de Fanon; ou talvez A arte de viver para as novas gerações (1967), de Raoul Vaneigem. Cânones de seu tempo, foram livros que ficaram registrados como inspiradores da geração, frequentemente citados em retrospectivas, documentários e memórias. O anti-Édipo veio depois da grande turbulência, em 1972. O primeiro da série de livros resultado das núpcias intelectuais entre um filósofo e um médico, daí por diante amados e odiados pelo binômio Deleuze-Guattari.
No começo da década de 1970, a onda já tinha quebrado na cabeça de muitos militantes daquele ciclo. Tempos de frustração, nuvens carregadas, revisionismo. Nada disso deprimiu os autores, que escreveram uma obra sem qualquer compromisso com fardos históricos. Em vez de sentar no sofá e se ressentir, fizeram um livro que age. Que articula novas armas para novos desafios. Não dá pra ler O Anti-Édipo sem dar uns pulinhos de vez em quando. Nele, você passeia por um mundo barroco de jogos, armadilhas, provocações, labirintos, boutades, sacanagens, palavrões, astúcias, gracejos, sacadas, imposturas e impudicícias. Uma experiência tão sexy quanto um livro de filosofia pode proporcionar. E sem a menor vergonha. Um livro-vadia que dá a pensar, que alucina, no meio do que algo se passa e está sempre se passando. Não é para sedentários. É pra ler viajando, ainda que sem sair do lugar. Um livro que jamais apetecerá velhas Guermantes.
Erra feio quem, por desconhecimento ou ódio, atribui a Deleuze-Guattari a aura do pós-modernismo radical chic. Esta espécie de anemia que conjuga bem com o liberalismo fim-de-século, “antitotalitário”, antimilitante e multicultural. Nada menos justo. O livro não prega o respeito às diferenças, mas a agressividade como constitutiva delas. Não propõe vias ecléticas ou conciliadoras, mas a revolução. Nada aquém do que a desordem de uma revolução. Em nenhum momento, se pretende tolerante: o livro ofende sem parar o próximo e confessa o amor pelo distante. E sem deixar que se aproxime muito, pois a relação à distância mesma é que produz. Está atravessado por uma leitura intensiva e ao mesmo tempo distanciada de Marx e Freud, mas também Nietzsche, Spinoza, Kant, Artaud, para citar alguns. Possui uma teoria do estado, uma teoria da moeda, uma teoria do poder constituinte, uma psiquiatria materialista, uma filosofia da imanência, o projeto da esquizoanálise, e muito mais.
O maior protagonista do Anti-Édipo é o desejo. Sem estragar o conceito com antropocentrismos. O humano não deseja propriamente falando, como se fosse o sujeito do desejo. O desejo é que acontece nele, e o faz ser o que ele é — ou não. O desejo em mim é o mesmo desejo no lobo, na samambaia, nas rochas, na Lua, numa poesia de Pessoa ou numa canção de rock. O desejo ativa forças impessoais, não-figurativas, não-simbólicas, forças conspiratórias do Ser. Ele gera o real. Toda a realidade se cria no desejo e pelo desejo, num movimento para dentro e para fora, que se diferencia inclusive em si mesmo, uma vastidão intensiva. Por sermos tocados pelo desejo, sempre há algo em nós que nos convoca para além do que somos. O desejo nos chama de um nome estranho e nós respondemos — outros. Ele é primeiro e doa (ou rouba) tudo, sem contrapartida nem equivalência. Por isso, nenhuma pessoa, nenhuma coisa, nada basta em si próprio. Sempre se pode ativar um excedente, uma carga delirante que desborda e embaralha. Aqui, nenhum vitalismo à vista: tem desejo de vida e tem desejo de morte. Do contrário, as pessoas nunca se suicidariam.
O desejo está em tudo e tudo está nele. Tudo se cria, respira, numa variação contínua. O desejo pulsa no interior das coisas, das relações, dos afetos, das impressões, do que existe e pode existir. Uma metonímia infinita, um continuum de matéria e espírito, a contiguidade última. Daí a coextensividade de que nos falam os autores, entre homem e natureza, entre cultura e universo, que os fluxos desejantes percorrem sem distinção real. Isto não significa que homem e natureza se unam nalguma pasta cósmica e indiferenciada. Mas, sim, que cultura e meio ambiente se dobram e redobram entre si, uma essência natural do homem, uma essência humana da natureza. A natureza funciona como processo de produção, enquanto a humanidade é soprada de todas as formas, figuras e máscaras do universo. Um pan-desejo essencialmente revolucionário, só por querer como, com efeito, ele quer: infinitamente.
Mas sucede também o desejo por fascismo. Isto é real. As pessoas não foram enganadas para apoiar ditaduras. Elas quiseram. E muitas pessoas efetivamente desejaram e desejam a mão que bate, explora, que faz sofrer o outro. O problema é menos de falsa consciência do que explicar porque a servidão voluntária pode acontecer. Portanto, não é questão de denunciar ideologias, mas compreender a materialidade do funcionamento do próprio desejo. Como podemos realmente desejar aquilo que nos reduz a potência de agir e existir? A pergunta de Deleuze-Guattari não é simplesmente por que, em face do intolerável, algumas pessoas se revoltam? Mas, por que não se revoltam todas o tempo todo? Eis um materialismo à altura de Marx. Embora o desejo seja infinito movimento e não tenha finalidade intrínseca, existem maneiras de recalcá-lo. Bloquear a sua potência revolucionária, usá-lo para oprimir e submeter. Toda uma maquinaria histórico-política, com suas forças de reprodução e repressão sociais, para esclerosar os fluxos produtivos, fazê-los voltar contra si mesmos, como na vontade de poder, do dinheiro, de ser amado, em toda essa abjeção de servo. No fascismo, apaixonamo-nos não só pelo poder, mas pelo poder em nosso eu-querido, nossa vaidade de pertencer àlguma raça de senhores.
Nesse sentido, Deleuze-Guattari se propõe a realizar uma crítica da economia política do desejo. Para isso, como o melhor Marx, o Marx dos Grundrisse, eles desbravam a formação do capitalismo. Três máquinas sociais, apropriadoras das forças desejantes, são descritas no capítulo 3. A máquina primitiva dos selvagens, a máquina despótica dos bárbaros e a máquina capitalista dos civilizados. A tarefa consiste em compreender como, na materialidade, operam essas maquinarias. Por meio de qual regime de funcionamento o desejo acaba sendo conduzido à servidão voluntária, como são organizados o social e o desejo? Com fôlego de maratonista, o capítulo aborda como o capitalismo — esse Inominável — pôde ter ocorrido, a partir das formas pré-capitalistas, na contingência dos encontros e acasos que nos levaram até ele. Mas também almeja encontrar,dentro e contra a máquina capitalista, as faíscas no vento, as faíscas que anseiam pelo barril de pólvora.
Segundo o Anti-Édipo, onde está a alteridade radical ao capitalismo?
Pode-se tomar a (enorme) liberdade de trocar a palavra ‘esquizofrenia’, presente desde o subtítulo, por ‘comunismo’. Também com Marx, o comunismo de Deleuze-Guattari, isto é, a esquizofrenia como libertação absoluta do desejo, aparece quando o capitalismo não consegue mais impor e interiorizar os limites com que governa. A esquizofrenia é o limite derradeiro, o bólide com velocidade de escape da órbita do capital. Os fluxos esquizos a todo momento se modificam em intensidade, contornam os limites, se redefinem e se recriam, processo que os autores chamam de ‘desterritorialização-reterritorialização’. A esquizofrenia é o modo de funcionamento do nômade. Em vez de uma deriva perpétua, o nômade migra de acampamento em acampamento, sempre mais ali, onde o poder ainda não está à espreita, onde ele não pode ser totalmente explorado e classificado. E não há no nômade nenhum Holandês Voador, a vagar pelos mares até o fim dos tempos. O comunista precisa da terra e do sentido da terra. A desterritorialização sem reterritorialização acaba produzindo o esquizofrênico hospitalizado, uma produção do capitalismo que impede a materialidade do comunismo.
Como Marx, Deleuze e Guattari apontam no capitalismo uma contradição fundamental. Por um lado, o capital precisa fomentar a produção desejante, necessita do trabalho vivo, da produtividade geral do mundo, para continuar canalizando riqueza. Afinal, sem vampirizar a potência das pessoas, o capital — trabalho morto que é — resta improdutivo. Por outro lado, o capital não pode perder o controle das potências que explora, as mesmas que precisou fortalecer em primeiro lugar. É preciso governar o que se quer ingovernável, o desejo que quer sempre mais. É preciso inscrever os agentes de produção e as forças produtivas na maquinaria do capital, que então se atribui o mérito pela (limitada) produção de riqueza. Daí que a classe capitalista não pode deixar de impor limites, estabelecer medidas e métricas, regular os fluxos selvagens, conter o dilúvio de quereres. Esses limites podem ser tanto da ordem externa (a polícia, as leis, a propriedade, a burocracia), quanto interna (as identidades, a culpa, a interiorização da dívida). E não se acredite o capitalismo vá sucumbir às próprias contradições, como se houvesse um fim da história. Isso seria hegelianismo de esquerda. Nunca ninguém morreu de contradição. Pelo contrário, a máquina capitalista aprendeu a perseverar na crise, mediante um estado-crise que habitualmente se alimenta das contradições que provoca, das angústias e medos que suscita, das fomes e desastres que deixa acontecer.
No Anti-Édipo, não existe nenhuma proposta de contenção da produção, da circulação, do consumo. É o inverso: não há consumo suficiente! O mal do capitalismo não está em produzir demais, mas na antiprodução que dissemina. O capital é quem forja a escassez e a divisão do trabalho. O modo capitalista frustra o compartilhamento generalizado de tudo, negando a superabundância. O momento revolucionário está em extrapolar as contenções, em elevar a potência de existir até o ponto em que ela não possa mais ser axiomatizada e expropriada. Não se trata de sair do mercado mundial, de aspirar a um “fora” utópico da ordem capitalista, mas acelerar o processo. O capitalismo se conserva graças a uma infernal econometria de dívidas e cobranças, em que todos devemos mais do que podemos pagar. Ele pode ser tornado sempre mais insustentável. Esse comunismo desarranjado vive quando se desmontam os axiomas do mercado e do estado, do indivíduo e do coletivo, — tudo isso que recalca, confina, acumula, reproduz. O comunismo vive quando se rompe o que permite medir as coisas e as pessoas por seus valores, sob o critério da equivalência geral, quantificante e abstrata. Quando a máquina não suporta mais. Como um aneurisma, um mau funcionamento localizado, um excesso de todo inesperado, capaz de sobrecarregar o complexo sistema de fluxos e extração de fluxos e vazar o sangue dos poros. A revolução acontece quando os diques se rompem. Só o desejo, pensado e agido, pode orientar-nos nesse dilúvio.
De fato, é um livro marxista, militante e revolucionário.
Confirmado, a guerra cibernética já começou
1 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários ainda
Confirmado, a guerra cibernética já começou
O jornal The New YorkTimes revelou na semana passada que os serviços secretos dos Estados Unidos e de Israel utilizam uma arma cibernética chamada Stuxnet há quase dois anos para infectar computadores iranianos e de outros países árabes vistos com suspeitas pelo Departamento de Estado. A ação teria apoio formal do presidente Barack Obama.
Na sexta feira, (1/6) o The Washington Postconsultou fontes oficiais do Pentágono que confirmaram a informação, acrescentando que a mais recente versão do Stuxnet está sendo usada numa operação denominada Olympic Games (Jogos Olímpicos) que tem como alvo especifico o programa nuclear iraniano, que já teria perdido entre duas a seis mil centrifugas usadas para enriquecer urânio.
Pouco antes da publicação da noticia do The New York Times, a empresa de segurança na internetKaspersky Labs distribuiu a seus clientes um alerta sobre um vírus chamado Flame que estaria contaminando computadores no Oriente Médio com um poder nunca antes identificado na internet. Segundo a Kaspersky, o Flame é 20 vezes mais poderoso do que o Stuxnet e já teria sido detectado nos territórios palestinos, Sudão Síria, Líbano, Arábia Saudita e Egito.
Segundo técnicos em segurança virtual contatados pelo site CNET News , especializado em notícias sobre internet, o novo vírus foi desenvolvido especificamente para roubar informações em alvos selecionados, eestá ativo há pelo menos cinco anos. O site diz que o vírus é tão sofisticado que sómente poderia ser desenvolvido por um órgão governamental ou empresa privada contratada por algum governo. O CNET News menciona um blog israelense chamado Tikun Olam segundo o qual especialistas de seu país teriam participado da criação do Flame e de um outro vírus chamado Wiper , identificado por especialistas as Nações Unidas e que estaria espionando todo o sistema petrolífero do Irã.
O que mais impressiona é que as noticias publicadas agora mostram que a batalha cibernética já tem pelo menos cinco anos de existência e nós ainda acreditávamos que ela era um misto de ficção cientifica e jogo político. A empresa Kaspersky, que fabrica softwares anti-virus, adverte que o Flame usa falhas do sistema operacional Windows 7 para instalar Cavalos de Troia[1]em computadores infestados. A diferença é que geralmente os vírus instalados por Cavalos de Troia funcionam autonomamente enquanto oFlame é obedece ordens de um comando externo.
Segundo a empresa, nada impede que o vírus possa se espalhar pelo resto do mundo, o que poderia configurar um novo sistema de monitoramento de redes de computadores em todo o planeta. Com isto, o debate sobre a privacidade online entra num novo patamar. Não se trata mais de discutir se ela é boa ou ruim, legal ou ilegal. A guerra cibernética já acabou com ela de fato e não nos resta alternativa senão alterar nossos comportamentos para conviver com um mundo onde as paredes são de vidro transparente.
[1]Cavalos de Troia (Trojan Horses) é um jargão cibernético para identificar um programa que se instala no computador para permitir a ação de vírus. Ele abre a porta para a infestação.
Aberta a temporada de caça aos blogs sujos ou "nada além da Constituição"
31 de Maio de 2012, 21:00 - sem comentários ainda
Está aberta a temporada de caça aos blogs sujos ou "nada além da Constituição".
O assunto é propício no dia hoje, no qual se comemora o Dia Nacional da Imprensa. A cada dia que passa fica mais aparente que a velha mídia (imprensa em forma de oligarquia brasileira) não tem outra saída, a não ser tentar minar a blogosfera, a quem chama de "estatal" ou de "blogs sujos" e assim por diante.
Gilmar Mendes, o ministro do grampo sem áudio, o mesmo que comparou a profissão jornalística com a de cozinheiros, que concedeu Habeas Corpus para Daniel Dantas, agora abre sua temporada de caça ao que denomina 'blogs sujos'. Quem concede espaço para mais este absurdo (recuso-me a chamar de notícia) é O Globo, em edição impressa de hoje.
O ministro Gilmar está se superando a cada dia. Quando se pensa que ele já atingiu o limite da ética e da vergonha, vem o Mendes com mais uma surpresa. A novidade é esta caça aos "patrocinadores" dos 'blogs sujos'.
Alguém precisa avisar ao ministro caçador que 99% dos blogs com anúncio ou fazem parte do Google Adsense ou de um sistema semelhante, que gera anúncios randômicos, ou seja, independente da vontade e administração dos blogueiros. O 1% restante é o de casos como Luis Nassif, Paulo Henrique Amorim e outros, que são jornalistas conhecidos do grande público e vendem espaço publicitário em suas páginas.
Tanto no blog do PHA quanto no blog de Luis Nassif há anúncios da Caixa Federal. O argumento é que instituições governamentais não deveriam patrocinar sites ou blogs "que atacam instituições". Se o raciocínio do ministro for correto, então deve-se suspender a concessão de emissoras de televisão como a Rede Globo (a quem Mendes defende) e processar empresas como a Abril, que publica a Veja (a quem Mendes também defende).
Só a Veja tem contratos milionários com os governos do PSDB, ou seja, dinheiro público para financiar uma revista que se alia ao crime organizado para atacar instituições públicas com factóides. A TV Globo? É o mesmo caso, porque ainda publica em seu jornal impresso editoriais defendendo uma publicação que se alia ao crime organizado, produz factóides ridículos como a 'bolinha de papel' de José Serra, nas eleições de 2010 e assim por diante.
É importante perceber que existe toda uma ação orquestrada por esta mídia organizadora do Instituto Millenium (Globo, Folha, Estadão e Abril), com a participação de empresas como o Portal Comunique-se, que após passar toda esta semana atacando a blogosfera, hoje nos manda um e-mail marketing com a solução: seja um campeão de audiência com Noblat, Dimenstein e Nunes.
Este é um workshop que dispenso inteiramente e de consciência plenamente livre. Primeiro porque não desejo ser campeão de audiência e segundo porque não gosto dos métodos utilizados pelos jornalistas citados.
Está na hora da população brasileira convocar grandes manifestos, semelhantes ao Occupy Wall Street e sair para as ruas deixando claro que esta velha mídia não representa os interesses do povo. E mais: queremos o que está na Carta Magna deste país, "nada além da Constituição", como disse Franklin Martins, a respeito das oligarquias e demais ilegalidades praticadas por estes grandes grupos de comunicação.
Esta semana já vinha clamando pela atenção dos cidadãos para a artilharia da velha imprensa (Portal Comunique-se continua em campanha contra a democracia nas comunicações e também A velha mídia em pele de cordeiro), que deseja desviar a atenção de escândalos como a Privataria Tucana, a relação imprensa x Cachoeira e até mesmo a deformação do escândalo do mensalão.
Queremos, brasileiros, a apuração, investigação, julgamento e condenação dos culpados em todos os casos. Sim! Nós brasileiros queremos que os culpados sejam condenados e presos. A velha mídia não. Esta imprensa que patrocinou, digo PATROCINOU o golpe e a ditadura militar durante 21 anos é quem deseja abafar a Privataria e a relação imprensa x Cachoeira. Esta imprensa é que está contra a blogosfera, apenas por seu caráter democrático. Sim, a imprensa oligárquica brasileira morre de medo da democracia, caso contrário, não teria financiado e apoiado mortes e torturas da Ditadura Militar.
"Nada além da Constituição" é o grito de guerra de todo cidadão brasileiro contra os desmandos de ministros e da imprensa. "Nada além da Constituição" para as ilegalidades praticadas, eu disse ILEGALIDADES PRATICADAS por todas as emissoras de rádio e televisão deste país. Queremos a vigência plena do que consta na carta de 1988, nossa Constituição, nada mais, nada menos.
Portal Comunique-se continua em campanha contra a democracia nas comunicações
30 de Maio de 2012, 21:00 - sem comentários ainda
Acima, o que se vê, são apenas dois exemplos da movimentação sorrateira da mídia oligarca e patronal brasileira. Como disse Franklin Martins, no 3º Encontro Nacional de Blogueiros, não queremos nada além do que já consta na Constituição para as comunicações brasileiras. E não nos esqueçamos que "é preciso estar atento e forte".
As rapidinhas do Sr Comunica - 30/05/2012
30 de Maio de 2012, 21:00 - sem comentários aindaIndifference, Gilles Tran, 2000 |
2 - O resultado destas ações é o mesmo de sempre: mídias sociais e blogosfera deixam de se articular em prol de algo comum e passam a responder e desmentir os ataques. Ponto pra velha mídia, que se não consegue deletar as sociais e os blogues, ao menos os deixa estagnados, respondendo e desmentindo e eternamente.
3 - Em 2008 o ministro Gilmar Mendes protagonizou o escândalo dos grampos ao afirmar em uma reportagem da Veja (sim, a Veja, sempre a Veja) que ele e o senador Demóstenes (sim, Demóstenes, o ex-mosqueteiro da ética no senado, ameaçado de cassação por negócios escusos com o bicheiro Cachoeira), foram grampeados por um "estado policialesco". O episódio ficou popularmente conhecido como o caso do grampo sem áudio. Nem a Veja, nem Gilmar, nem ninguém apresentou o áudio dos tais grampos (com informações do blog do Mello).
4 - Interessante, e não por acaso, é que Cachoeira é suspeito de ter pago viagem para Gilmar Mendes e o senador para Berlim. Parece que o ataque é a melhor defesa, ao menos em termos midiáticos.
5 - O que o esporte venezuelano tem a ensinar ao brasileiro. Leia a interessante postagem feita por Juca Kfouri em seu blog. O Brasil tem mesmo algo a aprender.
6 - Apesar dos vetos feitos por Dilma ao Código Florestal, este humilde blogueiro não alimenta esperanças de um futuro verde para o Brasil, principalmente depois que passar a Conferência Rio + 20. A mesma pressão que sofre a Lei Maria da Penha no Congresso, com emendas que pretendem torná-la de efeito praticamente nulo, sofrerá também o Código a partir do segundo semestre deste ano. É preciso que o povo se mobilize em grande escala para defender o meio ambiente. No mais, organizações dizem que vetos abrem brechas para crimes ambientais. Clique no link para ler.
7 - O Facebook, campeão de censura das mídias sociais, após realizar seu IPO, continua tendo as mesmas ações de antes. Após Marcha das Vadias, Facebook censura perfil de usuárias brasileiras. Leia postagem no blogue de Maria Kubik Mano.
8 - Agora o Comunica Tudo, no canto esquerdo do blogue na versão para web, conta com as 10 postagens mais lidas na última semana. Assim, o caro leitor pode ter uma ideia melhor dos assuntos mais comentados e vistos por aqui.