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Um Presidente da Suprema Corte, de boa, atendendo pessoalmente o telefone, e ouvindo do outro lado:
-"Olha, eu sou fulano, do PT , e vou te matar!"
Aí, a Autoridade Suprema tomado de pavor decide: - "Estou deixando o cargo por causa dessa ameaça."
Só um néscio, um imbecil como o meu vizinho Ronaldo, pode acreditar numa história dessas. Um hipotético telefonema tão anônimo quanto a cara do Neymar.
É isso que "o maior jornal do País" está há dois dias tentando nos fazer acreditar. Tentando nos vender gato por lebre.
Eu, que sou eu , um humilde artista não atendo pessoalmente o telefone, quanto mais o midiático Chefe de um dos Tres Poderes da República.
O engodo já começa por aí.
Depois, como Chefe de um dos Poderes ele tem a mesma proteção da Segurança e Inteligência Militar que a Presidente Dilma e o Presidente do Congresso.
Isso não é um arrufo doméstico como se fosse ameaças emocionais entre esposa e amante: - "Olha se não deixar meu marido eu vou te matar."
Mas o "maior" jornal há dois dias insiste em afirmar que Barbosa deixou o cargo por causa de ameaças contra a sua vida.
Se fosse por isso o Obama nem tomaria posse. Fidel já estaria longe de Cuba há 50 anos...Dilma provavelmente já deve ter recebido muitas ameaças, que nem chegam à ela: são barradas e apuradas pela Segurança antes de tudo.
Todo poderoso está sujeito a esses contratempos e nem por isso sai correndo borrando as calças e abandonando seus compromissos. Essa é a imagem heróica e vitimizada que o "grande" jornal quer nos passsar.
O fato mais "perigoso" de que tenho notícia na singular gestão de Barbosa foi o jovem Rodrigo Pilha que postou-se à porta do restaurante onde o Ministro estava e o vaiou na saída.
Acredito que uma vaia pode ferir a vaidade egóica do Ministro, mas matá-lo...? É um pouquinho exagerado. Se vaia matasse alguém não sobrava um jogador de futebol em campo; os juízes de futebol então...morreriam todos, não sem antes tererm suas mães envergonhadas, sentimento esse - vergonha - que o imbecil do meu vizinho Ronaldo sente sempre.
Barbosa - que poderia ter anunciado a sua saída em fins de junho, mas o fez agora para pegar os holofotes antes da Copa - deixa o cargo porque desgastou-se profundamente com amplos setores do País. Esse é o fato.
A gota dágua teria sido o protesto da OAB e a Carta da CNBB. Durante sua batmaníaca passagem pelo Supremo indispôs-se com seus pares de forma muits vezes agressiva e desrespeitosa, com a OAB, com juizes e magistrados do Brasil , até com a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), e com a Associaçãodos Juízes Federais do Brasil, com a CNBB, com Partidos Políticos, com autoridades civis, com grande parcela dos cidadãos, enfim, chegou o momento em que faltou-lhe o chão.
Faltou-lhe o recosto da cadeira onde apoiar-se para amenizar as mazelas estruturais.
Proximamente seria derrotado em público pelo Plenário do Supremo no julgamento da questão do direito ao trabalho dos condenados à prisão aberta. Porque seu ato vingativo contra José Direceu e Delúbio acabaria prejudicando quase cem mil presos no Brasil.
Isso provocaria um aumento das despesas do Sistema Penitenciário, superlotação dos presídios, uma crise jurídica, e uma gigantesca maldade contra apenados que procuram com o trabalho reintegrar-se à Sociedade, como garante o senso humano.
E Barbosa ainda corria - e corre - o risco de ser denunciado pelos réus do Mensalão a Cortes Jurídicas Internacionais.
Por essas coisas é que o o austero Juiz pediu o chapéu, e não por ameaças - que como dizia eu - só um imbecil como meu vizinho Ronaldo poderia acreditar ao ler "o maior jornal do País", como sendo realmente factíveis.
Por Bemvindo Sequeira
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