Por Marcus Nobrega
Para os coxinhas para entender como o Brasil cresceu e vai continuar crescendo.
Obviamente o PT dos velhos tempos cresceu e se tornou um partido de massas, levando consigo, inevitavelmente, muitos dos vícios arraigados na sociedade brasileira. Em que pese isto, minha leitura é diferente da sua. Não acho que política seja coisa de vagabundos e acho que existem muitos políticos dignos, sim senhor, por mais que os capachos da mídia tentem colocar todos os políticos na vala comum, gerando na cabeça das pessoas um oportuno desencanto para com a atividade política. Também não acho que os eleitores, que desde 2002 deixaram de eleger o candidato que a Globo lhes enfiava goela abaixo, devam ser taxados de merda, eu incluído. Acho um baita avanço. Defendo o partido e este governo me representa. (Qual é o seu partido?). Se está ruim com o PT, te garanto, pior sem ele!
Mas você acerta quando se refere à imprensa. É graças aos capachos desta mídia vendida e corrupta que se criam as fazendas do filho do Lula, as fichas criminosas da Dilma, a absurda “compra de votos” do mensalão, a quadrilha petista, o país mais corrupto do mundo, os mais altos impostos do planeta, os dinheiros doados para Cuba, o descrédito com a saúde e a Educação. Merda, amigo e ávido pela terceira margem, é a imprensa das 6 famílias, para quem o Brasil e o governo nunca prestam e não fazem nada de bom. Para ela basta a compra de uma tapioca de R$ 7,00 por um membro do governo para criar em rede nacional “o escândalo dos cartões corporativos” e derrubar um ministro digno; basta um BBB do STF para incriminar um político como Genoíno, que depois de décadas de vida pública, mora na mesma casa comprada pelo BNH há 28 anos; ou condenar, sem provas, José Dirceu, que teve seus sigilos fiscal e bancários quebrados sem que se encontrasse sequer uma multa de trânsito (como disse Rosa Weber, ministra do STF, “Não tenho provas contra Dirceu, mas vou condená-lo porque a literatura jurídica me permite”), ou destruir Pizzolato, funcionário de carreira do BB e que vive de aposentadoria. São os vendidos da imprensa que alimentam aquele velho complexo de vira-latas na cabeça das pessoas e que não tem nada a ver com o país sólido e respeitado que o Brasil se tornou.
Não sei o quanto você lamenta o fato de Lula e Dilma terem, presumivelmente, lhe roubado o pirulito ideológico daquele PT dos velhos tempos. O que sei é que, aos trancos e barrancos, o governo petista tem melhorado o Brasil, dispondo, diga-se de passagem, de apenas 86 deputados em um universo de 531 e 12 senadores dentre os 81. As desigualdades sociais nunca foram tão baixas, basta ver o coeficiente de Gini brasileiro. Por qualquer perspectiva que você olhe o Brasil de hoje é infinitamente superior ao Brasil dos anos 90.
Com efeito, após receber o país com uma dívida de U$ 57 bilhões com o FMI, hoje possuímos por volta de U$ 400 bilhões em reservas, um recorde na história brasileira. O PIB, o valor em depósitos na poupança, as nossas exportações, a nossa produção industrial, o número de operações da Polícia Federal e o número de carteiras assinadas bateram recordes na última década. O nível de desemprego é o menor de todos os tempos; muito melhor que a maioria dos países europeus hoje. O risco país caiu de 2700 pontos para menos de 200, a bolsa de valores fez topo histórico em 77000 pontos, a inflação caiu a níveis históricos, assim como a taxa de juros, 50 milhões de pessoas saíram da pobreza extrema, trouxemos as Olimpíadas e a Copa do Mundo, conquistamos o reconhecimento internacional, fomos o último país a entrar e o primeiro a sair da crise mundial de 2008, não devemos mais ao FMI e podemos manejar nossa dívida de forma soberana, se aumentou a oferta de crédito para a população a níveis nunca vistos, se criaram 14 novas universidades (nenhuma no governo anterior), se reduziu o IPI de diversos produtos, se fez o Bolsa Família, programa que acabou sendo premiado internacionalmente juntamente com o Fome Zero, se fez a Conta Caixa Fácil, o Minha Casa Minha Vida, o Portal da Transparência, ganhamos o investiment grade internacional e recentemente o custo da eletricidade baixou e a cesta básica foi totalmente desonerada de impostos federais.
Sejamos um pouco mais específicos e menos subjetivos, expondo números concretos:
PIB….. 2002: U$ 500,00 Bilhões 2012: U$ 2,6 trilhões
PIB per capita….. 2002: U$ 2,8 mil 2012: U$ 13,3 mil
Produção de veículos….. 2002: 1,8 milhão 2011: 3,4 milhões
Safra de grãos….. 2002: 96,8 milhões de toneladas 2011: 163 milhões de toneladas
Investimento sobre o PIB….. 2002: 16,4% 2011: 20,8%
Investimento estrangeiro direto….. 2002: U$ 16,5 milhões 2011: U$ 66,6 bilhões
Inflação….. 2002: 12,5% 2012: 4,7%
Desemprego….. 2002: 12,9% 2011: 4,7%
Formalização do trabalho….. 2002: 45,5% 2011: 53,2%
Salário mínimo nominal….. 2002: R$ 200,00 2012: R$ 622,00
Coeficiente de Gini….. 2002: 0,589 2012: 0,541
Taxa de pobreza….. 2002: 26,7% 2012: 12,8%
Classe C sobre total da população….. 2002: 37% 2012: 50%
Número de matrículas no ensino profissional….. 2002: 565 mil 2012: 924 mil
% força de trabalho com 11 ou mais anos de estudo….. 2002: 44,7% 2012: 60,5%
Bolsas de mestrado e doutorado….. 2002: 35 mil 2010: 74 mil 2012: 105 mil
Títulos em doutorado….. 2002: 6.894 2011: 13.304
Dívida externa….. 2002: U$ 165 bilhões 2011: U$ 79,1 bilhões
Reservas internacionais….. 2002: 36 bilhões 2012: 353 bilhões
Exportações….. 2002: U$ 60 bilhões 2011: 256 bilhões
Juros….. 2002: 25% aa 2012 (janeiro): 10,5% aa
Dívida setor público sobre PIB….. 2002: 60,4% 2012: 36,9%
Despesas de pessoal….. 2002: 4,8% do PIB 2012: 4,4% do PIB
Por tudo isto, antevejo, por detrás do véu escuro deste ceticismo artificialmente construído, rasos no horizonte, os raios fúlgidos do país que um dia eu sonhei.
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