A UNE tem 75 anos e passou a maior parte do tempo correndo e apanhando da polícia (inclusive com a repressão apoiada primeiro pelo jornalão e pela rádio Globo, e depois pela Rede Globo de TV). A UNE é relativamente novata em governança administrativa e contábil. É veterana na luta política.
Com a redemocratização e ascensão de parlamentares e governos de esquerda, passou a ser reconhecida como entidade que também pode desempenhar papel de agente social em políticas públicas em diversas áreas ligadas à juventude, como cultura, saúde, esportes, programas de inclusão social, defesa das riquezas nacionais e, obviamente, educação, dada sua tradição de mobilização e capilaridade na juventude.
Daí passou a ter acesso a convênios com entes governamentais e patrocínios, como outras entidades não governamentais tem (a exemplo da Fiesp, Fundação Roberto Marinho, etc), seja através de emendas de parlamentares, seja através de convênios públicos abertos a instituições legítimas que apresentem projetos, tais como fazer caravanas mobilizadoras da juventude, produzir bienais de cultura, eventos como congressos e seminários para discutir temas nacionais.
Normalmente o perfil da diretoria da UNE é combativo na política estudantil, da juventude e dos grandes problemas nacionais, e inexperiente e pouco ligada a questões administrativas de governança dos recursos. Por isso, até precisa continuar aprimorando bastante essa governança, tanto contábil como administrativa, principalmente quando os recursos começam a crescer, para evitar situações de prestação de contas com falhas e que gerem dúvidas nos órgãos de controle. E também evitar o assédio de aproveitadores de olho grande. Mas nada que mereça desacreditar a UNE, nem o papel que sempre representou e que pode representar.
Eis a nota oficial da UNE contra os ataques da Globo:
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