247 – Em entrevista à Folha deste domingo (leia a íntegra aqui), o economista Nelson Barbosa garante que a redução nos preços da energia elétrica, que será detalhada pela presidente Dilma Rousseff nesta terça-feira já garante a inflação dentro da meta de 5% em 2013. Barbosa também afirma que não será necessário elevar a taxa de juros no próximo ano, ao contrário das previsões de mercado. Confira alguns trechos:
Crescimento em 2013
Houve uma desaceleração mais forte que o esperado na China, mas o governo chinês já sinaliza com mais medidas de estímulo ao crescimento. Nos EUA, o pragmatismo vai fazer com que as medidas de estímulo sejam, em parte, prorrogadas. A grande incógnita é a Europa, que atua para evitar uma crise financeira, mas a velocidade da retomada não está clara. Mesmo nesse cenário, com as medidas que tomamos, é possível, sim, visualizar um crescimento entre 4% e 5% no ano que vem.
Queda dos juros abaixo dos atuais 7,5%
Por motivos óbvios, não nos manifestamos sobre o que o Banco Central deve ou não fazer. Preferimos construir as condições para que os juros caiam e permaneçam em nível mais reduzido. É bom lembrar que, há dois anos, quando dizíamos que a taxa real no Brasil poderia cair abaixo de 4%, várias pessoas no mercado diziam que era impossível, porque traria aceleração da inflação. Hoje, a taxa real está em 2% e a inflação, sob controle.
Crescimento sem inflação
Temos capacidade, sim, de crescer 4,5% sem gerar pressão inflacionária. Até porque temos várias medidas em análise ou já adotadas que têm o impacto de reduzir a inflação: a desoneração da folha, que corta custo das empresas, e também a redução no preço da tarifa de energia elétrica anunciada pela presidente.
Impacto da redução da energia na inflação
Como o peso da energia residencial no IPCA é de 3,4%, o corte anunciado pela presidente gera redução na inflação entre 0,5 e 0,6 ponto. Se fosse preciso, seria de 0,58. Se no final do ano que vem a inflação fosse de 4,58%, com a redução do preço de energia cairia para 4%.
Ritmo atual da economia
Olha, o primeiro semestre teve crescimento abaixo do que esperávamos, mas já há sinais claros de que a economia está acelerando, chegando a 4%.
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