Quero manifestar meu repúdio a esta revista “Veja” pelo texto de muito mau gosto intitulado “Ideologia na cartilha”, edição 2158, que agride a inteligência de muitos com suas generalizações absurdas, até ofendendo a quem tem o mínimo de consciência crítica e desrespeitando milhares de cidadãos que se sacrificaram nos bancos das faculdades estudando Filosofia ou Sociologia para agora serem taxados de incompetentes gratuitamente. Existem maus profissionais em qualquer área ou profissão. Não dá para generalizar! Quem generaliza ou é sofista ou é ignorante.
Há muito tempo venho me perguntando “qual é a dessa revista?” A cada exemplar recebido sempre detestei o monte de propagandas publicadas e colocadas bem no meio de pontos de interesse, como por exemplo, a seção Leitor. Por que a assinatura é tão cara se tem esse “monte” de propagandas pagas que só aborrecem o leitor? Estou pagando para ter nas mãos um volume de panfletos publicitários?
Outro ponto do qual desconfio é o da imparcialidade dessa revista. Vejo um turbilhão de críticas contra Lula, Dilma, PT, MST, Sindicatos, Movimentos Sociais etc. e nem uma crítica contra PSDB e companhia, pelo contrário, recebem só afagos e elogios. Será que esses últimos são todos perfeitos “santos” que não tem uma falha se quer? Será que o Dr. FHC não cometeu nenhum erro em seu governo? Será que o Dr. José Serra foi perfeito no seu governo em São Paulo para não ser criticado? Ou será que esta revista está comprometida em denegrir a imagem de um grupo e maquiar a imagem de outros?
Posso dar um exemplo concreto: “as páginas amarelas” de Veja em 28 de outubro de 2009, aquelas “cortadas” pelas benditas propagandas, entrevistaram o ex-ministro da educação de FHC, Paulo Renato, ele ataca os sindicatos culpando-os pela falência da educação pública. Até hoje espero a entrevista com um representante dos sindicatos para mostrar outro ponto de vista. Nada! Pelo contrário, em 3 de março deste ano, outra matéria colocando São Paulo, governada por São José Serra, como modelo, reforça o ideal neo-liberalista do grupo do ex-ministro. Os professores desse Estado foram às ruas aos milhares festejar o sucesso alcançado por lá? Ou será que foi o contrário? Veja não disse nada sobre isto! Por que será? Não seria melhor mudar o nome dessa revista para “Não Veja”?
Percebi algo curioso relacionado à Veja: a penúltima edição (Nº13) que recebi, teve a tiragem de 1.235.783 e a última (Nº14), a tiragem foi de 1.216.218, ou seja, houve uma queda de 19.565 exemplares. Por que será? Aproveito para comunicar que terá uma edição a menos na próxima tiragem, pois quero O CANCELAMENTO DA MINHA ASSINATURA. Marcelo Bortoloti deve saber o motivo. Mas quem é esse Marcelo que acha que apenas saber contar é o suficiente? Eu não sei quem é…
A vocês, da Veja, que defendem ferozmente o direito de livre expressão, desafio a publicarem esta carta, apesar de duvidar que isto aconteça.
Atenciosamente,
Rômulo França Cruz.
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