Nascido na cidade de Taubaté, em São Paulo (SP), José Bento Renato Monteiro Lobato foi um dos mais influentes escritores brasileiros do século XX, importante editor de livros inéditos e autor de relevantes traduções. Após sua morte, em julho de 1948, suas obras foram eternizadas na literatura brasileira e são, ainda hoje, leitura obrigatória na educação básica brasileira.
18 de abril foi instituído como o dia nacional da literatura infantil, em homenagem à Monteiro Lobato
Mais da metade dos livros de Monteiro Lobato tinham como alvo o público infantojuvenil, com a intenção de ajudar na formação intelectual e moral da juventude brasileira. Entre os mais populares estão: “A Menina do Nariz Arrebitado”; “O Saci”; “Fábulas do Marquês de Rabicó”; “Aventuras do Príncipe”; “Noivado de Narizinho”; “O Pó de Pirlimpimpim”; “Reinações de Narizinho”; “As Caçadas de Pedrinho”; “Emília no País da Gramática”; “Memórias da Emília”; “O Poço do Visconde” e “O Picapau Amarelo”, que foi transformado em obra televisiva nos anos 80 e sendo regravado no final dos anos 90.
Monteiro Lobato morreu em 4 de julho de 1948, aos 66 anos de idade, e no ano de 2002 foi criada uma Lei (10.402/02) que registrou o seu nascimento como data oficial da literatura infantojuvenil.
Projeto Memória
Em 1998, o Projeto Memória, criado pela Fundação Banco do Brasil para homenagear grandes nomes da cultura brasileira, retratou a vida e a obra de Monteiro Lobato, na ocasião dos 50 anos da sua morte. O projeto produziu um site em homenagem a Monteiro Lobato, o livro Monteiro Lobato – Furacão na Botocúndia; um documentário homônimo ao livro; além de várias exposições “O Brasil Encantado de Monteiro Lobato”; Monteiro Lobato: Vida, Realidade e Sonho; e a cartilha Vida, Realidade e Sonho; uma edição fac-similar do livro O Sacy-Perêrê: Resultado de um inquérito. As exposições continuam, até hoje, visitando escolas e bibliotecas públicas.
Hábito da leitura
A literatura infantil ainda é um mercado novo no Brasil, na opinião do presidente da Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil (Aeilij), Hermes Bernardi Jr.
O escritor e ilustrador de livros infantojuvenis acredita que o hábito da leitura deve ser incentivado desde cedo. “A primeira relação que se estabelece com o livro, se ela for mediada com sensibilidade, pode fazer a criança estabelecer uma relação muito forte com o livro”. Bernardi Jr considera a mediação uma parte importante na criação do hábito. “Se houver uma boa e bem realizada mediação pela família, em primeiro lugar, e depois na escola e nas relações de amizade, o livro passa a ser um companheiro inseparável na vida de qualquer sujeito”.
No ano de 2012, durante a 22ª Bienal do Livro, em São Paulo, uma pesquisa feita para o Instituto Pró-Livro mostrou que a média de livros lidos por crianças e adolescentes é superior à dos adultos. A média geral anual de leitura em 2011 foi quatro livros por brasileiro; na faixa etária de 5 a 10 anos foram lidos 5,4 livros; na de 11 a 13 anos, 6,9 livros e na de 14 a 17 anos, 5,9 livros.
Livro e leitura
A leitura, assim como a escrita, é fundamental para o desenvolvimento das capacidades do ser humano. Por meio dela, o cidadão participa da sociedade, melhora seu nível educacional, conhece outros valores culturais, tem acesso ao conhecimento e à herança cultural da humanidade.
O livro ainda constitui um instrumento importante em projetos de educação para a cidadania, pois pode abordar assuntos como saúde, meio ambiente, trânsito e trabalho de forma clara e prazerosa.
Plano Nacional do Livro e Leitura
O acesso de todo cidadão ao livro e à leitura é o objetivo principal do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), um conjunto de projetos, programas, atividades e eventos na área do livro, leitura, literatura e bibliotecas em desenvolvimento no País. O plano implanta e moderniza bibliotecas, concede bolsas e prêmios literários a escritores e cria Pontos de Leitura. Estes últimos são iniciativas e projetos de incentivo à leitura em vários locais, como bibliotecas comunitárias, hospitais, sindicatos, presídios e associações comunitárias.
Fonte:
Fundação Banco do Brasil
Com informações da Agência Brasil
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