Chamada de capa da revista Carta Capital que vai às bancas no dia de hoje levanta denúncia de que o ministro do STF Gilmar Mendes teria recebido R$185 mil do mensalão tucano de Minas, que desviou verbas para a campanha dos aliados de FHC (à época presidente e candidato à reeleição) e Eduardo Azeredo (à época governador) em Minas e no Brasil.
Que o dinheiro do mensalão tucano abasteceu as campanhas de Azeredo e FHC não resta dúvida – o próprio Azeredo o confirmou: Azeredo confirma informação do Blog do Mello: Dinheiro do valerioduto tucano irrigou campanha de FHC.
FOLHA – A Polícia Federal diz que houve caixa dois na sua campanha…
EDUARDO AZEREDO - Tivemos problemas na prestação de contas da campanha, que não era minha só, mas de partidos coligados, que envolvia outros cargos, até mesmo de presidente da República.FOLHA – O dinheiro da sua campanha financiou a de FHC em Minas?
AZEREDO - Sim, parte dos custos foram bancados pela minha campanha. Fernando Henrique não foi a Minas na campanha por causa do Itamar Franco, que era meu adversário, mas tinha comitês bancados pela minha campanha.
Agora, se o mensalão tucano também irrigou o bolso do ministro Gilmar Mendes é o que vamos conferir na reportagem da Carta Capital.
Se verdadeira a informação, fica prejudicado (comprometido e explicado) o voto do ministro, que foi contrário à denúncia contra o senador Eduardo Azeredo pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro.
Felizmente, o voto de Mendes foi derrotado e o Supremo aceitou denúncia contra o ex-governador mineiro e atual deputado federal Eduardo Azeredo.
Vamos ver agora a parte que cabe ao ministro Gilmar nesse latifúndio de corrupção do PSDB.
Como o “mensalão tucano” é o pai do chamado “mensalão do PT”, está irremediavelmente comprometida a participação de Gilmar Mendes no julgamento que começa agora no dia 2 de agosto. Ele deve se considerar impedido, ou assim deve ser considerado por seus pares.
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