Na sessão extra marcada para amanhã, o relator Joaquim Barbosa já começa a ler seu voto com a dosimetria, ou seja, o tamanho das penas de cada um, a parte mais polêmica do julgamento.
Se depender do presidente do STF, Ayres Brito, não se deverá perder muito tempo com a discussão sobre os julgamentos de seis réus que terminaram empatados em cinco a cinco.
No intervalo da sessão da tarde desta terça-feira, Brito já antecipou sua posição, que coincide com a opinião da maioria dos ministros: “Eu, em pronunciamentos outros, já me manifestei nesse sentido, que o empate opera em favor do réu como projeção do princípio da não culpabilidade”.
A questão dos empates pode ser levantada por Barbosa, mas o maior interessado em acelerar o final do julgamento é o próprio relator, que deve viajar no próximo final de semana à Alemanha para fazer um tratamento médico.
“Vai depender do relator”, disse Ayres Brito quando perguntado se o julgamento terminará esta semana.
Mantido o roteiro estabelecido desde o início do julgamento do chamado “mensalão”, o anúncio das penas vai coincidir com a reta final da campanha eleitoral, oferecendo mais munição para os partidos de oposição ao governo.
Até aqui, porém, segundo as pesquisas, não houve a influência de um fato no outro como esperavam os porta-vozes da grande mídia que pressionaram o STF a marcar o julgamento justamente durante a campanha da eleição municipal deste ano.
Resta saber o que dirão as próximas pesquisas que serão divulgadas durante a semana.
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