Devido à seca no Nordeste, nove estados serão beneficiados com a reconstituição de leite em pó pelas indústrias de laticínios. No Brasil, esse tipo de produção só é permitido em situações emergenciais. A medida do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) determina que as empresas de laticínios poderão produzir, temporariamente, leite UHT ou pasteurizado a partir de leite em pó, desde que respeitem as regras estipuladas, como por exemplo, temperatura e armazenamento.
De acordo com a publicação no Diário Oficial da União, o leite UHT e pasteurizado reconstituídos podem ser produzidos por três anos nas regiões mais afetadas pela seca: Piauí, Maranhão, Rio Grande do Norte, Ceará, Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Sergipe e Bahia.
Somente estabelecimentos sob Inspeção Federal nos estados nordestinos estão autorizados temporariamente pelo Mapa a esse tipo de produção, limitada a 35% da capacidade produtiva de cada fábrica.
O leite pasteurizado reconstituído é um produto elaborado a partir de leite em pó adicionando ou não de gordura láctea, para ajuste do teor de gordura do produto, e deve ser submetido a aquecimento em temperatura entre 72°C a 75°C.
Regras de fabricação
A produção do leite reconstituído deve obedecer algumas regras para evitar contaminação e riscos à saúde do consumidor final. A composição do leite, por exemplo, deve ter como ingredientes obrigatórios a água potável e leite em pó, sendo permitido usar como ingredientes opcionais, apenas o creme de leite, a manteiga extra ou de primeira qualidade sem sal e a gordura anidra, derivada de leite.
Quanto ao envasamento, o leite pasteurizado reconstituído deve submeter-se ao processo automático em circuito fechado logo após a pasteurização. Dessa forma as chances de contaminação são minimizadas. “Não é permitida a pasteurização lenta de leite previamente contido em embalagem de qualquer natureza”, explica a publicação.
Cada leite deve ter em seus rótulos, informações referentes à classificação quanto ao teor de gordura integral, semidesnatado ou desnatado.
Seca
Devido à seca que afeta centenas de municípios nordestinos, a escassez de alimentos para os animais reduziu a produção leiteira e levou, até mesmo, à morte do gado na região. A medida adotada pelo governo deve auxiliar na recuperação dos índices produtivos anteriores ao período da seca.
“A situação que tem afetado milhões de nordestinos levou o Ministério da Agricultura a agir rapidamente. O objetivo é evitar prejuízos às economias locais e afastar a possibilidade de ocorrerem desabastecimentos para a população”, explicou o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade.
Fontes:
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
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