Do sítio da revista CartaCapital:
Em carta, o grupo diz que a Sabin teria a tarefa de apenas administrar os recursos da revista e produzi-la, mas Soares “arrogou-se o direito de demitir e contratar o editor e de vetar nomes para o Conselho”. Eles já haviam ameaçado tomar essa atitude quando Luciano Figueiredo, ex-editor da revista, foi demitido em março. À época, a revista havia publicado em seu site uma resenha do livro A Privataria Tucana (Leia mais aqui), na qual o jornalista Celso de Castro Barbosa sugere que o ex-governador José Serra, atual pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, esteja “morto” politicamente e que seria a figura com a “imagem mais chamuscada” pelas denúncias do livro. (Leia o texto aqui).
O PSDB protestou contra a revista, Figueiredo e Barbosa foram demitidos e a resenha retirada do ar. A revista nega, porém, interferência nas demissões. À epoca, Jean-Louis Lacerda Soares disse a CartaCapital, em nota, que a Sabin “não interfere no conteúdo editorial da revista” e que as demissões não tiveram relação com as reclamações dos partido.
O integrantes do conselho acusam a Sabin de ter virado “proprietária e controladora” da revista e dizem não aceitar “esta subordinação que lhe tira a autonomia necessária para dirigir uma revista séria e de qualidade.” A carta foi entregue ao presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Dr. Galeno Amorim.
Leia abaixo a íntegra da carta:
“Aos leitores, amigos e financiadores da Revista de História da Biblioteca Nacional,
Há algum tempo, o Conselho Editorial da RHBN está em conflito com a presidência da Sociedade de Amigos da Biblioteca Nacional (Sabin). A Revista foi ideada pela Biblioteca, cujo presidente, à época de sua criação, nomeou o Conselho e o editor. À Sabin coube sempre a tarefa de administrar os recursos da Revista e de produzi-la. No entanto, seu presidente arrogou-se o direito de demitir e contratar o editor e de vetar nomes para o Conselho.
De administradora, a Sabin tornou-se a proprietária e controladora da Revista. O Conselho não aceita esta subordinação que lhe tira a autonomia necessária para dirigir uma Revista séria e de qualidade. Os esforços do presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Dr. Galeno Amorim, no sentido de encontrar uma solução, resguardando ao mesmo tempo o papel da BN na escolha dos conselheiros e a prerrogativa do Conselho de escolher o editor, chocaram-se sistematicamente com a intransigência do presidente da Sabin.
Diante do impasse, e recusando abrir mão de sua independência, os membros do Conselho, abaixo assinados, decidiram por unanimidade entregar ao Dr. Galeno Amorim seu pedido de demissão.
É com pesar que nos vemos forçados a abandonar um projeto de que muito nos orgulhamos. Por sete anos, sem remuneração, em reuniões mensais com uma redação dedicada, levamos a mais de cem mil leitores a melhor revista de divulgação de História, dirigida por historiadores, jamais feita no Brasil e que nada fica a dever a suas congêneres no exterior.
Agradecemos o apoio recebido da presidência da Biblioteca Nacional, de leitores, amigos e financiadores, sobretudo do MEC, do Minc, da Petrobrás e do BNDES.
Alberto da Costa e Silva, membro da Academia Brasileira de Letras
Caio César Boschi, professor titular da PUC-BH
João José Reis, professor titular da UFBA
José Murilo de Carvalho, professor emérito da UFRJ, membro da Academia Brasileira de Letras
Laura de Melo e Souza, professora titular da USP
Lília Moritz Schwarcz, professora titular da USP
Luciano Figueiredo, professor associado da UFF
Marieta de Moraes Ferreira, professora titular da Fundação Getulio Vargas
Ricardo Benzaquen, professor assistente da PUC-RJ
Ronaldo Vainfas, professor titular da UFF”
Desse jeito os DemoTucanos com suas tucanalhices tratam a democracia e a liberdade de explessão no Brasil, e depois são os outros, ou melhor, somos nos que queremos acabar com a liberdade de expressão, quando lutamos pela regulamentação da mídia no Brasil. Nosso desejo é somente que seja respeitado o que está na constituição brasileira. Vejam que quem não gosta de democracia são eles, a elite preguisosa brasileira, aquela que está acostumada com o mesmo do mesmo, filho de desembargar ser desembargador, e ter avô desembargador, e toda geração nas tetas sem nunca ter lutado por algo. O Brasil que o filho de porteiro será sempre porteiro…O Brasil do atraso. Elite calhorda!
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