Enquanto o debate entre socialismo utópico e social-desenvolvimentismo não for entendido, a esquerda vai continuar brigando e se desunindo, se chamando o primeiro de extrema esquerda e o segundo de esquerda neoliberal…há uma série de conceitos, teorias e teses que precisamos entender e passar adiante…há, sim, uma estratégia nacional de desenvolvimento em marcha em anos pós-neoliberais.
Sobretudo a partir de 2006-2007, com o surgimento do PAC, e o consequente aumento da taxa de investimento (de 15% para 19,5%), a economia acelerou bastante, mas, principalmente, foi um crescimento determinado por investimentos, em primeiro lugar, e pelo consumo, em segundo lugar, tendo os salários um forte aumento de participação no PIB (e responsável pelo aumento da renda), e por isso distribuiu-se renda (junto a programas sociais e sócio-produtivos), com estabilidade macroeconômica (meta de déficit nominal zero, redução de endividamento líquido do governo, Risco-Brasil sob controle, tanto o EMBI quanto o CDS, e reservas internacionais, depósitos compulsórios e o Fundo Soberano do Brasil à disposição).
Estamos experimentando um modelo de desenvolvimento com forte ativismo do Estado (o número de estatais aumentou significativamente, e os bancos públicos passaram a lucrar mais que os privados, sendo o BNDES um dos maiores bancos de desenvolvimento do mundo), mas um Estado que não é estatista como um fim, mas sim estrategicamente, além de ser indutor, regulador e estimulador, da economia e das políticas públicas.
Apesar da forte crise econômica internacional (neoliberal), e da baixa de investimentos privados nacionais em 2012, a economia tem mostrado recuperação e vem mais um monte de novidades e investimentos por aí. O Brasil tem se mostrado um exemplo contra as incertezas do ambiente externo, heterodoxia fiscal e econômica, criando e inovando em uma série de políticas (públicas, sociais, econômicas, industrial, anticíclica/fiscal, etc).
Portanto, esse é um momento de aproveitarmos essa retomada das rédeas do destino nacional, e entendermos esse debate de uma vez por todas, pois ficando claro, a desinformação midiática (e geral) não vai mais atrapalhar essa oportunidade histórica que temos, de dar um salto de qualidade em todas as frentes do desenvolvimento.
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