O Plenário 10 da Câmara dos Deputados tem sido o palco das reivindicações culturais no Parlamento. Na última terça-feira (9), o circo esteve em debate entre deputados, artistas, pensadores do circo e representantes do governo. Na pauta, as demandas do setor que há tempos sofre com uma invisibilidade perante o Estado.
Durante as quase três horas de duração do encontro, as demandas da área foram expostas. Entre elas: a necessidade de políticas públicas específicas à atividade circense e os problemas com a localização destinada aos circos nas cidades, além da falta de investimento e de acesso à educação.
Para a deputada Jandira Feghali (PCdoB/RJ), autora do requerimento desta audiência pública junto com o deputado Evandro Milhomen (PCdoB/AP), a ideia do encontro era receber as demandas da área para encaminhá-las na forma da construção de políticas públicas voltadas à atividade circense.
Maria Alice Viveiros de Castro, pesquisadora do circo viu com bons olhos o encontro. “Da forma como fomos recebidos aqui nessa comissão já mostra que mudanças podem vir para o circo”, disse.
Pela primeira vez, a Câmara dos Deputados tem um palhaço entre seus membros e desde então o circo tem sido objeto de vários projetos de lei na Casa. O deputado Tiririca (PR-SP) enfatizou no encontro que vem trabalhando arduamente para melhorar as condições de vida dos artistas circenses. “Comecei no circo aos oito anos e trabalhei nele a vida toda. Hoje, aqui na Câmara, o circo é minha bandeira”, disse.
Também participaram do debate Marlene Querubim, presidente da União Brasileira do Circo; Marcelo Pedroso, representante do Ministério da Cultura; Marcos Frota, ator e dono de circo; Marcos Teixeira, coordenador de circo da Fundação Nacional do Circo (Funarte), além dos deputados da Comissão de Cultura.
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